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Encruzilhada

Opinião | Doze anos depois, esquerda mexicana tem novo acerto de contas nas urnas

O domingo (1), quando acontecem as eleições gerais, é mais central para o país do que o jogo de segunda-feira

01.jul.2018 às 14h30
Curitiba (PR)
Pedro Carrano
López Obrador durante encerramento de campanha que reuniu 80 mil pessoas no estádio Azteca, na Cidade do México

López Obrador durante encerramento de campanha que reuniu 80 mil pessoas no estádio Azteca, na Cidade do México - Rafael Stédile

A esquerda mexicana tem uma nova chance de chegar ao governo e acabar com um domínio dos partidos oligárquicos, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) e o Partido de Ação Nacional (PAN), que já alcançam mais de 90 anos revezando-se na condução do país. 

Neste domingo (1º), Andrés Manuel Lopez Obrador (AMLO) desponta vinte pontos à frente do segundo colocado nas pesquisas eleitorais à presidência, o conservador Ricardo Anaya Cortés (PAN), e tem larga vantagem sobre Antonio Meade Kuribreña (PRI), o terceiro colocado. 

Obrador já havia sido candidato em 2006 e 2012, sempre com uma plataforma mínima de preocupação social, combate à corrupção e crítica às elites que conduzem o país. 

Este momento é uma oportunidade também para questionar a aplicação do modelo neoliberal no país, hegemônico desde 1982 até o presente momento. Durante esse período, a média de crescimento mexicano manteve-se sempre baixa, na casa dos 2%. Constata-se, também, uma curva descendente nos salários desde 1976.

Com isso, o México é um caso a ser analisado. É um dos países latino-americanos que atravessou os anos 1990 e 2000 aplicando o neoliberalismo, sendo um exemplo de deterioração das condições de vida dos trabalhadores, processo que foi na contramão de governos de caráter nacional e popular que marcaram várias outras experiências no continente.  

Os mexicanos enfrentaram a exploração da força de trabalho em patamares asiáticos, em fábricas montadoras instaladas ao norte do país, e viram também a redução da participação das empresas estatais na economia. Lá como cá, há a tentativa de privatização da principal empresa de petróleo, a Pemex, e o país torna-se importador de gasolina, assim como desde os anos 1990 é importador de produtos agrícolas antes disponíveis no próprio país.
 
Nova encruzilhada

Uma grande oportunidade de vitória da esquerda poderia ter acontecido anteriormente, no ano de 2006.

Naquele ano, o país viveu sua experiência de encruzilhada histórica, quando AMLO perdeu as eleições por 0,56% de diferença para Felipe Calderón, do PAN.

O ano de 2006 foi marcado pela crise política profunda no país e o México ganhava constantemente o noticiário internacional. Ocorriam mobilizações massivas na capital mexicana e levantes estouravam em estados ao sul.

Ainda no mês de abril, os trabalhadores de San Salvador Atenco se insurgiram após repressão do governo federal. Mais tarde, no dia 14 de junho, iniciou-se uma mobilização massiva dos trabalhadores e professores de Oaxaca, estado ao sul, um dos mais pobres do México, quando foi conformada a Assembleia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO), realizando marchas de mais de um milhão de pessoas. 

Havia um forte movimento de massas em apoio a Obrador, o chamado “Desaforo”, que levava milhões de pessoas à capital e se reforçou com a sensação de fraude eleitoral contra o político. Naquele momento, AMLO chegou inclusive a lançar a plataforma de um governo legítimo, paralelo ao governo eleito. 

Em que pesem as fraudes eleitorais já cometidas nas eleições de 1988 e reforçadas em 2006 e 2012, é fato que a posição da chamada Outra Campanha, convocada pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), como uma força alternativa às eleições em 2006, colocando todos os partidos como equivalentes, contribuiu para a derrota de AMLO. 

E foi um grave erro, percebido pela esquerda mexicana e pela própria população.

Como resultado, a Outra Campanha perdeu força, não atingiu o objetivo inicial de uma nova constituinte para o México. Os zapatistas isolaram-se politicamente. Com isso, fica a lição histórica de que a tarefa das forças populares não é construir uma alternativa por fora, uma "terceira via de esquerda", mas conseguir incidir, influenciar e pressionar candidaturas de caráter nacional e de desenvolvimento, frente à hegemonia do modelo neoliberal. 

Novamente, em 2018 os zapatistas pretendiam lançar uma candidatura própria, mas que não conseguiu ser registrada.

Crítica ao neoliberalismo

As análises apontam um desgaste grande da população com as políticas neoliberais, que impactaram e deixam a população sem perspectiva de futuro. Dados levantados pela Folha de S. Paulo apontam que a informalidade atinge 27% dos trabalhadores mexicanos. 

Com isso, torna-se crível a vitória mesmo em um país marcado por fraudes eleitorais, aumento do poder do narcotráfico, assassinatos de políticos e jornalistas, e criminalização dos movimentos sociais.

Neste período histórico em que países como Honduras (2009), Paraguai (2012) e Brasil (2016) viveram a experiência de golpes de Estado conduzidos pela via parlamentar e judicial, o cenário mexicano torna-se uma referência fundamental. 

A possível vitória mexicana, na contramão dessa tendência de retomada do neoliberalismo no continente, é uma oportunidade para a crítica aos efeitos do neoliberalismo na vida da população. A mídia comercial tem buscado desviar esse debate de conteúdo, colocando que Obrador e Trump se equivaleriam, por ter uma postura “protecionista". 

Esquecem que é um imperativo para a população pobre o aumento dos serviços públicos, do investimento estatal, do respeito aos movimentos sociais. Esses são os reais desafios de Obrador, que os 90 anos anteriores não deram conta. 

*Pedro Carrano é autor dos livros História da Comuna de Oaxaca (Appris Editora) e Entre Muros e Montanhas – encontro com os zapatistas e outras histórias dos Andes à América Central (editora Multifoco).

Editado por: Pedro Ribeiro Nogueira
Tags: méxico
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