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Encontro

Movimentos populares propõem saídas para crise socioambiental a papa Francisco

Perspectiva é que o 3º Encontro Mundial dos Movimentos Populares em Diálogo com o papa ocorra em outubro de 2017

06.jun.2016 às 18h35
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h35
São Paulo (SP)
Redação
Cerca de 300 integrantes de movimentos populares e organizações sociais participaram do debate

Cerca de 300 integrantes de movimentos populares e organizações sociais participaram do debate - Cerca de 300 integrantes de movimentos populares e organizações sociais participaram do debate

Sediado na cidade de Mariana (MG), o Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em Diálogo com o papa Francisco terminou no último sábado (4) com a divulgação de uma carta que aponta como saída para a crise socioambiental a luta e a solidariedade entre os povos.

No documento, que será entregue ao Pontífice, os militantes denunciam a tragédia provocada pelas mineradoras Samarco e Vale na região mineira, em 2015, o que provocou a destruição de cidades inteiras e a morte de diversas pessoas em função do mar de lama de rejeitos da mineração decorrente do rompimento de barragens.

“Encerramos o encontro no subdistrito de Paracatu de Baixo, com nossos pés na terra devastada pela ganância do capital, e, em diálogo com os atingidos, reforçamos nossa solidariedade e compromisso com a luta pela justiça, reparação e empoderamento do povo da Bacia do Rio Doce”, afirmam os movimentos no texto.

Além deste tema, os movimentos também denunciaram os malefícios à população provocados pelo uso intensivo de agrotóxicos, a concentração da propriedade e o agronegócio – que provoca a violência no campo –, além da especulação imobiliária, entre outros. Entre as saídas para as crises, eles defendem as reformas agrária e urbana, que possam “garantir terra, teto e trabalho para todos e todas, com justiça social”, além da  garantir construção de um novo projeto para o país.

Os cerca de 300 participantes do encontro, que teve início na quinta-feira (2), também se posicionaram contra o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), o qual definiram como golpista e ilegítimo; e sinalizaram que irão lutar contra as privatizações e em defesa dos direitos trabalhistas e sociais ameaçados pelas propostas deste mandato.

Por fim, dando seguimento a encontros deste tipo – como na Itália, em 2014; e na Bolívia, em 2015 – os militantes convidam o pontífice a construir conjuntamente o 3º Encontro Mundial dos Movimentos Populares em Diálogo com o papa Francisco, com perspectiva de ocorrer em outubro de 2017, em Minas Gerais.

Confira a carta na íntegra:

Carta do Encontro Brasileiro de Movimentos Populares em Diálogo com o Papa Francisco 

Nós, Movimentos Populares e Pastorais Sociais reunidos em Mariana, Minas Gerais, em resposta ao chamando do Papa Francisco para o diálogo com os que lutam por “terra, teto e trabalho”, aqui viemos nos solidarizar com as famílias atingidas pelo maior crime socioambiental provocado em 2015 pela mineração no Brasil e alimentar nossa esperança na construção de outro mundo possível.

Povos indígenas, quilombolas, pescadores, comunidades tradicionais, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, agentes das pastorais sociais compartilhamos nossas experiências de lutas, dificuldades numa sociedade tão desigual. Debatemos a opressão das forças do capital, a fragmentação e criminalização dos movimentos sociais e as violências contra os pobres, negros, mulheres, jovens e LGBTs. Aprofundamos nossa reflexão e partilha das formas de resistência e luta, para enfrentar esses desafios.  

Clamamos junto com a Mãe-Terra, que o uso intensivo de agrotóxicos provoca a morte de nossos povos e rios. Denunciamos que a concentração da propriedade e o estímulo ao agronegócio geram conflitos e violências no campo e na cidade, por isso se tornam urgentes e necessárias a Reforma Urbana e a Reforma Agrária. 

Queremos o fim da especulação imobiliária. Apesar dos avanços na política de moradia popular, a carência por moradia cresce a cada ano. O avanço do capital nos territórios, com estímulo ao extrativismo mineral, deixa um rastro de destruição ambiental, do qual o crime na Bacia do Rio Doce, provocado pela Vale e BHP Billiton, por meio da Samarco, com a conivência do  Estado, é um dos exemplos mais terríveis.

Neste momento de trevas no país, o encontro brasileiro surge com uma luz. Nos últimos anos, o modelo de desenvolvimentos adotado foi favorecido pelo contexto internacional, possibilitou avanços e garantias de direitos sociais, mas muito lucro para o capital.  Com a crise do capitalismo mundial iniciada em 2008, este modelo se esgotou. As forças do capital querem garantir seus interesses, mas nosso povo vem resistindo. Tomaram o governo federal por meio de um golpe, com apoio do Congresso Nacional e do Judiciário brasileiro, impondo o modelo neoliberal derrotado por quatro vezes nas urnas. 

Dizemos não às privatizações propostas pelo governo interino e golpista, não ao desemprego e à terceirização que ameaçam diretos dos trabalhadores e trabalhadoras. No Brasil, a democracia sempre foi resultado da organização e da luta do povo. Uma vez mais é preciso fortalecer a aliança das classes populares. Mais do que isto, estamos desafiados a construir um novo projeto para o país. Projeto que além de garantir terra, teto e trabalho para todos e todas, com justiça social, esteja em sintonia com a Mãe-Terra. 

Nós em diálogo com o Papa Francisco, reafirmamos o que está na Encíclica Laudato Si’: “Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental. A solução requer uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza.”

Quem não luta, está morto! Quem luta, educa

Com nossa fé revolucionária, fortalecemos nossa esperança na caminhada e a certeza na chegada. É preciso lutar para derrotar o golpe no Brasil, por isso nos comprometemos a ampliar as mobilizações, fortalecendo e diversificando os trabalhos de base, o diálogo entre os movimentos e ocupando as ruas. A luta imediata deve ser fermento no processo de construção de um projeto popular de país. 

Encerramos o encontro no subdistrito de Paracatu de Baixo, com nossos pés na terra devastada pela ganância do capital, e em diálogo com os atingidos reforçamos nossa solidariedade e compromisso com a luta pela justiça, reparação e empoderamento do povo da Bacia do Rio Doce. 

Após estarmos reunidos em Roma (2014), na Bolívia (em 2015), queremos convidá-lo a promover em terras brasileiras o 3º Encontro Mundial dos Movimentos Populares em Diálogo com o Papa Francisco, em outubro de 2017, em Minas Gerais. O convite é para manter viva a memória e o nosso compromisso de “cuidar bem da nossa Mãe-Terra, como Casa Comum de todos.

Ao som dos sinos de Mariana, ecoando a dor dos Atingidos e atingidas, clamamos por Justiça!

Mariana, Minas Gerais , Brasil,  4 de junho de 2016.

*Edição: Simone Freire

Editado por: Redação
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