Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Racismo

Mulher negra trabalha quase o dobro do tempo para obter salário de homem branco

Análise do Dieese mostra que população negra trabalha mais e ganha menos e que as mulheres são as mais afetadas

22.nov.2019 às 09h00
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h53
São Paulo (SP)
Emilly Dulce
Para economista do Dieese, reforma trabalhista e políticas de Bolsonaro agravam a situação da população negra no mercado de trabalho

Para economista do Dieese, reforma trabalhista e políticas de Bolsonaro agravam a situação da população negra no mercado de trabalho - Foto: Edson Lopes Jr./Fotos Públicas

A população negra no Brasil ainda sofre com condições desiguais no mercado de trabalho. Além do nível de desocupação maior, aqueles que conseguem uma vaga de emprego trabalham mais e recebem menos. A distância entre brancos e negros passa também pela escolaridade e por postos de trabalho ocupados — que influenciam, por exemplo, a mobilidade para cargos de chefia, liderança ou comando. 

A análise foi sistematizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (19). 

Divididos por gênero, raça-etnia e região do país, os dados do segundo trimestre deste ano são traçados em um ponto a ponto em torno do racismo e machismo no Brasil. Uma mulher negra, por exemplo, precisa trabalhar 55 minutos a mais para recolher o mesmo que um homem branco ganha em uma hora. Já para os homens negros, o número é de 45 minutos a mais de trabalho.

“Os dados comprovam um sentimento que está posto na sociedade de que existe uma desigualdade enorme no mercado de trabalho quando nós olhamos entre negros e não negros. Com o recorte também de gênero essa desigualdade se aprofunda ainda mais”, argumenta a economista Patrícia Pelatieri, coordenadora de pesquisas do Dieese. 

O rendimento médio por hora trabalhada também apresenta desigualdades de gênero e raça-etnia. Enquanto a média entre os negros é de R$ 11 para homens e R$ 10 para mulheres. Para pessoas brancas é de R$ 19 para homens e R$ 17 para mulheres. 

"Em todos os estados do Brasil, os negros recebem menos do que os não negros. Em alguns lugares mais, em outros menos. Mas, a média é de 30% menos em comparação com os não negros", comenta Pelatieri. 

"Olhando a evolução do rendimento, nós temos, entre 2014 e 2019, uma pequena melhoria para os negros na população ocupada total. Mas, na população ocupada com ensino superior há uma queda de 13% no rendimento, o que é bastante significativo. Ou seja, os postos de trabalho estão exigindo mais e pagando menos", completa a economista do Dieese. 

O levantamento "Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil", divulgado pelo IBGE no último dia 13, também mostrou que, pela primeira vez, a população autodeclarada preta ou parda passou a representar mais da metade (50,3%) dos estudantes de ensino superior da rede pública. Os dados se referem ao ano de 2018. 

Apesar desse avanço, no mercado de trabalho a situação é precária. No item “com ensino superior em função que exige a formação”, por exemplo, a população negra conta com rendimento médio por hora de R$ 34 para homens e R$ 24 para mulheres. O valor para homens brancos é de R$ 47 e de R$ 35 para mulheres não negras. 

A taxa de desocupação de mulheres negras é de 16,7% enquanto a de homens brancos, por exemplo, fica em 8,2%. Com referência à população total do país, os negros empregados com ensino superior estão na margem de 35,3% ao passo de 64,7% para os brancos. 

No Brasil, apesar de a população negra ser maioria (56,1%), a desigualdade de oportunidades se repete nas cinco regiões e em todos os estados. Em São Paulo, por exemplo, enquanto uma mulher negra ganha R$ 10,82 como rendimento médio por hora, um homem branco angaria R$ 21,84.

Reforma trabalhista 

Pelatieri argumenta que as desigualdades, presentes em todos os estados brasileiros, vinham reduzindo, mas voltaram a subir a partir de 2014-2015, com o aprofundamento da crise econômica. Para ela, o cenário do mercado de trabalho não é otimista para nenhum segmento, tendo em vista as últimas políticas implementadas, como a reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017.

"Nós vemos um novo ataque do governo [de Jair] Bolsonaro [PSL] e do ministro [da Economia Paulo] Guedes para flexibilizar e retirar ainda mais direitos. Neste caso, você prejudica ainda mais quem está em situação vulnerável, que é o caso dos negros e negras. Então, as perspectivas não são nada animadoras", conclui.

Editado por: Julia Chequer
Tags: bolsonarodesempregodieeseempregoibgepnadradioagência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

RITO PROCESSUAL

Bolsonaro será preso? Jurista ajuda a entender os próximos passos da ação penal do golpe no STF

Articulação

Em Caracas, Partidos Comunista da China e Socialista da Venezuela reforçam compromisso com integração

Segurança Pública

Tarifa na segurança pública do Paraná é privatização de direitos fundamentais

DIÁLOGO

Lula visita Mariana (MG) para celebrar avanços da repactuação do Rio Doce, nesta quinta (12) 

DESMONTE

Com defasagem salarial em 85%, servidores do meio ambiente de MG ameaçam entrar em greve

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.