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ARTE

Exposição “Arpilleras: bordando a resistência” estreia no Rio de Janeiro

Mostra pretende problematizar o modelo energético e os direitos das populações atingidas por barragens através da arte

07.nov.2018 às 14h36
Rio de Janeiro (RJ)
Guilherme Weimann
Na mostra, os visitantes poderão conferir 20 telas de tecidos (arpilleras) costuradas por atingidas de todas as regiões do Brasil

Na mostra, os visitantes poderão conferir 20 telas de tecidos (arpilleras) costuradas por atingidas de todas as regiões do Brasil - Guilherme Weimann

Na última terça-feira (6), por volta das 19 horas, cerca de 100 pessoas participaram da inauguração da exposição “Arpilleras: bordando a resistência”, no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), localizado no Centro do Rio de Janeiro. O evento foi o pontapé inicial para a mostra, que está aberta ao público a partir desta quarta-feira (7), até o dia 2 de dezembro (excluindo as segundas-feiras), das 12h às 19h.

Alexania Rossato e Daiane Hohn, integrantes do Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que realiza a mostra, conduziram o ato cultural que se configurou no que algumas organizações da Via Campesina denominam de “mística”.

Logo no início, foi exibido o curta-metragem “Como alitas de chincol”, da diretora Vivienne Barry. A animação de 9 minutos conta como as “arpilleras” ganharam importância no combate à ditadura no Chile [1973-1990]. Surgida aproximadamente na década de 50 em Isla Negra, a técnica de costurar retalhos de tecido em cima de sacos de batata foi potencializada como uma ferramenta de denúncia dos crimes e dos desaparecimentos realizados pelo governo nesse período.

“Nós resgatamos essa ferramenta feminista latinoamericana, criada por lutadoras chilenas, para trabalhar dentro das áreas atingidas por barragens. Desde 2013, realizamos diversas oficinas que ajudaram a criar um diagnóstico das diversas violações sofridas pelas mulheres, mas também se colocaram como combustível de emancipação e organização”, explicou Daiane.

Foram também mostradas fotos de oficinas e exposições de arpilleras que ocorreram ao longo desses cinco anos de trabalho do MAB. Ao todo, a estimativa é que já foram produzidas em torno de 100 peças, que envolveram 900 mulheres atingidas das cinco regiões do país.

Como parte do resgate da memória das mulheres lutadoras, participou da cerimônia a professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Leonilde Medeiros. Ela integrou a Comissão Camponesa da Verdade, que investigou os crimes cometidos no campo durante o período da ditadura militar.

A pesquisadora recordou o nome de Roseli Borges, da comunidade Serra Queimada, localizada no município de Cachoeiras de Macacu (RJ). “Essa é uma história que simboliza a luta das mulheres aqui no estado do Rio de Janeiro. A família ocupou uma terra no campo, depois foi removida. Foi pra outro lugar desconhecido, reconstruiu a vida, reconstituiu a família nesse local e agora, depois de idosa, é novamente ameaçada pela construção da barragem prevista para o rio Guapiaçu. Ela é o símbolo dessa resistência”, ressaltou Leonilde.

Participaram da atividade diversos movimentos populares, sindicais, ONGs, pesquisadores e artistas que apoiam a organização do MAB no estado do Rio de Janeiro e no restante do país. Ao final do ato, todos os presentes cantaram juntos a música “Samba da Utopia”, do compositor Jonathan Silva.

Exposição

Na mostra, os visitantes poderão conferir 20 telas de tecidos (arpilleras) costuradas por atingidas de todas as regiões do Brasil. Cada peça traz, de maneira artística, testemunhos de violações de direitos humanos sofridas por mulheres nas grandes obras construídas nas últimas décadas, de norte a sul do país.

Cada peça traz, de maneira artística, testemunhos de violações de direitos humanos sofridas por mulheres nas grandes obras construídas nas últimas décadas. Foto: Guilherme Weimann

“Através da confecção das arpilleras, as mulheres atingidas por barragens conseguem expressar com linha e tecidos aquilo que muitas vezes as palavras não conseguem dizer. Mas as arpilleras não têm só um sentido de denúncia, sendo também uma semente de organização das mulheres, pois cada uma percebe que não está sofrendo sozinha e que é necessário lutar coletivamente para ser mais forte”, afirma Alexania Rossato.

As obras ficarão expostas no CCJF entre os dias 7 de novembro e 2 de dezembro, das 12h às 19h – exceto as segundas-feiras. As visitações de grupos poderão ser agendadas anteriormente, de acordo com a disponibilidade das facilitadoras. Ademais, serão ministradas oficinas e rodas de conversa nas quais as atingidas ensinarão a técnica de confecção das arpilleras ao público interessado.

Haverá também, às 18 horas dos dias 29 de novembro e 1 de dezembro, duas exibições do documentário “Arpilleras: atingidas por barragens bordando a resistência”, que conta as histórias de dez mulheres atingidas por barragens de cinco regiões do Brasil. O longa-metragem foi premiado como melhor documentário no 44º Festival Sesc Melhores Filmes.

Uma das histórias relatadas no filme é a da moradora do município de Barra Longa (MG), Simone Silva. Ela foi atingida pelo estouro da barragem de Fundão, de propriedade das mineradoras BHP Billiton, Samarco e Vale. Nesta semana, este rompimento que causou a morte de 22 pessoas e a contaminação da bacia do Rio Doce completa três anos. Diversas atividades estão sendo realizadas entre os estados de Espírito Santo e Minas Gerais.

Editado por: Mariana Pitasse
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