O Memorial de Curitiba será palco, nos dias 10 e 11 de maio, do 1º Afropop Fest, festival que promove manifestações afro-brasileiras por meio da música, da dança e da percussão. A programação é gratuita e inclui shows, oficinas e feira de artesanato de matriz africana.
Idealizado pelo artista e produtor cultural Adilto Black, o evento tem como objetivo reafirmar a cultura afro-brasileira por meio da corporalidade, da musicalidade e do conhecimento histórico. “A cultura afro contribui em seu manifesto de cultura e resistência. Mestres e líderes como Mestre Bimba, Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Nelson Mandela e Abdias do Nascimento nos mostram sua força e mensagem”, afirma Adilto. “Mirando essa ancestralidade, queremos promover um festival vibrante, festivo e pedagógico.”
A programação musical ocorre no palco da Praça de Eventos Iguaçu, dentro do Memorial. Um dos destaques é o Bloco Princesas do Ritmo, banda percussiva formada apenas por mulheres afrodescendentes. O grupo leva ao público uma performance baseada na força dos tambores como expressão de identidade e resistência.
Outro nome aguardado é o músico baiano Mestre Jackson, precursor do samba-reggae ao lado de Neguinho do Samba, no grupo Olodum. Jackson apresenta o espetáculo Rufar dos Tambores – Do Chão aos Palcos, que resgata elementos do Axé Music e da batida Merengue, associada a clássicos do grupo baiano.
O Pagodão Baiano, com Adailton Swing, também faz parte da agenda. O gênero, surgido em Salvador a partir de influências do samba, do reggae e do pagode, é associado a manifestações culturais populares nos terreiros de candomblé. Já o show Afropop com Adilto Black traz uma fusão de afro pop, afro reggae e pagodão.
Também se apresentam Emerson Groove, Everton Chemin, o Funti, os dançarinos e percussionistas da cultura Mandengue, o passista Felipe Barão Jr e a b-girl Sil Duarte, com a performance Resistindo Apesar da Resistência. A programação inclui ainda o dançarino e coreógrafo guineense Djanko Camara, do Ballet Bangoura e do Ballet Nacional Djoliba, e a mestra de samba de roda Fernanda, com o espetáculo Despertar Ancestral.
As discotecagens ficam por conta de Mitay, artista da cena hip hop curitibana, e do DJ e b-boy C-Rock, integrante da crew Gana Gang.
Oficinas abertas e feira afro
Além dos shows, o Afropop Fest oferece oficinas de danças e ritmos de matriz africana. As atividades ocorrem na Sala Londrina e em outros espaços do Memorial. Cada oficina tem duração de uma hora e meia, e os participantes podem se inscrever em mais de uma, desde que os horários não coincidam.
Entre as opções estão: “Tambores de Rua”, com Mestre Jackson; “Afropop”, com Adilto Black; “Pagodão Baiano”, com Adailton Swing; “Ritmos Afro-Baianos”, com Funti; “Despertar Ancestral”, com Mestra Fernanda; “Terapia Malinkê”, com Djanko Camara; “Samba Passos de Discotecas”, com Felipe Barão; e “Resistindo Apesar da Resistência”, com Sil Duarte.
As inscrições podem ser feitas pela plataforma Sympla. As vagas são limitadas. Todos os inscritos recebem uma dashiki, bata africana tradicional — uma por pessoa, mesmo que participem de várias oficinas.
O evento também conta com uma feira de artesanato afro-brasileiro, com roupas, acessórios, quadros e brinquedos feitos por artesãos negros.
Serviço
1º Afropop Fest Curitiba
Quando: 10 e 11 de maio
Onde: Memorial de Curitiba – R. Dr. Claudino dos Santos, 79 – São Francisco
Evento gratuito