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Análise

Artigo | Reflexões sobre o golpe de Estado na Bolívia

Ao fazer grandes transformações no país, o governo entrou em conflito com interesses econômicos e geopolíticos

26.nov.2019 às 10h35
Natal (RN)
Daniel Araújo Valença
Manifestantes marcham na capital de Bolívia, La Paz, carregando bandeiras wiphala, símbolo dos povos originários

Manifestantes marcham na capital de Bolívia, La Paz, carregando bandeiras wiphala, símbolo dos povos originários - Jorge Bernal / AFP

Uma vez mais, em um intervalo de dez anos, o continente latino-americano passa por um golpe de Estado. Após Honduras, Paraguai e Brasil, agora é a Bolívia que tem sua ordem constitucional quebrada, e, assim como nas tenebrosas décadas de 1960 e 1970, com a participação das forças armadas.
No momento da escrita deste artigo, contudo, camponeses, mineiros, indígenas originários, ou seja, as diversas frações das classes populares que sustentavam o governo Evo, recuperavam o controle das ruas, bem como o MAS/IPSP (partido de Evo Morales) voltava a dirigir a Câmara e o Senado. Portanto, o êxito do golpe de Estado permanece indefinido. Porém, algumas considerações podem ser apontadas.
Durante o governo Evo, o país passou pela nacionalização do petróleo e gás, pela criação de empresas estatais em setores estratégicos (tal como telecomunicações, aviação civil, etc.), elevação do salário mínimo e políticas de transferência de renda. Quando a economia saiu do controle das multinacionais para estar mais de 40% sob controle do Estado, os aspectos socioeconômicos do país transformaram-se completamente. Em 14 anos, a pobreza caiu de 38 para 15%; a diferença entre mais ricos e mais pobres caiu de 130 para 45 vezes; o Estado se “indianizou” – mais de 50% da burocracia estatal passou a se identificar com povos e nações indígenas originários, além de parlamentares, juízes, etc. Formas de auto-governo, justiça indígena e idiomas, originários passaram a compor o repertório estatal.
Mas, ao fazê-lo, o governo entrou em conflito com os interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos, de grandes multinacionais e elites locais. Para estes, é fundamental que as classes trabalhadoras sejam superexploradas, que as riquezas produzidas pelo país irriguem multinacionais; que riquezas nacionais e direitos sejam convertidas em mercadorias e serviços.
Tais atores, ao lado de um setor médio que se ampliou justamente em decorrência das transformações que o país passou, protagonizaram o golpe de Estado. Ante a tal processo, é preciso reafirmar que não bastam avanços jurídicos, econômicos e sociais, situados no campo da distribuição. É fundamental que o cerne do sistema capitalista seja atacado, que se fortaleçam experiências de fábricas ocupadas, de trabalho associado; que se desenvolva a organização política dos trabalhadores, que se supere o predomínio do valor de troca nas relações sociais nas cidades, a partir de iniciativas que centralizem o valor de uso – na cultura, na arte, nos espaços públicos, na mobilidade, etc. Ou seja, não há um caminho para a transformação de nossos países que não uma transformação radical, socialista da sociedade.
*Daniel Araújo Valença, professor do curso de Direito da UFERSA e coordenador do Grupo de Estudos em Direito Crítico, Marxismo e América Latina – Gedic.
 

Editado por: Isadora Morena
Tags: bdf rnbolíviabrasil de fato rngolpeopiniãopovos originários
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