Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Rio Doce

MAB denuncia violação de direitos um ano após rompimento da barragem no Rio Doce

Atingidos criticam lentidão das ações de reparação de danos e impunidade da Samarco e da Vale

27.out.2016 às 08h27
São Paulo (SP)
Redação
Campanha "1 ano de lama e luta", organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens como resistência ao desastre da Bacia do Rio Doce

Campanha "1 ano de lama e luta", organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens como resistência ao desastre da Bacia do Rio Doce - Campanha "1 ano de lama e luta", organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens como resistência ao desastre da Bacia do Rio Doce

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou na última quarta-feira (26) uma coletiva de imprensa para lembrar que em 5 de novembro próximo, completará um ano da tragédia do rompimento da barragem da Samarco na Bacia do Rio Doce. O Movimento também denunciou a violação de direitos da população atingida e a impunidade das empresas envolvidas.

Na coletiva, atingidos pelo crime e membros do MAB dividiram o espaço de fala com a médica Clarissa Santos, representante da brigada de médicos populares; com o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), que já encaminhou três projetos de lei em defesa dos atingidos, dois deles em trâmite; e com o padre Geraldo, da arquidiocese de Mariana.

“Não podemos deixar de destacar o papel do Estado, que está conivente com a empresa e tinha condições de averiguar o crime e não averiguou. Para denunciar um ano do crime e de impunidade, o MAB está organizando uma marcha que sairá da cidade de Regência (ES) no dia 31 de outubro e chegará em Mariana no dia 5 de novembro. Temos que reparar os direitos dos atingidos”, afirmou Letícia Oliveira, da coordenação nacional do MAB.

Segundo Letícia, os acordos feitos entre o governo e a Samarco não tiveram participação direta dos atingidos pela tragédia. “Ele fala como recuperar as vidas e o meio ambiente mas as principais pessoas atingidas não foram ouvidas”, denunciou. Ela criticou também a criação da Fundação Renova pela Samarco, órgão que ficará responsável pela reparação dos danos, mas, na sua opinião afastará ainda mais a participação dos atingidos.

“Os atingidos foram chamados para participar de um Conselho Consultivo apenas, mas o Conselho de Curadores será composto por representantes das empresas. As pessoas continuam sendo atingidas, a cada dia uma nova situação surge porque os direitos não foram reparados, então há uma grande incerteza quanto ao futuro”, afirmou.

O deputado Rogério Correia, membro da Comissão das Barragens, aproveitou sua fala para explicar os três projetos de lei que foram encaminhados para a Assembleia Legislativa de Mariana. Um dos projetos dispõe sobre o licenciamento ambiental e a fiscalização das barragens, adequando a legislação estadual à Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). A proposta proíbe a instalação de barragem a um raio mínimo de dez quilômetros de povoamentos e comunidades; obriga a contratação de seguro de responsabilidade civil para o licenciamento ambiental de barragens e aumenta em 100 vezes a multa por descumprimento.

Outro projeto explicado pelo deputado destina os recursos da Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento dos Recursos Minerários (TRFM) exclusivamente à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). A previsão é que esse projeto, se aprovado, injete R$200 milhões no sistema para melhorar a fiscalização das empresas.

“Há um terceiro projeto, que não foi pautado ainda na Comissão de Justiça e tem tido resistência, que diz respeito ao governo antecipar o futuro de possíveis atingidos, criando uma política para pensar nas pessoas que vivem em áreas que possivelmente serão atingidas. A Defesa Civil tem que criar um plano para ver o que fazer nessas situações . Eu julgo que esses são os três projetos mais importantes que vamos aprovar nesta legislatura, porque alteram a relação do poder público com as mineradoras”, explicou Correia.

A atingida Aline Ferreira Ribeiro, que perdeu seu marido Samuel Ribeiro – um funcionário terceirizado da Samarco que foi vítima da tragédia – destacou a negligência com as famílias das pessoas que perderam as vidas no crime. “A preocupação com o ser humano é mínima. As 19 vítimas são citadas na mídia como números, não falam seus nomes, o que significaram e o que significam. A partir do momento que eles morrem não são ninguém para a empresa, faz um ano e ninguém foi preso. Existe uma história humana por trás disso, porque nossos filhos vão crescer sem pais. Infelizmente nada foi feito porque a Samarco e a Vale têm muito dinheiro e poder”, lamentou.

Já Geovani Krenak, liderança índigena do povo Krenak, cuja aldeia é localizada na Bacia do Rio Doce, denunciou a perda do rio considerado sagrado pelo seu povo. “Faz um ano que nosso povo não tem mais contato com o nosso rio sagrado. Vidas humanas e milhares de vidas marinhas foram tiradas, bem como nosso direito de pessoas que dependiam do rio. Cada ação e tentativa da Samarco e da Vale de tentar reparar os danos geram outras três ações contrárias”, disse, destacando a poeira levantada pelo caminhão pipa que abastece a água da aldeia, causando doenças respiratórias, e o lixo deixado pelos funcionários da operação.

“Depois de um ano de crime não sabemos o que fazer, nosso povo tem fome de espírito. Ao longo da nossa história nosso povo sempre se refugiou nas margens do rio, mesmo durante a Ditadura Militar. Nunca aceitamos essa empresa aqui e sempre fomos vistos como empecilhos que atrasavam o progresso, mas que progresso temos agora?”, questionou Krenak.

A médica Clarissa Santos, membro da Brigada de Médicos Populares que realizou um estudo sobre a saúde da população na Bacia do Rio Doce após a tragédia, destacou os diferentes impactos do rompimento da barragem nesta área.

“Esse desastre socioambiental impactou e impactará ainda a saúde de milhares de pessoas. Isto a curto, médio e longo prazo, de acordo com os cenários múltiplos ao longo da bacia. Quando chegamos em Mariana encontramos um cenário chocante, pessoas realojadas em hoteis e abrigos da cidade. Então os impactos a curto prazo são relacionados também ao trauma psicológico. Ouvimos relatos de depressão e de tentativas de suicídio. Além disso, a contaminação da água por agentes tóxicos nos preocupa muito. Muita gente se queixa de problemas respiratórios, de pele e queda de cabelo, e isso não acontecia antes. Produzimos um relatório que foi entregue à Organização Mundial da Saúde ressaltando nossas preocupações”, afirmou.

Edição: José Eduardo Bernardes

Editado por: Redação
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Vai entrar?

Venezuela e Rússia assinam acordos, ampliam relações e Putin reforça apoio à entrada dos venezuelanos no Brics

FEMINISMO CRISTÃO

Em Pernambuco, mulheres cristãs se reúnem para debater justiça social, de gênero e ambiental

PARA FORA DO BAIRRO

Nunes anuncia remoção de mais de 4 mil famílias do Jardim Pantanal para obra contra enchente

Justiça

STJ autoriza uso de gênero neutro em registro civil em decisão inédita

RISCO AMBIENTAL

População e ambientalistas denunciam risco de volta da mineração no parque do Rola-Moça (MG)

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.