O clima na Copel, vendida pelo governador Ratinho Junior, é tenso. Nesta semana, o presidente Daniel Pimentel, indicado pelo governador e mantido o cargo após a privatização, mandou até 50 profissionais embora. As demissões aconteceram fora do Programa de Demissão Voluntária (PDV), que já havia sido aderido por mais de 1,4 mil copelianos. Com isso, os novos demitidos perdem todos os benefícios do programa.
Outro detalhe, dos demitidos, boa parte teria aderido ao programa anteriormente, mas não foram aceitos.
Bastidores da Copel informam que as demissões acontecem sem justa causa. Por outro lado, se apurou que muitos dos “escolhidos” moviam processo contra a empresa, que agora é “corporação”.
Teve gente que foi mandada embora após voltar de férias.
Além de tudo isso, horas extras podem não ser pagas mensalmente, segundo fontes.
Na Copel, se comenta, o que interessa é o lucro a qualquer custo e aliado a distribuição de dividendos.
“Já pagamos R$ 1 bilhão e estamos propondo aos nossos acionistas mais R$ 1,3 bilhão de dividendos adicionais, totalizando R$ 2,3 bilhões. Isso significa um payout de 86%”, comemorou Daniel Pimentel, indicado e mantido no cargo por Ratinho Junior, durante a ‘call’ de resultados com o mercado no quarto trimestre do ano passado.