Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

CARNAVAL

Ambulantes dormem nas ruas para atender a demanda do Carnaval carioca

Estima-se que mais de 500 blocos e cerca de 6 milhões de pessoas irão desfilar pela cidade do Rio de Janeiro em 2019

07.fev.2019 às 06h00
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister
A dificuldade para se reinserir no trabalho com carteira assinada fez com que muitas pessoas optassem pelo mercado informal

- Fernando Frazão/ Agência Brasil

A menos de um mês para o Carnaval, os foliões já preparam os adereços para aproveitar a maior festa popular do país. No município do Rio de Janeiro, os blocos já estão ocupando as ruas da cidade desde o mês de janeiro. Enquanto muitos aproveitam para se divertir, uma grande maioria encontra no Carnaval a possibilidade de aumentar a renda da família.

Os vendedores ambulantes são aqueles que abastecem os foliões durante o Carnaval de rua. Um bloco sem os trabalhadores informais significa que não tem água, cerveja e comida. Imaginar isso diante de um calor de 40°C e 24 horas de folia é impossível. Contudo, manter a festa de rua bem servida não é fácil.

José Cruz é um dos ambulantes que mantém a rotina intensa de trabalho durante o período do Carnaval. Há 45 anos José atua pelas ruas como ambulante, principalmente com a venda de bebidas, balas e doces. Durante os dias de folia, o ambulante, que mora a cerca de 40 km do Centro do Rio, no bairro de Senador Camará, na zona Oeste, opta por não voltar para casa e dorme pelas ruas da cidade.

“A gente vem de longe, eu mesmo moro em Senador Camará, depois de Bangu e não tem condição de sair e voltar e pegar os eventos porque dorme pouco, se cansa. Há quatro anos eu estava tão cansado que eu ia para a Central buscar mercadoria e não aguentei. Parei o triciclo embaixo de uma barraca, peguei uma tabua que era usada como tabuleiro, coloquei no chão e deitei. Para muita gente, camelô ganha fácil e não é assim”, conta José de 53 anos.

A crise e o aumento do trabalho informal

A situação vivida por José Cruz é comum para muitos trabalhadores que atuam nas ruas cariocas durante o Carnaval. A crise econômica que ainda afeta o estado do Rio de Janeiro deixou um rastro de desemprego. A dificuldade para se reinserir no trabalho com carteira assinada fez com que muitas pessoas optassem pelo mercado informal. 

De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada no fim de janeiro, o número de trabalhadores sem carteira assinada no país cresceu 3,8% (mais 427 mil pessoas) no quarto trimestre de 2018, frente ao ano anterior.

O estudo revelou ainda que ao final de 2018, o Brasil tinha 33 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada (sem considerar empregados domésticos). Outras 11,5 milhões estavam atuando sem carteira, e outras 23,8 milhões, por conta própria.

No Carnaval, o número de ambulantes nas ruas aumenta. Pessoas que já trabalham há mais tempo na atividade e novatos veem a possibilidade de aumentar o rendimento no período da folia. José sustenta a enteada e o neto com o dinheiro das vendas de alimentos e bebidas, a expectativa para março é que o seu rendimento mensal seja dobrado.

“Nesse período de festa para o camelô é como se fosse o décimo terceiro, principalmente o camelô que trabalha com evento. A gente espera com toda a crise que façamos uma diária melhor, mas para isso é um sacrifício”, afirma.

Licença para trabalhar

Além das dificuldades como fadiga e falta de estrutura para o trabalho, os ambulantes de deparam com outro problema que passa ano e entra ano permanece sem solução: a hostilidade dos agentes públicos com os trabalhadores informais que não possuem licença.

Para Maria de Lurdes, coordenadora do Movimento Unido dos Camelôs (MUCA), a prefeitura até o momento não apresentou uma estratégia eficiente para lidar com os ambulantes, principalmente os que atuam durante o Carnaval. 

"A gente sente que quando a prefeitura vem, ela tem o intuito de fazer uma perseguição aos trabalhadores. Você precisa ter um projeto de organização dos camelôs na rua porque a gente não vem para a rua à toa e sim porque precisamos. Por trás de cada tabuleiro vai ter um trabalhador” , ressalta Lurdes.

A coordenadora do MUCA afirma também que o sistema de cadastro oferecido pela prefeitura não resolve o problema dos ambulantes, pois limita o trabalho. Além disso, os kits entregues aos camelôs para a venda de bebidas não atendem a demanda do Carnaval. Segundo Lurdes, o isopor, por exemplo, é pequeno demais.

Mais de 500 blocos irão desfilar pela cidade do Rio. A prefeitura credenciou 10 mil ambulantes para atuar no período de folia que no último ano colocou 6 milhões de pessoas nas ruas. As inscrições terminaram no dia 18 de janeiro. 

O Brasil de Fato entrou em contato com a prefeitura para obter respostas sobre o sistema de cadastro dos ambulantes durante o Carnaval e os questionamentos acerca dos kits fornecidos. Sobre o cadastramento apenas informaram que é feito pela Ambev.
 

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: carnavaldesempregoradioagênciariodejaneirotrabalho
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Direito à moradia

Ocupação Rexistência Poa celebra um ano e avança na luta por moradia no centro de Porto Alegre

FUTURO DO PAÍS

A educação brasileira deve ser analisada como um fenômeno cultural

Sustentabilidade

Conheça o Sururuelas, projeto de comunidade quilombola na Bahia que transforma casca de mariscos em biojoias

Segurança Pública

Oposição vê movimento por ‘saída negociada’ de Derrite do governo Tarcísio em SP

Reserva Chico Mendes

Agentes do ICMBio sofrem atentados em reserva no Acre

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.