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FUTEBOL FEMININO

Realidade e desafios após a euforia da Copa do Mundo de Futebol Feminino

Edição da copa teve a maior visibilidade da história, porém modalidade segue sem investimentos no país

29.ago.2019 às 18h51
Atualizado em 17.fev.2025 às 02h09
Porto Alegre (RS)
Eduarda Schein
Além de Grêmio e Inter, participam do Campeonato Gaúcho os times Atlântico, João Emílio, Brasil de Farroupilha e Oriente

Além de Grêmio e Inter, participam do Campeonato Gaúcho os times Atlântico, João Emílio, Brasil de Farroupilha e Oriente - Foto: Reprodução internet

A partida entre Brasil e França, pelas oitavas de final, foi assistida por 59 milhões de pessoas. Visibilidade que serviu para que a Copa fosse uma competição política, trazendo à tona reivindicações que não são novas, mas sequer ganhavam repercussão. Capitãs e porta-vozes das Seleções de Brasil e Estados Unidos, Marta e Megan Rapinoe tomaram a frente das manifestações. A bandeira é a igualdade: além de salário (o de Marta, seis vezes eleita melhor do mundo, corresponde a 0,3% do que ganha Neymar, nunca vencedor do troféu), investimento e atenção o ano todo – necessidades por trás da imponência numérica e da euforia gerada pela Copa.

Passada a competição, porém, a realidade não converge com o entusiasmo. Trabalhando na modalidade há 24 anos, o técnico do Pelotas Phoenix, time feminino do Lobão, Marcos Planela, se mostra mais cauteloso e acredita que para concretizar as reivindicações de Marta e Megan é preciso justamente ações no campo em que elas adentraram com suas bandeiras – a política. “Há uma necessidade urgente de projeto de futebol feminino na CBF. Há erros gravíssimos de organização no formato do Campeonato Brasileiro e na forma como começam as competições de base. O grupo que gere o futebol feminino não tem resultado nenhum, não tem comprometimento com a renovação. O Marco Aurélio Cunha, coordenador geral (no cargo desde 2015), e toda a equipe precisam sair. Se ele não sair, pouco adianta trazer a Pia (Sudnhage, nova técnica da Seleção).”

Na avaliação de Marcos, a falta de investimento gera uma reação em cadeia: o time feminino é visto como laboratório, para onde são mandados treinadores de terceiro e quarto escalões do masculino, o que resulta em um baixo nível técnico das equipes e afugenta a audiência – nos estádios e em algum eventual canal. “Ninguém senta pra ver um 12 x 0 na TV.”

Campeonato Gaúcho

Uma das competições femininas que acontecem pós-Copa neste contexto diferente dos outros anos, é o Campeonato Gaúcho. Torneio que, conforme Marcos, só existiu e resistiu nos últimos 10 anos graças à Associação Gaúcha de Futebol Feminino e voltou a ser organizada em 2018 pela Federação Gaúcha de Futebol apenas em função das obrigatoriedades e pressão impostas pela FIFA e Conmebol.

O vice-presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, rebate e diz que encara a crítica com naturalidade, embora a avalie como descabida: “A AGFF foi autorizada pela FGF a organizar o futebol feminino no RS e sempre contou com o apoio da federação no que foi necessário. A própria sede da AGFF era numa sala cedida pela FGF.”

Em relação a valores, ele afirma que a FGF bancou, em 2018, a arbitragem e isentou despesas administrativas, o que, somado chegou a aproximadamente R$ 30 mil. Um dos argumentos de Planela é de que o investimento na base daria lastro à modalidade, o que poderia resultar em melhora técnica daqui a, no mínimo, uma década. Hocsman alega que, “em 2019, por iniciativa da FGF, estão sendo coordenadas competições das categorias sub 14; sub 16; sub 18 e adulto. Todas com as despesas administrativas custeadas pela FGF. O investimento, considerando as despesas e premiações, está orçado em aproximadamente R$ 250 mil.”

Conforme Hocsman, o calendário gaúcho já havia sido planejado e não tem vinculação com a Copa. Ele vê a repercussão, porém, como um potencial divisor. “Lógico que a transmissão e toda cobertura da Copa deu uma maior visibilidade à categoria, tanto que em 16 anos de FGF, é a primeira vez que nos procuram para uma matéria sobre o futebol feminino. Todavia, o seu fortalecimento não pode ser imposto, deve ser construído em conjunto por todas partes: confederação, federações, clubes, torcedores e imprensa. É um processo que demanda tempo e que tem até mesmo um cunho cultural, mas que já está em andamento. Já há um olhar mais atento ao futebol feminino, e entendemos que seu crescimento passa também pelo necessário apoio governamental e a médio prazo por uma adaptação das regras, tais como medidas do campo, das traves, peso da bola, etc., a exemplo do que o ocorre em outras modalidades esportivas.”

Professora de educação física e professora de futsal, Valquíria Menezes também acredita que a cobertura da grande mídia influenciou o olhar coletivo em direção à modalidade e que pode ser justamente esse um ponto importante para uma futura mudança de patamar: “Se não continuarmos fomentando na escola, no clube, elas não crescerão como podem. Acho que o empoderamento feminino pode mudar o cenário esportivo. As grandes empresas não vão perder essa chance.”

Projeto para transmissão 

Ao encontro da análise de Valquíria, há uma informação vinda da FGF: conforme Luciano Hocsman, há um projeto para uma transmissão, de uma grande empresa, da final do campeonato deste ano. Por ora, a competição pode ser assistida na plataforma de streaming mycujoo.tv.

Além de Grêmio e Inter, participam do Campeonato o Atlântico de Erechim, João Emílio de Candiota, Brasil de Farroupilha e Oriente, de Canoas. De acordo com a Federação, cada clube tem a prerrogativa de mandar os jogos para onde melhor avaliar.

Editado por: Marcelo Ferreira
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