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Reforma Agrária

Acampamento do MST sofre novo ataque de pistoleiros no Pará

Fazendeiro que participou das ações já foi multado por utilização de trabalho escravo

21.dez.2016 às 11h14
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h37
Brasil de Fato
Júlia Dolce
Acampamento Hugo Chávez, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Acampamento Hugo Chávez, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - Acampamento Hugo Chávez, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

O acampamento Hugo Chávez, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Marabá (PA), foi atacado nesta segunda-feira (19) e na madrugada desta terça-feira (20) pela terceira vez por pistoleiros. Os jagunços, apoiados pelo fazendeiro Osvaldo Saldanha, utilizaram três caminhonetes e montaram uma barricada na Vila Sororó, povoado próximo ao acampamento.

O acampamento Hugo Chávez está localizado na fazenda Santa Tereza, de propriedade do latifundiário Rafael Saldanha. As 362 famílias ocuparam a área no dia 8 de junho de 2014, e já produzem alimentos para comercialização e consumo próprio. O local vem sendo alvo de consecutivos episódios e violência há dois meses. No dia 2 de novembro, as famílias foram vítimas de tiros e tiveram suas roças e barracas queimadas.

Segundo Ayala Ferreira, representante da direção nacional do MST e dirigente do Pará, antes da ocupação a área servia para especulação, práticas de crimes ambientais e até mesmo violação de direitos humanos. "Um dos donos da fazenda, Osvaldo Saldanha de Almeida, é uma figura conhecida na região. Ele foi multado em 2002 por utilizar trabalho análogo à escravidão em uma de suas fazendas, então não é novidade que ele participe desse tipo de ação", denunciou.

Saldana foi condenado pela Justiça do Trabalho do Pará e Amapá a pagar R$ 60 mil de indenização por crime de utilização de trabalho escravo na Fazenda Bandeirante, também de sua propriedade, localizada em Paraupebas (PA). Seu caso foi o primeiro em que um fazendeiro foi condenado em ação civil pública de reparação por dano coletivo, ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho. Em 2006 a família Saldanha também foi investigada por envolvimento em sonegação de impostos, concorrência desleal, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Para Ayala, o objetivo dos ataques é desconstruir o acampamento e desmobilizar as famílias. "Nossa leitura é que esse é mais um ataque para desmobilizar o acampamento, esse é o esforço deles. É um ataque promovido pelo latifúndio, que tem aliança com a milícia armada, como policiais que estão de folga prestam esse tipo de serviço", continuou.

"Ontem eles passaram a noite fazendo pressão psicológica, jogando bombas e tiros em intervalos de tempos durante toda a madrugada, perturbando os acampados", conta Ayala. Ela também relembra que os governos estadual e federal já foram acionados inúmeras vezes pelo movimento, mas não se posicionaram para desarmar os pistoleiros da região. "Responsabilizamos o governo, acima de tudo, por não fazerem a reforma agrária", disse.

Tragédia anunciada

A professora do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Célia  Regina  Congilio, visitou o acampamento Hugo Chávez nas últimas semanas com os alunos do curso, e considera a situação dos acampados muito grave. "Ali se tem uma tragédia anunciada há tempos. Fizemos uma visita de apoio em uma situação semelhante a que está ocorrendo agora", afirmou.

"Os carros dos pistoleiros ficam no alto de um morro de ontem se tem plena visão da ocupação. Durante a noite, holofotes intensos são acesos desse morro em direção às casas. Por trás dos carros dos pistoleiros, a polícia fica apenas assistindo.  Os moradores tentam uma vida normal, mas estão sempre sob forte tensão. Fizeram uma vala imensa separando as plantações do acesso à água e ela serve de trincheira aos pistoleiros", afirmou, destacando que quando esteve no local, viu marcas de balas nas árvores, "bem no centro do pátio onde está a escola e onde as reuniões acontecem. Os moradores têm cartuchos deflagrados".

Segundo Célia, na cidade de Marabá, onde se localiza a Unifesspa, pouco se conhece sobre o caso da família Saldanha e da ocupação. "Os poderes públicos e a mídia são dos mesmos latifundiários da região, os mesmos donos do comércio local. O MST é fortemente criminalizado na região. O desfecho da tragédia pode estar próximo, se não houver intervenção pesada da sociedade e articulação que pressione os poderes públicos", ressaltou.

A professora ressalta ainda a ação judicial que dá causa da terra para a reforma agrária no território da Fazenda Santa Tereza. "Temos que entender o porquê do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) não encaminhar a desapropriação dessas terras", criticou. Procurado pelo Brasil de Fato, o Incra não respondeu aos questionamentos até a publicação da matéria.

Editado por: Redação
Tags: mstparáreforma agrária
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