Em cerimônia nessa quinta-feira (10), o governador do Rio de Janeiro Claudio Castro (PL) anunciou a retomada das obras do metrô da Gávea, localizada ao lado da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), que está parada há quase 10 anos. Após cinco adiamentos, a expectativa agora é que a estação seja concluída, e finalmente inaugurada, em março de 2028.
Com a viagem mais cara do país, o governador adiou a decisão sobre a tarifa e manteve o novo aumento do metrô a partir deste sábado (12), de R$ 7,50 para R$ 7,90. Desde fevereiro, o governo promete criar um projeto chamado Tarifa RJ para subsidiar parte da passagem do metrô.
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Castro, no entanto, afirmou na cerimônia que reduzir a tarifa do MetrôRio agora seria um “ato eleitoreiro”. A proposta do Tarifa RJ seria institui uma tarifa única nos transportes da região metropolitana.
Em entrevista recente ao Brasil de Fato, o urbanista Filipe Ungaro explicou que um dos motivos para o MetrôRio cobrar a tarifa mais cara do país é justamente a falta de aporte do governo na operação.
“Como o sistema metroviário do Rio é um dos únicos do país que é custeado integralmente pelo passageiro, então você tem uma tarifa mais alta que a média”, disse.
Mesmo com o reajuste, a tarifa social no metrô foi renovada e continua R$ 5. O benefício é válido para usuários do cartão Riocard Mais habilitado no Bilhete Único Intermunicipal (BUI) com renda até R$ 3.205,20. Quem trabalha sem carteira assinada ou não possui renda também tem direito ao desconto no metrô e trens da SuperVia.
Estação Gávea
O acordo para finalizar as obras da estação da Gávea prevê um investimento de R$ 600 milhões do MetrôRio para escavação dos túneis e instalação elevadores até a plataforma. Em contrapartida, a concessão do serviço é renovada até 2048. Já o governo do Rio vai repassar R$ 97 milhões.
Uma das saídas do metrô, instalada ao lado da entrada principal da PUC-Rio, deve se chamar Estação Gávea/ PUC. Também foram anunciadas compras de novas composições para os trens e metrô.
Castro afirmou que está “destravando a questão dos transportes” e citou a gestão das barcas e dos trens da SuperVia. “Agora a gente vai poder discutir tarifa, expansão, dar um transporte digno, de qualidade e com preço acessível. Estamos dando início a um novo tempo na questão do metrô”, disse.
