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Venezuela e Rússia assinam acordos, ampliam relações e Putin reforça apoio à entrada dos venezuelanos no Brics

Presidente russo disse que entrada da Venezuela no Brics seria 'positiva'

07.maio.2025 às 18h32
Updated On 08.maio.2025 às 11h21
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago
Russia reaffirms its support for Venezuela’s entry into Brics

Vladimir Putin defende entrada da Venezuela no bloco dos Brics - Photo by Alexander Zemlianichenko/POOL/AFP

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Rússia, Vladimir Putin, assinaram nesta quarta-feira (7) uma série de acordos para desenvolver uma “aliança estratégica” e projetos conjuntos nas áreas militar, econômica, energética, tecnológica e política. O documento também expressa o apoio formal à entrada dos venezuelanos no Brics. 

O encontro foi realizado no Kremlin, em Moscou, dois dias antes da celebração dos 80 anos do Dia da Vitória da União Soviética contra a Alemanha Nazista, na Segunda Guerra Mundial. 

No texto assinado pelos presidentes, Putin afirma “valorizar” a entrada dos venezuelanos no bloco que tem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como fundadores. “A Rússia aprecia positivamente a intenção da República Bolivariana da Venezuela de ingressar como membro pleno e cooperar estreitamente no grupo Brics”, afirma o texto publicado pelo Kremlin.

A entrada da Venezuela no Brics foi pivô de uma tensão que envolveu o governo brasileiro no ano passado. Maduro formalizou o pedido de entrada no Brics em maio de 2024. Na cúpula do bloco realizada em Kazan em novembro, os russos aceitaram a entrada da Venezuela como membro pleno, mas o Brasil vetou, revoltando o governo venezuelano e tensionando a relação entre Brasília e Caracas.

A situação só foi aliviada depois que o presidente Lula afirmou que não podia se meter nos resultados da eleição venezuelana, já que a Justiça do país havia dado um parecer sobre o pleito. A presidência do bloco é do Brasil em 2025, a cúpula deste ano será realizada no Rio de Janeiro em julho e a expectativa de Caracas é que haja um convite para que a Venezuela participe do evento. 

O documento assinado entre Putin e Maduro também contempla o desenvolvimento dos laços entre a Venezuela e a União Econômica Eurasiática (UEE) para fortalecer a integração do país caribenho em outros mecanismos multilaterais.

Acordos e ampliação das relações

Um dos principais pontos do acordo é a ampliação dos laços entre russos e venezuelanos para o nível mais alto das relações diplomáticas. Com isso, a Venezuela é o primeiro país do continente a estabelecer esse nível de relações com os russos. Os dois países também celebraram neste ano o aniversário de 80 anos de relações.

O tratado assinado entre os países tem como foco desenvolver uma infraestrutura financeira independente que permita o comércio e o investimento sem “intermediação ocidental”. De acordo com Maduro, isso vai abrir a possibilidade de dar “um salto em direção a uma relação abrangente”. O governo venezuelano destaca que o comércio entre os dois países cresceu 64% em 2024 em relação a 2023, chegando a US$ 200 milhões (R$ 1,2 bilhão). Para Putin, o valor ainda é “insuficiente, mas promissor”.

O chanceler venezuelano, Yván Gil, destacou que o acordo também tem um capítulo para tratar de uma nova arquitetura financeira e monetária para evitar o uso do dólar nas transações. O ministro destaca que o sistema de pagamentos russo MIR será ampliado na Venezuela para operações em crédito e débito, o que já tem “favorecido o turismo entre os dois países”.

Gil também destacou que, para criar alternativas ao dólar, os Bancos Centrais dos dois países têm estabelecido uma comunicação constante.

“Essa é uma questão que está na mesa de negociação de todos os países alternativos. O Brics trabalha nessa proposta e a Venezuela, na órbita do Brics, se alinha na criação de um sistema que não use o dólar como moeda de negociação. Isso em resposta ao abuso dos EUA de sua posição dominante no comércio global com o dólar, para a aplicação de sanções. Venezuela e Rússia que são alvos de sanções e sabemos que uma vacina contra as sanções é justamente um sistema alternativo”, disse o chanceler Yván Gil.

