Os servidores públicos, em especial da educação, estão no centro da 2ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais. “Estamos nos organizando contra a reforma administrativa e para nos contrapormos aos governos estaduais e municipais, que colocam o servidores públicos como os grandes vilões do Brasil”, afirmou Douglas Izzo, da Secretaria de Administração e Finanças da CUT, em entrevista ao programa Conexão BdF, do Brasil de Fato.
“Até bem pouco tempo atrás, nós tivemos a pandemia, e o discurso era exatamente outro. Havia o reconhecimento da sociedade sobre a importância do servidor público, do trabalho do servidor público para cuidar da população brasileira”, relembrou o secretário. “Infelizmente há hoje um ataque profundo aos servidores”, destacou.
A Marcha da Classe Trabalhadora, marcada para esta terça-feira (29) em Brasília, busca reforçar essas e outras pautas. A concentração terá início às 8h, em frente ao Teatro Nacional/Praça da Cidadania. No ato, presidentes das centrais sindicais entregarão a pauta trabalhista ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao Congresso Nacional.
Em São Paulo, atos e assembleias de professores municipais e estaduais também estão programados, em um momento de forte mobilização da categoria por reajustes salariais e valorização profissional. “Isso demonstra, de um lado, a capacidade de organização desse segmento, e, do outro, o completo desprezo das administrações em contemplar as faltas da educação”, avaliou Izzo.
Entre as demandas gerais das centrais, além da defesa dos serviços públicos, estão o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário, a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, o fim da tributação sobre a participação nos lucros, além da luta contra as privatizações e as políticas neoliberais. Essas reivindicações antecedem o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
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