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Início Política

EDUCAÇÃO

O corte de verbas vai sucatear o ensino público para facilitar a privatização

Ex-secretário do governo Lula, o professor Eliezer Pacheco critica o projeto Future-se e a destruição da educação

22.ago.2019 às 18h51
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h51
Porto Alegre (RS)
Walmaro Paz
Para ele, criador dos IFs, acesso à universidade e criação dos institutos foram revolucionários em relação ao ensino tradicional elitizado

Para ele, criador dos IFs, acesso à universidade e criação dos institutos foram revolucionários em relação ao ensino tradicional elitizado - Foto: Renato Araújo/ABr

“Estes caras querem ir estrangulando aos poucos as instituições de ensino público superior para enfraquecê-las e depois privatizá-las”. A afirmação é do professor Eliezer Pacheco, 76 anos, que foi o criador dos Institutos Federais de Educação quando era Secretário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério de Educação no governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Para ele, este é o sinal que vê na política de “contingenciamento de verbas” adotado pelo atual governo no Ministério da Educação (MEC). Pacheco disse que os dirigentes dos Institutos já anunciaram que a verba disponível só permitirá o seu funcionamento no máximo até o mês de setembro, quando não terão dinheiro para sequer pagar as contas de luz.

Pacheco recorda que a criação dos Institutos Federais é um avanço revolucionário no processo educacional brasileiro em relação ao ensino tradicional totalmente elitizado. Eles têm a finalidade de preparar trabalhadores avançando nas novas tecnologias, capacitando-os para a nova economia mundial. “Formam tecnólogos, têm uma autonomia quase total, podendo eleger seus dirigentes diretamente num sistema paritário (professores, técnicos e estudantes) com um sistema de voto universal”, lembra ele.

“Por exemplo, o Instituto não tem lista tríplice para reitor, é voto direto e uninominal, é paritário, os três segmentos têm o mesmo peso. Então, esta possibilidade de manobra que existe na universidade de indicar fora da lista tríplice não existe. A outra característica que deu nesta expansão enorme é que os câmpus são autônomos administrativamente, eles elegem o diretor-geral, o que não acontece nas universidades. E têm autonomia dentro de seus orçamentos de ir ampliando. Por isso que hoje se chegou a cerca de 340 campi no país todo”.

Segundo ele, inicialmente, foram implantados 214 campi em 38 institutos. No Rio Grande do Sul, são três institutos e nem sabe ao certo o número de câmpus. Outra característica deste modelo de ensino é que ele está localizado nas comunidades mais carentes, nas periferias das grandes cidades ou nas regiões mais pobres do interior. Este tipo de instituição não interessa a esta proposta de governo. “Mas é de suprema importância para as comunidades onde estão localizados. Por isso, esta é a hora das instituições se socorrerem das comunidades para resistirem”.

Para o educador, o atual governo não pode nem ser caracterizado como fascismo, é um arremedo. “Os fascistas tinham um projeto de país, eram nacionalistas. Estes caras estão entregando o país, é um governo disnacional, antipopular. Porém conserva uma das fortes características do fascismo que é se assentar no atraso, na ignorância”.

Ele lembra que já vivemos um projeto neoliberal com Fernando Henrique Cardoso. “Mas o FHC não tinha um projeto ideológico de acabar com a universidade. Este governo tem, porque a universidade e agora os IFs deixaram de ser um espaço da elite apenas. Antes eles preservavam as universidades porque eram monopólio da elite de um modo geral. Com a triplicação das vagas nas universidades mais os IFs, o Enem como forma de acesso e as cotas, a universidade deixou de ser hoje um espaço só da elite, tem povo nas universidades. Então tem mais este fator que leva eles a ter essas animosidades absurdas contra o ensino superior, contra a educação. Eu acho que o projeto deles é ir privatizando paulatinamente. O Future-se é uma porta aberta para a privatização da Universidade”.

Ele acredita que o que eles querem não é fechar, porque se tem intenção de privatizar é preciso que estejam funcionando para serem atrativos pela iniciativa privada. Mas é fazer aquilo que já ocorreu com outras empresas. É fazer enormes limitações para retirar o ensino e a pesquisa e a extensão. “É muito difícil dar continuidade aos projetos de pesquisa, pesquisa é uma coisa cara, não há pesquisa barata. Com os atuais cortes, vão deixar a coisa próximo de zero na pesquisa, tanto nas universidades como nos institutos federais, da mesma forma como a extensão, que é a relação da universidade com a sociedade, e fazer extensão sem recurso e impossível. É um processo de estrangulamento destas instituições de tal sorte que, como eles fazem nas outras empresas antes de privatizar, eles sucateiam ao máximo, tornam o serviço péssimo e aí a população acaba aplaudindo a privatização”.

Editado por: Marcelo Ferreira
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