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Cultura é política

‘Terra, arte e pão’: FBC, Marina Lima, Arnaldo Antunes e Paulinho Moska fecham Feira do MST

Artistas destacaram importância da reforma agrária e do MST no combate às desigualdades

11.maio.2025 às 21h09
São Paulo (SP)
Lucas Salum
‘Terra, arte e pão’: FBC, Marina Lima, Arnaldo Antunes e Paulinho Moska fecham Feira do MST

Público lotou o Parque da Água Branca para os shows de encerramento da Feira da Reforma Agrária - (Foto: Junior Lima /@xuniorl)

A 5ª Feira da Reforma Agrária chegou ao fim na noite deste domingo (11) após quatro dias de atividades no parque da Água Branca, em São Paulo (SP), por onde circularam 300 mil pessoas.

Para marcar o encerramento da Feira, o festival Terra, Arte e Pão reuniu artistas renomados do cenário nacional em uma apresentação dinâmica, cheia de colaborações, que arrastou uma multidão ao parque numa noite fria e chuvosa. Passaram pelo palco: Arnaldo Antunes, Fat Family, FBC, Catto, Marina Lima e Paulinho Moska.

Desde a abertura da Feira Nacional da Reforma Agrária, na última quinta-feira (8), uma série de apresentações musicais tem marcado as noites no palco principal, em São Paulo.

No primeiro dia, o palco recebeu os violeiros Xangai e Almir Sater, que exaltaram a força do povo do campo. Na sexta (9), foi a vez da sambista Teresa Cristina, que subiu ao palco acompanhada por uma banda formada exclusivamente por mulheres negras.

A programação do sábado (10) foi dedicada à música nordestina, com shows de Maciel Melo e Santanna O Cantador, que embalaram o público ao som de forró, poesia e canções de Luiz Gonzaga.

No total, 357 artistas de diferentes linguagens se apresentaram na feira.

Marina Lima defende reforma agrária e celebra encontro com novas gerações da música

Última a se apresentar no festival, a cantora Marina Lima destacou a importância do evento organizado pelo MST. “Eu estou muito feliz de estar aqui hoje”, disse ao Brasil de Fato, ao comentar sua presença no festival. Para ela, ações como essa ajudam a tornar visíveis as pautas que o Brasil precisa enfrentar com urgência.

Marina foi enfática ao apontar a desigualdade como o principal entrave ao desenvolvimento do país. “As pessoas todas deveriam ter casa, comida, educação, saúde. É o que falta há anos, desde que eu me entendo que falta. E cada vez piora, cada vez tem mais gente”, afirmou. A cantora defende que a luta por justiça social deve estar no centro do debate público.

Ao comentar a importância da reforma agrária, Marina destacou a má distribuição de terras no Brasil. “Tem um monte de terra que ninguém usa. Terra é o que não falta. Então vamos procurar justiça nesse país. Para o povo. Eu sou brasileira, eu quero o meu povo feliz”, declarou.

A artista também celebrou o reconhecimento que vem recebendo de novas gerações da música brasileira. Citando nomes como Catto, Pabllo Vittar e Ana Frango Elétrico, ela se disse emocionada ao ver que sua trajetória inspira artistas com diferentes vivências e identidades. “Eu vejo que eu não estava errada. Que eu apostei numa coisa que cobre a questão humana”, afirmou.

“A arte tem que estar junto com as lutas sociais”, defende Arnaldo Antunes na Feira do MST

Antes da apresentação na Feira Nacional da Reforma Agrária, o cantor e compositor Arnaldo Antunes elogiou, em entrevista ao Brasil de Fato, o trabalho do MST e defendeu o fortalecimento dos laços entre arte, cultura e luta popular. Para ele, a presença da cultura em espaços como o festival é fundamental para promover igualdade social, agroecologia e justiça no campo.

O músico avaliou que a lentidão da reforma agrária no Brasil é um reflexo de um atraso histórico. Mesmo sob governos progressistas, segundo ele, as mudanças avançam a passos muito lentos. “Por isso, a conquista corpo a corpo que o MST faz é legítima diante da dificuldade que é realizar essa transformação no Brasil”, afirmou.

Antunes destacou que a arte tem papel central nos processos de mudança. Ao cantar “Comida”, clássico dos Titãs, o músico buscou dialogar com o propósito do evento: “comida, diversão e arte”. Em sua avaliação, num cenário de crescimento da extrema direita, iniciativas culturais como a Feira são ainda mais importantes.

“A cultura está sempre tão desprestigiada”, alertou. Para ele, a música inevitavelmente expressa seu tempo, e por isso carrega conteúdo político. O artista lembrou que muitas canções feitas nos anos 1980 seguem atuais, o que mostra tanto o poder da arte quanto a persistência das desigualdades no país.

