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futuro possível

Feira da Reforma Agrária: o socialismo que dá certo

Trata-se de uma economia pulsante e sofisticada que envolve 180 cooperativas, 120 agroindústrias, 1,9 mil associações

09.maio.2025 às 17h45
São Paulo (SP)
Rodrigo Chagas
feira da reforma agrária

Assentados de Alagoas exibem a riqueza de sua produção durante a 5ª Feira da Reforma Agrária, no Parque da Água Branca, em SP - Mykesio Max / @mykesioofc

A Feira da Reforma Agrária está comemorando 10 anos desde a sua primeira edição. O Parque da Água Branca, em São Paulo (SP), recebe camponeses e camponesas de todo o Brasil, e de alguns cantos do mundo, de ontem (8) até domingo (11). É a quinta vez que o maior movimento de camponeses do mundo vem à cidade mostrar o que é possível produzir ao ter terra.

A feira tem cheiro de terra, de frutas, de hortaliças orgânicas, de comida temperada. Tem cara de gente brasileira, que canta samba, forró e ritmos latinos, faz teatro, dança. Gente que cultiva o chão. E faz cultura.

A feira tem famílias que lutam pela reforma agrária, por uma sociedade justa pautada pela cooperação em vez da competição, pela solidariedade no lugar do lucro. É o socialismo que dá certo: mais de 500 toneladas de alimentos vindas de 23 estados, tudo comercializado por um preço justo.

Estamos falando de uma economia pulsante e sofisticada que envolve 180 cooperativas, 120 agroindústrias, 1,9 mil associações. São 400 mil famílias assentadas representadas na feira.

E para que essa economia se consolide como alternativa real ao capitalismo, ela precisa crescer. Ou seja, precisa de linhas de crédito, feiras e centros de abastecimento estruturados, e políticas públicas que permitam a transição agroecológica. Precisa de mais escolas e cursos superiores. Precisa de tecnologia e parcerias para otimizar o trabalho, como o exemplo das máquinas chinesas para a agricultura familiar — tema de documentário do Brasil de Fato que estreia amanhã!

Mas, mais do que tudo, precisa de terra. Para superar uma ordem que não supre as necessidades básicas das pessoas é preciso enfrentá-la. O MST faz isso ocupando terras.

A verdade é que a reforma agrária empacou no Lula 3, apesar de o próprio presidente, a ministra Gleisi Hoffmann e outros membros do governo reconhecerem sua importância para o desenvolvimento do país.

Em quase dois anos e meio, o governo federal incorporou 385 mil hectares à reforma agrária. Entre 2003 e 2010, Lula destinou cerca de 47 milhões de hectares à criação de assentamentos. As promessas deste mandato dão conta de apenas 10% das famílias acampadas no país.

Diante de um governo encalacrado entre o centrão, a extrema direita e o agro, o MST dobrou aposta com uma jornada de lutas que realizou 28 ocupações de terra e formou dois novos acampamentos. “Acabamos uma jornada no mês de abril e entendemos que ela tem uma relação direta com a nossa feira”, disse Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.

“Os mesmos sem-terra que fazem ocupação neste país, para que a reforma agrária aconteça, estão trazendo alimento saudável para a cidade de São Paulo”, ressaltou a militante.

A reforma agrária popular, quando acessa a terra, refloresta, recupera nascentes, educa e produz comida saudável. Muita comida. O suficiente para gerar renda às famílias camponesas, e ainda para doar. Na feira da reforma agrária, 25 toneladas de alimentos foram doadas para 50 comunidades da Grande SP.

Em 2023, o MST recebeu um prêmio da ONU pela doação de mais de 1,6 milhão de marmitas durante a pandemia. Nos anos em que o mundo lutou contra a covid, 7 mil toneladas de alimentos foram doadas pelo movimento. A solidariedade e a luta não se separam.

O já tradicional mosaico montado com parte dos alimentos doados durante a Feira (Foto: Marcelo Ferreira Victorio)

A feira mostra para sociedade paulistana e brasileira uma alternativa viável, mas que enfrenta a resistência de inimigos poderosos: o agronegócio e seus representantes na política. Não é exagero dizer que todos os produtos comercializados no parque da Água Branca foram produzidas em territórios em conflito.

Fazendeiros, jagunços armados, milícias rurais e chuva de veneno são coisas que fazem parte da vida desses camponeses. A violência no campo bateu recorde na última década e, é claro, as áreas de avanço do agronegócio concentram casos de assassinatos.

Há respostas para os nossos dilemas, mas há uma batalha violenta em curso. É preciso mais corações e mentes engajadas nessa luta. Onde houver projeto popular e alternativa ao capitalismo, nós do Brasil de Fato estaremos por perto, para que essas histórias de luta sejam vistas. E para que se multipliquem. E você pode vir conosco nesta luta, apoiando nosso trabalho com apenas R$ 1 por dia.

É o nosso compromisso.

Vida longa à Feira da Reforma Agrária!

Editado por: Rafaella Coury
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