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Memória

11 de Setembro de 2001: 15 anos

Professores discutem significado do maior atentado terrorista da história

09.set.2016 às 18h36
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h36
Redação
Rafael Tatemoto
Igor Fuser:  “Poucos acontecimentos na história contemporânea receberam uma avaliação tão exagerada"

Igor Fuser: “Poucos acontecimentos na história contemporânea receberam uma avaliação tão exagerada" - Igor Fuser: “Poucos acontecimentos na história contemporânea receberam uma avaliação tão exagerada"

Há 15 anos, quatro aviões comerciais estadunidenses eram sequestrados por terroristas suicidas. Dois deles atingiriam as torres do World Trade Center; um terceiro atacaria o Pentágono, sede do comando militar dos EUA; e o último seria derrubado pela própria tripulação antes de atingir o alvo dos sequestradores.

As imagens do ataque, cuja autoria foi assumida pela Al-Qaeda (organização que contou com o apoio dos EUA no combate à União Soviética durante a Guerra Fria), circularam o mundo. No caso da segunda torre atacada, ao vivo.

Apesar do forte simbolismo, o que de fato representou o 11 de Setembro de 2001?

“Poucos acontecimentos na história contemporânea receberam uma avaliação tão exagerada. Na época dos fatos, se dizia que a ação mudaria os rumos da história, que marcaria a trajetória do século 21, que dividiria o atual período histórico em 'antes' e 'depois'. Nada disso aconteceu”, analisa Igor Fuser, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC).

Para ele, de fato foi o maior atentado terrorista de todos os tempos e o maior ataque sofrido pelos Estados Unidos em seu próprio território, além de ter sido um espetáculo de violência que produziu imagens sem paralelo na história, com exceção do ataque nuclear a Hiroshima, "mas o 11 de setembro não mudou a política externa dos EUA em seus traços essenciais, nem alterou a correlação de forças mundiais. Ou seja, não modificou nenhuma das tendências que marcavam a política global até então”.

Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), avalia que o mais relevante em relação ao 11 de Setembro de 2001 foram seus desdobramentos. “Obviamente, foi um evento significativo. Foi um ataque ao território dos EUA. [Entretanto,] o mais significativo foi a reação aos ataques”.

Segundo ele, a intervenção norte-americana no Oriente, que já ocorria, alterou seu padrão de alguma forma. Tanto a invasão do Afeganistão como a do Iraque foram seguidas de ocupação militar, coisa que não teria acontecido anteriormente.

“Os Estados Unidos chegaram a ter 300 mil homens estacionados em bases naqueles países”, afirma Nasser.

Mito

“O 11 de Setembro foi um ponto fora da curva”, afirma Nasser. De acordo com sua leitura, nem antes nem depois do atentado houve uma ação que a ele se equiparasse. Entretanto, a derrubada das Torres Gêmeas foi o fato que possibilitou o surgimento da doutrina de “Guerra ao Terror”.

Fuser analisa que “o governo de [George W.] Bush [2001-2009] se aproveitou do impacto do atentado para vencer as resistências, dentro e fora dos EUA, a uma política de intervencionismo militar muito mais agressiva do que a que vinha sendo aplicada até então".

"Levou adiante a invasão do Afeganistão e do Iraque com a falsa desculpa de que se tratava de um meio de 'combater o terror'. Subordinou seus aliados na Europa, no Oriente Médio e na Ásia Central às suas próprias preferências estratégicas e, de quebra, instalou bases militares em vários países da Ásia Central, ex-integrantes da União Soviética. Os atentados abriram caminho para uma militarização muito maior da cena política internacional e para uma escalada nos gastos militares dos EUA e de seus aliados”, aponta o professor da UFABC.

Razões

Nasser aponta dados internacionais que indicam que a estratégia de combate ao terrorismo pela via militar tem falhado. Segundo ele, morreram cerca de 2.550 por conta de ataques terroristas em 2002. Em 2015, por volta de 37 mil.

Além disso, 80% dos mortos são islâmicos e estão em cinco países: Síria, Iraque, Paquistão, Nigéria e Afeganistão. Os dois países invadidos pelos EUA não tinham casos de terrorismo em seus territórios antes da ocupação. Na verdade, não só o enfrentamento bélico falhou, como é parte das causas de ascensão do terrorismo.

“Numa perspectiva mais ampla, todo o fenômeno do terrorismo 'islâmico' tem suas raízes na dominação imperialista do Oriente Médio pelos EUA e seus aliados. Essa dominação contribuiu para o fracasso de todos os projetos de desenvolvimento e para a falência do nacionalismo árabe, que foi a principal ideologia naquela região durante o século 20", argumenta Fuser. "Há nas sociedades árabes uma percepção generalizada de injustiça, de opressão e de humilhação perante os estrangeiros, os ocidentais, algo que se agrava ainda mais com a ocupação da Palestina pelo sionismo e com o irrestrito apoio estadunidense aos setores mais elitistas e reacionários do mundo árabe. O projeto fundamentalista de expulsar o Ocidente, de romper com sua influência cultural e de reorganizar aquelas sociedades a partir do Corão só faz sentido à luz do forte sentimento de revolta contra o domínio imperialista e ocidental”, explica.

Nasser concorda com o argumento, que explica ataques a outros países. “Por que a França agora virou alvo? Porque, neste momento, é um dos países da Europa que mais interfere no Oriente Médio”.

No passado, esta intervenção, segundo ele, estimulou até mesmo o surgimento do Estado Islâmico. “Terrorista não é burro. Quando atacaram os centros financeiro e militar dos EUA, eles queriam duas coisas. A primeira é mostrar, simbolicamente, que o 'grande é fraco'. A segunda era levar uma reação por parte dos norte-americanos que desencadeasse uma ampla guerra no Oriente Médio. [Essa segunda] não ocorreu”.

Exportação

O 11 de Setembro como paradigma e o mito de que todos os países estão constantemente sob grave ameaça permitiu que os EUA não só fizessem seus aliados aderirem a uma estratégia mais agressiva no plano internacional, como também passassem a importar um modelo doméstico: legislações “antiterrorismo”, métodos de vigilância em massa, etc.

“O Brasil tem uma lei mesmo sem ter terrorismo. E, veja que interessante: a lei partiu da Fazenda. Partiu de lá porque é uma exigência do G7”, aponta Nasser.

Para o professor da PUC-SP, essa exigência atinge muito mais os não terroristas do que os terroristas, incluindo cidadãos comuns e ativistas de movimentos sociais. “Não adianta dizer 'você vai ser preso, vai ter prisão perpétua ou pena de morte'. Isso não dissuade terrorista. A lei serve para punir, eventualmente, outras pessoas que possam ser acusadas de terrorismo. É um disfarce, um espantalho para fazer outro tipo de combate. A França vem endurecendo sua legislação desde a década de 90, prendendo muita gente. E o que está acontecendo lá?”.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Editado por: Redação
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