Arnaldo Antunes se apresentou na noite de encerramento da 5ª Feira da Reforma Agrária, do MST

Paulinho Moska: “Arte é sinônimo de vida”

O músico carioca Paulinho Moska, em entrevista ao Brasil de Fato, agradeceu o convite do MST. “A gente, como artista, tem que se manifestar, apoiar e revelar para o povo brasileiro a verdade do que é o MST.”

Para Moska, arte, vida e liberdade são dimensões inseparáveis da existência humana. Ele as compara a um triângulo cujos vértices se sustentam mutuamente, afirmando que essas ideias estão profundamente ligadas à terra, ao alimento e à expressão artística. O artista acredita que a criatividade — que considera a potência mais linda do ser humano — só floresce quando há condições mínimas de dignidade. “Com comida em casa, você tem condição de ser criativo”, resume.

Na entrevista, ele também refletiu sobre a identidade latino-americana. Embora veja o brasileiro como um povo ufanista, Moska defende que o continente ganharia força se atuasse de forma mais integrada, como fazem os países europeus. Ele afirma que, após visitar 12 países da região, percebeu que os povos da América Latina são muito mais parecidos entre si do que com qualquer outra nação do mundo. Para ele, é hora de transformar o termo “hermanos” em algo mais concreto: uma verdadeira família unida por um abraço solidário.

Paulinho Moska cantou seus sucessos durante a 5ª Feira da Reforma Agrária (Foto: Junior Lima /@xuniorl)

“A arte é parte da luta”: Catto fala sobre música, resistência e diversidade

Em entrevista ao Brasil de Fato, a cantora e compositora Catto disse que sua trajetória musical está profundamente entrelaçada com a luta por direitos. Para ela, não há como dissociar arte e resistência em um país marcado por retrocessos.

“Sempre estive muito próxima dos movimentos de luta por direitos, e isso vai sempre me mover. A gente vive num país que precisa de constante luta, e a arte é parte disso.”

Segundo a artista, enquanto houver palco, haverá reivindicação. Ela alertou para a fragilidade dos direitos e para os riscos que a democracia brasileira ainda enfrenta. “Os nossos direitos são muito frágeis. A gente já viu como uma democracia pode acabar em quatro anos com um louco eleito. Por isso, temos que estar sempre atentos e fortes”, pontuou, ressaltando a importância da presença ativa de quem trabalha com diversidade e pensamento crítico: “tem que estar ali, com o corpo, com a expressão.”

Contra as ameaças conservadoras, Catto defende que há muito a ser defendido. Ela destaca avanços importantes no reconhecimento de identidades e direitos da população LGBTQIA+. “No Brasil, tu pode ser uma pessoa não binária na certidão. A gente tem direito ao nome social. A gente tem muitas conquistas preservadas, mesmo com a extrema-direita no poder. A nossa resistência é muito forte.”

Catto participo do festival “Terra, arte e pão” (Foto: Junior Lima /@xuniorl)

“Esse é o espaço que eu sonhava”: FBC relembra trajetória e celebra encontro com o povo na Feira do MST

O rapper mineiro FBC embalou o público ao subir no palco da Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, e compartilhou, em entrevista ao Brasil de Fato, a dimensão simbólica do festival para quem vem das periferias e das ocupações urbanas. “Ver esse lugar cheio de gente, tá ligado? Com o boné do MST, com as nossas cores, com a nossa cara, falando a nossa língua… esse é o espaço que eu sonhava lá com os meus 12, 13 anos de idade”, afirmou.

Para o artista, a arte tem poder de transformação coletiva, atuando como ponto de inflexão para mudanças profundas no cotidiano. Ele comparou a criação artística a uma pedra lançada em um lago: “Naquele momento que a pessoa tem esse raciocínio, ela muda pra melhor. E se a pessoa muda, o quarto muda. Se o quarto muda, a casa muda. Se a casa muda, a rua muda. Se a rua muda, o bairro muda. A força se expande de dentro pra fora.”

Ao lembrar sua vivência na ocupação Nelson Mandela, em Belo Horizonte, organizada pela Unidade Popular (UP), FBC destacou o papel da solidariedade em contextos de ausência total do Estado. “Quando você mora num bairro onde não tem água, não tem energia, não tem asfalto, o que move tudo é a solidariedade, a generosidade, o companheirismo.”

Ele também relatou o cotidiano de precariedade enfrentado pela sua família. “Eu tive que viver seis meses sem banheiro. Toda vez que eu tinha que fazer necessidade, eu fazia na sacola e enterrava. Meus dois filhos também, minha esposa. Durante seis meses”, contou. A fala arrancou reações comovidas do público e reforçou a urgência da luta por moradia e dignidade nas cidades.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: arnaldo antunesculturafeira da reforma agráriamst
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