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DEBATE

Chuva de fake news: a democracia do avesso

A difusão de notícias falsas foi debatida no painel “Fake News, Eleições e Democracia” na Unisinos, em São Leopoldo (RS)

23.out.2019 às 18h52
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h52
Porto Alegre (RS)
Neusa Ribeiro
Ao fim do evento, avaliou-se a necessidade de estabelecer propostas de avanço nas discussões sobre o tema

Ao fim do evento, avaliou-se a necessidade de estabelecer propostas de avanço nas discussões sobre o tema - Fotos: Marcus Perez

Se você normalmente se informa pela mídia tradicional – rádios, canais de televisão aberta, ou impressos (jornais, revistas e outros) – certamente já ouviu falar, nos tempos mais recentes, das chamadas fake news ou “notícias falsas”. E ao se falar do assunto, se começa a desconfiar: como assim “notícias falsas”?

Em princípio, ao se observar o que o Jornalismo representa para a sociedade, e as possíveis transformações que vem sofrendo com o uso das tecnologias dos mais diferentes alcances, não se imagina que uma notícia seja falsa, tendo em vista que “a notícia é um relato de um fato ocorrido”. Na essência do fazer jornalístico isto é elementar, mas há em si as diferentes interpretações.

Painel foi realizado nesta terça-feira, na Unisinos 

Pois bem, exatamente com o objetivo de ampliar o debate e abrir novas possibilidades de entendimento sobre as notícias falsas e seus usos, é que o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), com seu Comitê Gaúcho, juntamente com outras organizações sociais, como o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SINDJORS), o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (SINDSEPE), o Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito, a Associação dos Juristas pela Democracia (AJURD), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social, em parceria com a Unisinos e sua Faculdade de Direito, realizaram nesta segunda-feira, 21 de outubro, o Painel “Fake News, eleições e democracia”, no auditório Padre Bruno Hammes, em São Leopoldo.

Katia Marko representou o Comitê Gaúcho do FNDC 

Foram convidados para palestrar o consultor e analista de redes sociais Lucio Uberdan, a jornalista e professora Christa Berger, o jornalista e professor Juremir Machado da Silva, o professor Guilherme Azevedo, que foram precedidos pela jornalista Kátia Marko, editora do jornal Brasil de Fato no Rio Grande do Sul e diretora do Sindjors. Representando o Comitê Gaúcho do FNDC, a jornalista lembrou que as mídias alternativas têm sustentado as forças contra-hegemônicas ao que é divulgado pelos grandes veículos de comunicação, muitas vezes, observando as questões de melhor esclarecer à população sobre os diferentes registros feitos, principalmente sobre fatos políticos.

A jornalista e professora Christa Berger, que tem uma trajetória profissional de referência nos cursos de Jornalismo da UFRGS e da Unisinos, considera importante a problematização das notícias falsas, “no sentido que, se são falsas só aparecem para desmerecer o fato e o ato do registro jornalístico, e, portanto, são externas aos processos instituídos para a formulação adequada da informação”.

Christa Berger recordou notícias falsas que que levaram ao impeachment de Dilma 

Para a professora, todo o movimento que se criou durante o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, com notícias falsas sobre ela e sua vida pessoal, por exemplo, construíram imaginários de intensidade negativa que levaram ao impeachment. “E o discurso formulado durante as eleições de 2018 dizia que o ‘novo’ estaria chegando para mudar a realidade dos brasileiros, o que, na verdade se mascarou com as velhas práticas políticas como tirar a vida da vereadora Marielle Franco, que sim, representava o novo, por ser vereadora, mulher negra, representante da periferia e lésbica”, afirmou a professora Christa.

Logicamente, a citação da expressão fake news, vinda do idioma inglês, está amplamente difundida nas redes sociais, via Internet, o que atinge cerca de 70% da população moradora das periferias das grandes cidades, cujo principal acesso à Internet é por aparelhos celulares. Os dados estão na própria rede mundial de computadores. “Este foi um dos elementos que contribuíram para a eleição do atual presidente da República brasileiro”, segundo o analista Lucio Uberdan.