O texto destaca também um investimento maior em petróleo, gás e mineração, além de abrir mais rotas aéreas entre os dois países. Neste sentido, os dois governos destacaram que a tecnologia desenvolvida pelos russos pode ser usada na extração de petróleo venezuelano. Essa possibilidade é levantada em um momento em que o governo dos Estados Unidos retirou a petroleira estadunidense Chevron do país. A companhia estava havia 100 anos na Venezuela e era responsável por exportar 20% do petróleo venezuelano.

O acordo também trata de um fortalecimento da coordenação venezuelana na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) e do Fórum de Países Exportadores de Gás.

Dentro do aspecto tecnológico, a Venezuela terá uma estação para o sistema russo de navegação por satélite Glonass. Além disso, os dois se comprometeram a fortalecer parcerias de pesquisa científica e inovação tecnológica.

Russos e venezuelanos também firmaram uma cooperação militar para desenvolver estratégias de combate ao terrorismo e o fascismo, e na área da saúde para desenvolver um treinamento médico e na produção de vacinass. 

O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, ressaltou que esses foram acordos “poderosos, significativos e importantes”. Em declaração após o encontro, ele disse que foi discutida também a atuação de empresas russas no mercado venezuelano para aumentar os investimentos.

“As negociações foram muito completas, tanto no formato restrito quanto no formato expandido. Eles [os líderes] revisaram toda a pauta. A Venezuela é nossa parceira, e é por isso que existe cooperação em diversas áreas. Também foi discutida a atuação de empresas russas no mercado venezuelano, com o interesse de empresas russas em investimentos na Venezuela”, disse.

Relação histórica

Venezuela e União Soviética estabeleceram relações diplomáticas 1945, durante o governo de Isaías Medina Angarita (1941-1945). Durante a Guerra Fria, no entanto, a Venezuela adotou uma proximidade maior com os Estados Unidos, especialmente no governo de Rómulo Betancourt (1959-1964).

Os países voltaram a se aproximar depois da queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética. Durante os anos 1990, a Rússia se aproximou da Venezuela com acordos comerciais, especialmente para a exportação de petróleo por parte dos venezuelanos.

Com a eleição de Hugo Chávez em 1998, russos e venezuelanos passaram a ter uma relação muito próxima que se pautava, principalmente, em uma postura anti-imperialista e pró-integração latino-americana. A Venezuela passou a ser um dos maiores compradores de equipamentos militares russos, principalmente dos caças Sukhoi, helicópteros e sistemas de defesa aérea.

Na área energética, as empresas Gazprom e Rosneft passaram a ter participação no mercado petroleiro venezuelano e investiram na extração de petróleo e gás no país. A Rússia também passou a apoiar Chávez em organismos multilaterais e se colocou contra a pressão externa e o bloqueio dos EUA e da União Europeia desde o início dos anos 2000.

No governo de Nicolás Maduro essa aproximação se intensificou ainda mais. Em novembro de 2024, os dois países assinaram 8 acordos que davam continuidade a um processo de desenvolvimento econômico e social de “áreas estratégicas” para russos e venezuelanos. Os governos acordaram também uma parceria entre universidades para pesquisa e uma cooperação científica e tecnológica.

Nesse bloco de acordos, também foi definido que haverá uma troca de informações e ajuda mútua para as trocas comerciais e as tarifas cobradas para produtos comprados na Rússia e Venezuela. Também foi acordado um estudo geológico conjunto para o uso do subsolo por russos e venezuelanos.

A estatal petroleira venezuelana PDVSA também está envolvida em dois projetos. Um para a capacitação e formação petroquímica de estudantes da Universidade de Kazan e outro para o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos para melhorar a segurança da indústria petroleira. O último acordo trata sobre a definição de um plano de ação para definir protocolos de segurança e normas trabalhistas.

Ao todo, os dois países têm mais de 350 acordos bilaterais assinados.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
Tags: venezuela
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