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Início Direitos Direitos Humanos

Ditadura Militar

Ministério Público irá retomar investigações sobre assassinato de Herzog

Corte Interamericana de direitos Humanos condenou Estado brasileiro pela falta de julgamento

01.ago.2018 às 18h44
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h44
São Paulo (SP)
Júlia Dolce
Jornalista Vladimir Herzog

Jornalista Vladimir Herzog - Reprodução

O Ministério Público Federal de São Paulo anunciou, na segunda-feira (30), que irá retomar as investigações sobre o assassinato do jornalista Vladimir Herzog pela ditadura militar brasileira, em 1975. A abertura do inquérito acontece após a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenar o Estado brasileiro, no dia 4 de julho, pela falta de investigação, julgamento e punição aos responsáveis.

A sentença da CIDH, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), determinou que o assassinato de Herzog deve ser considerado um crime de lesa-humanidade, e o Estado tem um ano para apresentar relatório sobre o cumprimento da decisão, inclusive indenizações –a corte exige que o Estado brasileiro pague US$ 20 mil à família de Herzog, mais US$ 40 mil para cada familiar pessoalmente atingido pela sua morte; no caso, esposa, mãe e filhos do jornalista.

O entendimento tem que ser cumprido obrigatoriamente pelo Estado brasileiro, e o país pode sofrer sanções internacionais caso não siga a decisão.

A história de Herzog é uma das mais emblemáticas do período em que o regime militar esteve no poder no país (1964-1985). A imagem do jornalista enforcado por um laço de apenas 1,60m de altura em sua cela, divulgada no laudo da Polícia Técnica do governo de Ernesto Geisel (1974-1979) como prova de que Vladimir teria suicidado, é uma das mais conhecidas da época, e representa até hoje a única "investigação" que o caso teve.

Desde o início dos anos 1990 houve quatro tentativas de reabrir a investigação, mas a Lei de Anistia, de 1979, sempre foi utilizada para impedir que as investigações avançassem. Para Ivo Herzog, filho do jornalista, que tinha apenas oito anos quando o pai foi assassinado e hoje preside o Instituto Vladimir Herzog, o sentimento é um misto de cansaço e tristeza.

"São mais de 40 anos em busca de justiça, e é muito triste para nós, como brasileiros, que precisemos esclarecer isso fora do nosso país, onde a gente vive e ajuda a construir. Nunca houve uma investigação, porque o Estado brasileiro sempre se negou a investigar. Desde então houve a montagem de uma narrativa através de construções da imprensa, de testemunhas e do próprio relatório da Comissão Nacional da Verdade, mas nunca houve um processo no âmbito judiciário, isso é inédito", afirmou.

O Procurador da República Marlon Weichert, responsável por formular a última tentativa de reabertura do caso na área criminal, em 2008, e testemunha física do processo na CIDH, afirma que está otimista que a investigação não volte a ser fechada. "Temos convicção de que dessa vez será diferente, porque há a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, determinando que se afaste a prescrição e a anistia. Confiamos que o judiciário irá cumprir a decisão da Corte Interamericana", afirmou.

Araguaia

Em 2010, a CIDH responsabilizou o Brasil pela "detenção arbitrária, tortura e desaparecimento" de 62 pessoas durante a Guerrilha do Araguaia, em 1974, "resultado de operações do Exército Brasileiro". No mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por sete votos a dois, a vigência plena da Lei da Anistia. De acordo com Weichert, no caso de Herzog a determinação da corte foi ainda mais incisiva.

"No caso [da Guerrilha do Araguaia] eles classificaram como grave violação de direitos humanos. Agora a corte fez uma determinação mais dura, que é a de crime contra a humanidade", explicou. Além da recente decisão, existem duas Ações de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) aguardando julgamento no STF referentes ao entendimento da inconstitucionalidade da Lei da Anistia, a ADPF 320, ajuizada pelo Psol, e a ADPF 153, de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Somadas à decisão da CIDH, as ADPF ganham força e podem abrir jurisprudência para que outros casos referentes à mortos e torturados da ditadura militar sejam julgados pelo Estado brasileiro. Para Ivo Herzog, essa possibilidade é a mais aguardada pela família.

"Ficamos muito satisfeitos com a sentença. Ela ordena que se investigue não só a questão do meu pai mas de outros mortos e desaparecidos daquele período. Para a gente isso é até mais importante do que o caso relativo ao meu pai, porque ele é muito conhecido, e há outros que carecem de investigações", afirmou.

Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade reconheceu 434 mortes e desaparecimentos durante o regime militar.

Ivo esteve presente na entrevista coletiva que anunciou a abertura da investigação nesta semana, junto com sua mãe, a viúva Clarice Herzog, Weichert, e integrantes da ONG Centro de Justiça e Direito Internacional (Cejil), que representaram a família de Herzog na CIDH.

Editado por: Diego Sartorato
Tags: ditadura militarradioagênciavladimir herzog
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