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São Paulo

Comissão identifica dois desaparecidos sepultados na vala de Perus

Ambos estavam entre os desaparecidos políticos sepultados por agentes da ditadura militar

16.abr.2025 às 08h40
Atualizado em 18.abr.2025 às 11h41
Elaine Bezerra
|Agência Brasil
‘As famílias têm direito à verdade’: Macaé Evaristo pede desculpas por crimes da ditadura em nome do Estado

- Familiares de desaparecidos, cujos corpos foram encontrados na Vala Clandestina de Perus, ao lado de um painel de homenagem às vítimas, em março de 2025 - Carolina Bataier/Brasil de Fato

A Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificaram os restos mortais de Denis Casemiro e Grenaldo de Jesus Silva. Ambos estavam entre os desaparecidos políticos sepultados por agentes da ditadura militar na vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, em Perus, na capital paulista. 

“Ambos lutaram pela democracia e pela liberdade e foram presos pelo Exército, torturados, assassinados e tiveram seus corpos desaparecidos. Identificá-los é um passo fundamental na reparação histórica e no direito à memória e à verdade”, disseram em nota divulgada nesta terça-feira (15).

Grenaldo era militar da Marinha brasileira, nascido em São Luís (MA). Foi preso em 1964 e expulso da instituição enquanto reivindicava melhores condições de trabalho. Chegou a fugir da prisão e viver na clandestinidade, mas foi morto em 30 de maio de 1972 ao tentar capturar uma aeronave no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).

Documentos do IML registraram que Grenaldo teria sido sepultado em 1º de junho de 1972 no Cemitério Dom Bosco como indigente, e constava como desaparecido, até ter seus remanescentes ósseos identificados pela equipe do Projeto Perus.

Já Denis Casemiro nasceu em Votuporanga (SP), foi pedreiro, trabalhador rural e atuou politicamente na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Foi preso em abril de 1971, torturado e executado pela equipe do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), coordenada pelo delegado Sérgio Fleury. Na época da morte dele, foram forjadas versões de tentativas de fuga que “resultaram em sua morte”.

Em 2018, os trabalhos já haviam identificado os remanescentes do irmão dele, Dimas Antônio Casemiro.

Identificação

Denis Casemiro já havia sido identificado em 1991. Mas, segundo a Unifesp, aquela havia sido uma identificação incorreta. Agora, os trabalhos conseguiram a confirmação por meio de uma etapa de compatibilidade genética.

O reconhecimento dos dois desaparecidos foi possível por meio do Projeto Perus, que busca identificar as ossadas encontradas na vala de Perus. O projeto é resultado de uma parceria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, da prefeitura de São Paulo, da comissão e da Unifesp, por meio do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense.

Grenaldo e Denis foram identificados poucos dias depois do governo federal ter realizado um pedido de desculpas público quanto à negligência na guarda e identificação dos remanescentes ósseos da vala clandestina de Perus. Na ocasião, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, pediu desculpas aos familiares das vítimas.

“O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em nome do Estado Brasileiro, pede desculpas aos familiares dos desaparecidos políticos durante a ditadura militar brasileira, iniciada em 1964, e à sociedade brasileira pela negligência, entre 1990 e 2014, na condução dos trabalhos de identificação das ossadas, encontradas na vala clandestina de Perus, localizada no Cemitério Dom Bosco em São Paulo”, disse a ministra, na ocasião.

Um ato será realizado amanhã (16), na capital paulista, a partir das 11h, para anunciar os trabalhos de identificação. A cerimônia poderá ser acompanhada pelo YouTube.

Vala clandestina

A vala foi descoberta pelo jornalista Caco Barcellos, em 1990, quando ele investigava homicídios praticados por policiais militares. Analisando laudos periciais em uma sala do Instituto Médico Legal (IML), em particular nos processos de 1971 a 1973, referentes a encaminhamentos de mortos feitos pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), o jornalista notou que havia a letra “T” escrita com lápis vermelho em alguns documentos. Ele então perguntou aos funcionários do IML o significado da marcação e descobriu que a letra T se referia a “terrorista”.

Barcellos comunicou a gestão da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, sobre a existência dessa vala, que determinou o início das escavações. No local, foram encontradas 1.049 ossadas sem identificação de vítimas de esquadrões da morte, indigentes e presos políticos.

Assim que a vala foi descoberta, a prefeitura assinou um convênio com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para a identificação das ossadas. Também houve encaminhamento para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O trabalho foi interrompido pouco tempo depois e, em 2002, as ossadas foram levadas para o Cemitério do Araçá, na capital paulista, sob responsabilidade da Universidade de São Paulo (USP). Mas a demora para conclusão do trabalho de identificação foi questionada em uma ação civil pública de 2009, do Ministério Público Federal.

Em 2014, uma parceria da Secretaria Especial de Direitos Humanos (hoje Ministério dos Direitos Humanos), da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) permitiu a retomada do trabalho de identificação dos restos mortais resgatados da vala clandestina do Cemitério de Perus. Mas poucas ossadas foram identificadas até hoje.

Os restos mortais de apenas cinco pessoas, das 42  provavelmente assassinadas durante a ditadura militar e sepultadas na vala de Perus, haviam sido identificadas: Denis Casemiro, identificado em 1991; Frederico Eduardo Mayr (1992); Flávio Carvalho Molina (2005); Dimas Antônio Casemiro (2018) e Aluísio Palhano Pedreira Ferreira (2018).

Editado por: Agência Brasil
Conteúdo originalmente publicado em Agência Brasil
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