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Início Bem viver Cultura

MACHISMO

Música e vida real: quando o verso virou agressão

Leia depoimentos de quem viveu na pele o que é cantado em músicas bem populares

01.fev.2020 às 18h46
Belo Horizonte
Rafaella Dotta
Para psicóloga as música acaba sendo um reforço do machismo

Para psicóloga as música acaba sendo um reforço do machismo - Reprodução

Ai, que delícia ouvir um sertanejão no volume bem alto e dançar coladinha com alguém. Mas imagina se, por um passe de mágica, as músicas virassem realidade? Mulheres passaram por situações semelhantes a algumas letras e não foi tão bom assim. Confira algumas histórias.
 “Ciúme não, excesso de cuidado / Repara não se eu não sair do seu lado”
A assistente de coordenação de uma escola, Viviane Simões, viveu a música “Ciumento Eu” com seu primeiro namorado. O namoro acabou pelo excesso de ciúmes do rapaz, coisa que Henrique & Diego cantam como “excesso de cuidado”. E dizem mais: "Tem uma câmera no canto do seu quarto / Um gravador de som dentro do carro / E não me leve a mal se eu destravar seu celular com sua digital (…) É tudo por amor”, diz a música, que tem 23 milhões de visualizações no Youtube.
Tal qual a letra, o ex-namorado procurava vigiar Viviane de diversas formas. Ele chegou a mandar mensagens pelo seu perfil no Facebook e excluir pessoas de quem tivesse ciúmes. O auge foi uma crise em que ele esmurrou a porta do banheiro na casa dos pais de Viviane, querendo saber com quem ela falava ao telefone.
“Tá doido que eu vou fazer propaganda de você”
E quem não conhece a clássica “Propaganda”, de Jorge e Mateus? Jogue a primeira pedra se você não cantou a plenos pulmões “Tá doido que eu vou / Fazer propaganda de você / Isso não é medo de te perder, amor / É pavor, é pavor”. Quem viveu esses versos foi Neliane Macedo, mãe de três filhos e que acabou de sair do casamento. Seu ex-marido cantava a música para justificar o que falava dela aos amigos e parentes, de “burra” a outros xingamentos, durante 7 anos.
“Desde o momento que ele escutou essa música, sentava no sofá e dedicava a mim. E realmente era algo que ele vivia. Falava mal de mim para os amigos pra ‘ninguém crescer o olho’”, conta Neliane. A relação foi piorando e ela foi proibida de usar determinadas roupas, vivia só em casa e chegou a perder 12 quilos em três meses por tristeza, conta. 
A letra também marcou o mais triste capítulo e o fim do casamento. “Um dia antes ele estava sentado no sofá cantando essa música, todo bonitinho, e no outro dia simplesmente ateou fogo na casa com dois dos meus filhos dentro. E romantizou tudo aquilo, dizendo que foi por amor, quando a gente sabe que não é”, desabafa. 
Outras pedradas
As músicas que podem prejudicar as mulheres não param por aqui. O ciúme exagerado, a agressão e a ameaça para ter relação sexual estão em milhares de letras. A “Vidinha de Balada” de Henrique & Juliano, não se importa com a resposta da mulher: “Vai namorar comigo, sim”, manda. “A Mala É Falsa” de Felipe Araújo relata uma ameaça para ter sexo: “Agora vê se aprende a dar valor / Mata minha sede de fazer amor".
Um projeto feito por brasileiras reúne outras composições sertanejas, mas também sambas, rocks, bossas novas e funks que rebaixam a mulher. O site Música Machista Popular Brasileira mmpb.com.br mostra que machismo não tem tipo musical preferido. Na opinião do site, músicas como essa “deveriam incomodar muito mais”.      

Violência contra mulher, não é o mundo que a gente quer!
Um terço das mulheres do planeta já foi violentada? O número é da Organização das Nações Unidas (ONU), que também levantou que 49 países não têm leis para impedir a agressão doméstica. Dia 25 de novembro foi o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher.    

Psicóloga analisa influência de músicas
A professora da Faculdade de Ciências Médicas Claudia Natividade opina que as músicas interferem sim nos relacionamentos amorosos. As atitudes humanas são construídas a partir do que aprendemos com o mundo e, para a psicóloga, as músicas funcionam como um incentivo, uma repetição da história que se quer. A música acaba sendo um reforço “bem-humorado” do machismo.
“O ritmo faz toda a diferença. Se a gente for ler a letra vai achar uma coisa abusiva, controladora. O ritmo faz com que a letra seja alegre, humorada, criando uma melhor entrada para esse tipo de mensagem na sociedade”, explica. 

Editado por: Joana Tavares
Tags: machismomulheresradioagênciaviolência
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