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SOBERANIA

“Vender a Codemig é vender a galinha de ovos de ouro de MG”, alerta pesquisador

Venda resulta em corte anual de quase meio bilhão na arrecadação

19.nov.2019 às 15h02
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h53
Belo Horizonte
Amélia Gomes
Codemig, que pode ser desestatizada pelo governo de Romeu Zema (Partido Novo), possui a maior jazida de nióbio do mundo

Codemig, que pode ser desestatizada pelo governo de Romeu Zema (Partido Novo), possui a maior jazida de nióbio do mundo - Google Imagens

No último mês o governador Romeu Zema (Novo) enviou para a Assembleia Legislativa dois Projetos de Lei (1.205 e 1.203/19) envolvendo a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). O primeiro propõe o recebimento antecipado dos recursos da exploração do nióbio com cessão dos créditos até 2032.  A alegação do governo é que o recurso auxiliaria o pagamento do décimo terceiro dos servidores.

Já o PL 1203/19 trata da desestatização da Codemig. A venda de estatais é uma das principais moedas de troca para adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, que propõe uma "trégua" na cobrança das dívidas dos estados com a União durante um prazo de três anos. No entanto, especialistas avaliam que ao invés de resolver o problema orçamentário do Estado, a venda da Codemig pode causar um rombo ainda maior aos cofres públicos. Isso porque a Codemig é dona da maior jazida de nióbio do mundo. A mina fica no município de Araxá, região do Alto Paranaíba.

O nióbio é um mineral usado para fazer ligas de aço de alta resistência – com aplicações em plataformas marítimas, pontes e turbinas de aeronaves a jato. A reserva de Araxá tem capacidade de exploração por mais de 400 anos. Atualmente o Estado recebe 25% sobre o valor do que é extraído na mina.

Em 2018, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração – CBMM empresa privada que gerencia a mina, repassou ao governo mineiro R$ 477 milhões em impostos sobre a exploração do bem.  Na avaliação do economista e especialista em finanças de organizações públicas da Universidade Federal de Minas Gerais Ivan Beck, a venda da estatal para sanar a crise fiscal do Estado é uma leitura errada do governador. “Temos alternativas à privatização que podem resolver melhor o problema. Como repensar os subsídios que o governo dá as empresas do setor minerário e dos agrotóxicos, por exemplo", pontua.

Em uma entrevista a uma emissora de televisão o próprio governador Romeu Zema admitiu que a venda da Codemig só resolveria a situação orçamentária do estado até março de 2020. “É preciso pensar estrategicamente e a longo prazo 25,30 anos. O governador não pode perder a influência sobre decisões de setores estratégicos para a receita do Estado”, conclui Beck.

Regime de Recuperação Fiscal

Apresentado junto com os outros dois PL’s, também tramita na ALMG o Projeto de Lei 1202/19 que impõe a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal.  O RRF foi criado pelo governo Temer em 2017 e é mantido por Bolsonaro. Aderindo a ele, estados podem suspender o pagamento de sua dívida com a União por três anos, prorrogáveis por mais três.  Depois, terão que voltar a pagar, com juros e correção monetária. Para o governo estadual aderir ao plano e ter sua dívida temporariamente suspensa, terá que cumprir 21 exigências, entre elas a venda de todas as estatais do estado. O Regime foi adotado no estado do Rio de Janeiro, no entanto economistas e políticos avaliam que a medida não solucionou os problemas orçamentários.

Lei de 2018 mudou o caráter da Codemig

Até 2018 a Codemig era a empresa responsável pelo desenvolvimento econômico do Estado e agregava diversas outras empresas do governo. Em agosto de 2018, o então governador de Minas Gerais Fernando Pimentel promulgou a Lei 22828, que abriu o capital da Codemig e transferiu diversas de suas atribuições para a Codemge, empresa criada pela mesma lei. Hoje a Codemig é voltada especificamente para a extração do nióbio e passou a ser sociedade anônima de companhia aberta.

Zema alega que a Codemig seria a primeira empresa do estado a ser vendida porque seus produtos não atingem diretamente os mineiros. No entanto, o que facilita a venda e provavelmente explica ela ser a primeira empresa na lista das privatizações, é o fato Constituição exigir para privatização da Cemig, Copasa e Gasmig a aprovação de por 2/3 dos deputados estaduais e pela maioria dos mineiros por meio de um plebiscito popular.

O que os mineiros perdem com a venda da Codemig?

O nióbio produzido em Araxá responde por 75% de toda a produção mundial. Sua produção anual é de 70 mil toneladas da liga de ferronióbio. Para se ter uma dimensão da riqueza e potencial econômico deste mineral, uma tonelada de nióbio é vendida por U$$ 26 mil. O valor é cerca de trezentas vezes mais do que a de minério de ferro, atualmente vendida a cerca de U$$ 76 a tonelada. Para o professor de geologia e especialista em política mineral Cláudio Scliar, o que o governo deveria fazer mediante a situação alarmante do caixa do Estado e o enorme potencial atual e futuro da extração do nióbio é se apoderar mais dessa riqueza que o Estado detém. “Para resolver problema do Estado governador está matando a galinha dos ovos de ouro. A preocupação do governador deveria ser a agregação de valor a estes insumos e não a venda da Codemig”, afirma o pesquisador.

Tribunal de Contas do Estado pede explicações ao governo

Assim que Zema apresentou os projetos na ALMG, o Tribunal de Contas do Estado pediu esclarecimentos ao governador, à Secretaria de Planejamento e Gestão e ao presidente da Codemig sobre a cessão de créditos e de privatização da empresa. As respostas aos pedidos de esclarecimentos, está em análise no órgão desde o último dia 21. O TCE vai analisar a legalidade dos atos do Poder Executivo, podendo impor ao governo recomendações, medidas cautelares ou sanções. Ainda não há previsão de quando o Tribunal de Contas dará o seu parecer sobre o caso.

Tramitação dos projetos

No último dia 20 o plenário da Assembleia Legislativa aprovou em 1° turno, por unanimidade, o PL 1205/19 que trata da cessão de créditos do nióbio. O texto deve ir para votação em segundo turno já na próxima semana, no entanto, antes de ir ao plenário, deverá ser analisado em audiência pública pelas comissões de Minas e Energia e Administração Pública.

Já o PL 1202/19 que trata da adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal está em avaliação na Comissão de Constituição e Justiça, assim como o Projeto 1203/19 que trata da venda da Codemig. Todas as propostas devem passar por pelo menos duas comissões para que cheguem ao Plenário.

Editado por: Elis Almeida
Tags: economiaprivatizaçaozema
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