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Crime

Um mês sem Dilma Silva | Companheiros enaltecem militante do MAB assassinada no Pará

Além da coordenadora do movimento, massacre vitimou Claudionor Costa da Silva e Hilton Lopes na região de Baião (PA)

22.abr.2019 às 07h46
São Paulo (SP)
Leonardo Fernandes
Moradores do assentamento Salvador Allende vinham sofrendo ameaças e assédio de fazendeiro da região

Moradores do assentamento Salvador Allende vinham sofrendo ameaças e assédio de fazendeiro da região - Pedrosa Neto/Amazônia Real

A batalha de Dilma Ferreira Silva começou ainda em 1974. A construção da hidrelétrica de Tucuruí (PA), pelo governo militar, mudaria para sempre a vida dela, que passou a ser dedicada à defesa dos direitos dos atingidos por barragens. 

Tucuruí é a maior hidrelétrica 100% brasileira e está localizada no Rio Tocantins, a cerca de 300 quilômetros da capital paraense, Belém. Foi construída entre 1974 e 1985, em uma época que havia pouca ou nenhuma preocupação com os danos ambientais e desprezo pelos direitos das populações ribeirinhas. Na época, cerca de 32 mil pessoas foram deslocadas de suas moradias para construção da barragem.

 


Dilma Silva entrega reivindicações à então presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2011. (Foto: Divulgação/MAB)

A voz de Dilma foi calada no dia 22 de março de 2019, quando também foram assassinadas outras duas pessoas: o esposo dela, Claudionor Costa da Silva, 42 anos, e Hilton Lopes, de 38 anos, vizinho do casal. O crime aconteceu no assentamento Salvador Allende, zona rural de Baião (PA).  

Jaqueline Damasceno, militante do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) na região, conta que a história de Dilma é um exemplo para as novas gerações: “Ela sofreu muito durante toda a vida. Ela foi brutalmente atingida no período que foi construída a hidrelétrica de Tucuruí, a família toda. Ficaram na miséria. Então, sempre estiveram nessa luta para serem reconhecidos como atingidos de Tucuruí. Ela foi uma mulher que sofreu muito e que, mesmo assim, era uma pessoa muito iluminada”. 

Quatro dias depois do crime, a Polícia Civil do Pará prendeu o fazendeiro Fernando Ferreira Rosa Filho, conhecido como Fernando Shalom ou Fernandinho, identificado como mandante do assassinato. As motivações do crime ainda são investigadas pela polícia. 

Testemunhas afirmam que o triplo assassinato teria sido motivado pelo interesse do fazendeiro nas terras do assentamento onde Dilma vivia desde 2012. A terra havia sido regularizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2011. 

A primeira da direita para a esquerda, Dilma Ferreira Silva, 47 anos, foi assassinada em 22 de março de 2019. Foto: Arquivo MAB

Yuri Paulino, integrante da coordenação nacional do MAB, explica como se dava a disputa por terras na região onde Dilma foi assassinada: “Esta área onde as famílias estão foi ocupada e me parece que alguns lotes que estão dentro do assentamento eram áreas griladas por esse fazendeiro anteriormente. E com o processo de ocupação do assentamento, essa área foi retomada e destina a lotes da reforma agrária para reassentar aquelas famílias. Outro elemento é que, pelo que diz a investigação, pela prática de ilícitos e como ele fazia uma espécie de fortaleza do crime naquela região, ele não concordaria e não era bom para os negócios ilícitos dele, ter uma liderança de um movimento popular com a expressão da Dilma vivendo naquele entorno”. 

Outra informação obtida durante as investigações pode ajudar a elucidar o crime. Segundo o portal De Olho Nos Ruralistas, “as investigações do assassinato de Dilma Ferreira apontam que o acusado de ser o mandante, Fernando Ferreira Rosa Filho, tinha como objetivo construir uma pista de pouso clandestina na área do assentamento. Os aviões abasteceriam traficantes de drogas da região”. 

Ainda segundo o portal, “as informações são resultado de uma força-tarefa da Polícia Civil, formada pelo Núcleo de Inteligência Policial, a Diretoria de Polícia do Interior, a Divisão de Homicídios, o Grupo de Pronto-Emprego, policiais da Superintendência Regional de Tucuruí, do Núcleo de Apoio à Investigação de Tucuruí e da Delegacia de Conflitos Agrários”.

Paulino afirma que “infelizmente”, os crimes por disputa de terra são comuns na região. Mas, ao contrário do que pretendem os assassinos – intimidar os lutadores –, a morte de lideranças carismáticas como Dilma terminam motivando ainda mais a luta das comunidades organizadas em defesa de seus territórios. 

"Para nós do movimento, o que aconteceu nos coloca na seguinte reflexão: a luta é correta, a pauta é justa e se nós não fizermos essa luta, ninguém mais vai fazer. Por isso que não temos a intenção de recuar", explica. "O que eles fizeram com a Dilma nos coloca em mais uma obrigação: de lutar contra esse processo que vitimou a Dilma. Então nós não vamos recuar. Vamos continuar lutando, vamos continuar organizando, e agora com mais um motivo que é fazer com a luta da Dilma não seja em vão". 

O Brasil de Fato entrou em contato com a Polícia Civil do Pará através de sua assessoria de imprensa, para obter informações sobre o andamento das investigações, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

Massacres no campo

Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT) os dois massacres foram os primeiros registrados em 2019. “Com eles, o número de massacres no campo, registrados pela CPT de 1985 a 2019, sobe para 47 no total, com 230 vítimas”, informa a CPT. A Pastoral da Terra registra como massacre quando em um conflito, no mesmo dia, são assassinadas três ou mais pessoas.

Editado por: Daniel Giovanaz
Tags: assassinatodilmamabparáradioagência
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