O aumento dos preços da carne e da gasolina é mais uma demonstração do quanto a economia brasileira vai mal, com impacto especialmente para a população mais pobre.
Inicialmente, a ministra da agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a carne “ficou por três anos com um valor muito baixo”, prometeu estabilização nos próximos meses, mas, depois de grande reação, o governo justificou que a alta “é natural”.
O fato é: o natal será com menos carne para grande parte da população brasileira. Isso porque a prioridade do governo e do agronegócio é a exportação e não o mercado interno, acessível aos trabalhadores. Com a gasolina é a mesma história, o mesmo descontrole dos preços, que afeta a população.
O ano fecha com um crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB). E, para piorar, a desigualdade só aumenta: os pobres ficam mais pobres e os ricos, mais ricos. Com 50% da população vivendo com menos de R$ 413,00 por mês, o Brasil passa pelo maior período de alta na concentração de renda. Por mais que o governo tente maquiar as informações, dizendo que os índices estão melhorando, continuamos com aproximadamente 12 milhões de desempregados. E a informalidade só aumenta.
Para um novo ano com menos crise e desigualdade, é preciso mudar urgentemente a política econômica.