Lucio Uberdan ressalta que a novidade nas notícias falsas é a estrutura tecnológica 

Para ele, “a enxurrada de fake news ocorrida no período eleitoral favoráveis à política do grupo de Jair Bolsonaro tinha um público certo: mulheres, donas de casa, mães, que frequentavam igrejas pentecostais ou neo-pentecostais, portadoras de celulares”. E prosseguiu: “a disseminação de notícias falsas não é novidade, se buscarmos os ‘velhos’ panfletos sem identificação da autoria, nas maiores disputas eleitorais que já tivemos no país, em anos passados. O que ocorre hoje é que temos estruturas tecnológicas que invadem as casas e os organismos institucionais, com a agilidade dos computadores e das redes telefônicas”.

Uberdan, que tem trabalhado com pesquisas de dados e checagem de informações falsas, considera para o futuro que a projeção global política será protagonista, assentada na economia manipuladora das elites capitalistas, associando-se ao domínio dos grupos de produção e geração de redes de comunicação. No entanto, reforça o estado de resistência vivido por parte da população brasileira, “na busca de mudanças, citando os diferentes grupos organizados para a educação digital, incluindo processos que envolvam as artes, os projetos de ensino-aprendizagem e a própria identidade dos brasileiros”.

Para o jornalista e professor Juremir Machado da Silva, “os atos e atitudes tomados pelos governantes, atualmente, mudam os posicionamentos da própria imprensa, que provocam alterações nos modos de entendimento da população. E isto predomina nas consequências ideológicas”, afirmou. Para ele, “as regras do jogo político não podem mudar de acordo com a Constituição, ou se muda para evoluir, como evolui a sociedade”.

Juremir Machado: "com atitudes como a do The Intercept o jornalismo se agiganta" 

Juremir comentou sobre o trabalho feito pelo grupo The Intercept Brasil, que tem tido a boa sorte de receber um volume grande de denúncias de manipulações dos juízes e procuradores da operação Lava Jato, contra a própria situação do ex-presidente Lula, que está preso. Para o professor, que está lançando seu mais recente livro “Ser feliz, é tudo o que se quer”, “as notícias falsas estão sendo produzidas por quem não é jornalista. E isso põe em xeque o jornalismo que se faz. Mas, também, os jornais antigos não ficavam fora desse esquema, e eram infames e mentirosos”, disse ele, complementando: “Nos anos de 1950, não acabava em processo, acabava em tiro. E nós não estamos fazendo o contraponto, em relação às notícias falsas, pois a relação está cada vez mais incestuosa entre os interesses jurídico e político. Por isso, com atitudes como a do The Intercept o jornalismo se agiganta”.

Já o professor de Direito Público, do curso da Unisinos, Guilherme Azevedo, afirmou que há perplexidades do Direito, que mudam completamente o conceito de notícias falsas em escala global. E explicou que “o Direito entra no assunto das notícias falsas para tentar regular, mas é necessário localizar a fonte de origem, quem distribui e a quem se responsabiliza por elas. Há, por isso, uma tamanha trama de informações que passa pelo teor jurídico quase impossível de se localizar o próprio papel das notícias falsas”.

Guilherme Azevedo avalia ser necessário mecanismos jurídicos para se controlar o que é divulgado

O professor comentou sobre o Direito de Resposta que já não é tão usado, pois as fontes podem ser as mais diversas como “a minha tia” ou um jornal, uma fala no rádio, uma entrevista na televisão, e as próprias manifestações nas redes sociais da Internet. Na sua opinião, há necessidade de se criar mecanismos jurídicos para se controlar o que é divulgado e o que se pode capturar de tudo o que é distribuído, inclusive com educação para a mídia, o que deverá resultar numa “auto regulação regulada”.

Como contribuição do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social – foi distribuída a Cartilha “Desinformação, ameaça ao direito à comunicação muito além dasfake news”. Um instrumento de comunicação esclarecedor sobre o significado e o sentido provocado pelas notícias falsas na sociedade.

No encerramento do evento “Fake News, eleições e democracia” foi observada por alguns presentes a necessidade de se estabelecer propostas de avanço nas discussões, nas observações feitas pelos palestrantes e que haja maior engajamento dos movimentos sociais para reforçar a resistência e a mobilização em torno do tema, pelos respectivos grupos ali representados.

Editado por: Marcelo Ferreira
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