Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

ARTIGO

Lutar contra a LGBTfobia, taxar super-ricos e acabar com a escala 6×1

Temos o desafio de construir uma grande mobilização em torno do Plebiscito Popular por todo o Brasil

17.maio.2025 às 18h29
Porto Alegre (RS)
Gabriella Carvalho, Giulia Souza da Costa e Lucas Gertz Monteiro

Combater a LGBTfobia também exige pautar condições dignas de trabalho, estudo e permanência desde a educação básica até o ensino superior, incluindo a pós-graduação - Foto: Mídia NINJA

Com as transformações políticas, a persistente crise econômica, social e climática posta em todo o mundo e um crescimento expressivo da extrema direita na última década, as trabalhadoras e trabalhadores têm sofrido de forma ainda mais intensa com as mazelas do sistema capitalista.

Embora o Brasil tenha barrado o avanço das forças conservadoras, especialmente com a derrota eleitoral de Bolsonaro, o desafio de reorganização e fortalecimento das forças populares segue como ordem do dia, visto que ainda temos um Senado Federal e uma Câmara dos Deputados extremamente retrógrada, composta majoritariamente pelo centro, direita tradicional e extrema direita, ou seja, pautada nos interesses do agronegócio, do capital financeiro e do fundamentalismo religioso.

Devido a característica racista e patriarcal na formação da classe trabalhadora brasileira, herança do colonialismo, temos uma peculiaridade na forma como essa crise mundial se desdobra em nossa realidade, impactando brutalmente jovens, LGBT, mulheres, negros e pessoas que vivem nas periferias brasileiras.

Há uma massa de trabalhadores cada vez mais precarizada, ocupando as fileiras do subemprego, as exaustivas jornadas de trabalho e sobretudo, a informalidade. Um estudo recente do Ministério do Trabalho e Emprego mostrou que houve um crescimento da ocupação entre jovens de 14 a 24 anos e uma queda dos chamados “nem-nem” (nem estudam, nem trabalham). Entretanto, a maioria dos empregados ainda enfrentam baixos salários. O que demonstra a persistente desvalorização da juventude, vista na maioria das vezes como mão de obra barata.

A comunidade LGBT não está fora dessa realidade – pelo contrário, enfrenta historicamente não apenas barreiras para ingressar no mercado de trabalho, mas também para conquistar funções e jornadas dignas. Além disso, é atravessada por outras questões como o acesso ao ensino superior e a urgência da implementação de cotas para pessoas trans e travestis como instrumento de reparação de desigualdades históricas, a superação da baixa representatividade nos espaços institucionais, o estigma em torno do acesso à saúde pública e outros direitos, a falta de apoio familiar.

Mesmo aquelas que conquistam um diploma no ensino superior e optam por permanecer na academia enfrentam uma jornada marcada por obstáculos ainda muito duros. Os desafios que marcam a trajetória da população LGBT no mercado de trabalho também se manifestam nas universidades e nos programas de pós-graduação, que se mantém como ambientes marcados pelo elitismo e pela exclusão.

Desde o acesso até a permanência, estudantes LGBT enfrentam múltiplas barreiras: a ausência de dados sobre identidade de gênero e orientação sexual nas plataformas oficiais, a escassez de políticas afirmativas voltadas às pessoas trans e travestis, e a falta de protocolos institucionais de acolhimento e proteção consolidam a pós-graduação como um território que ainda reproduz LGBTfobia e sexismo. A exclusão familiar, a precariedade financeira e a discriminação por parte de colegas e orientadores comprometem não só a continuidade da pesquisa, mas também a existência dessas pessoas na academia.

Neste contexto, garantir a presença de sujeitos LGBT na pós-graduação vai além da reparação histórica – é condição para que a produção científica brasileira reflita, de fato, a diversidade do povo brasileiro. Ciência se faz com diversidade, e quem sustenta a pesquisa no país são milhares de jovens pesquisadores de pós-graduação, muitas vezes em condição de vulnerabilidade, enfrentando violências cotidianas para produzir conhecimento.

É nesse cenário ainda que afirmamos: combater a LGBTfobia também exige pautar condições dignas de trabalho, estudo e permanência desde a educação básica até o ensino superior, incluindo a pós-graduação. Reconhecer a pesquisa como trabalho é requisito não só para soberania nacional, mas para a valorização de jovens que hoje não têm direito a férias, 13º salário, aposentadoria ou sequer estabilidade para viver com dignidade. Essa também é a base para construirmos uma ciência a serviço das necessidades do povo, e não dos interesses do capital.

Plebiscito Popular irá ouvir a opinião do povo brasileiro sobre a taxação dos super-ricos, a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1

O Plebiscito Popular pela Taxação dos Super-Ricos e o fim da Escala 6×1 são parte fundamental dessa construção. Queremos tempo para viver, para estudar, para amar – e para transformar o mundo com o conhecimento gerado a partir das nossas realidades. Defender justiça fiscal e dignidade para a classe trabalhadora é também garantir o direito de produzir ciência com liberdade, diversidade e respeito.

Ainda sobre o mundo do trabalho, há uma ausência de dados oficiais sobre a situação dos LGBT no Brasil, isso porque o Censo brasileiro não possui perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero. Ainda assim, inúmeras pesquisas e estudos apontam uma condição desfavorável para a população LGBT.

Um fato importante nessa luta é que a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, a maior parada do mundo e construída por diversos coletivos e movimentos, vem se mostrando disposta a construir e fortalecer a campanha pelo fim da escala 6×1. Inclusive, não se pode esquecer que essa pauta tomou grande proporção devido a atuação parlamentar da deputada federal Erika Hilton.

Nesse sentido, a construção do Plebiscito Popular pela Taxação dos Super-Ricos e o fim da Escala 6×1 é uma tarefa de todos e todas que lutam pelo fim da LGBTfobia e pela melhoria das condições de vida do povo. O Plebiscito Popular é uma ferramenta que deve servir para unir as forças populares, fortalecer nosso trabalho nas periferias, nas cozinhas solidárias, nos cursinhos populares, escolas e universidades. É a possibilidade de ampliar nosso diálogo e apresentar nossas demandas.

Por isso, nesse dia 17 de maio, Dia Internacional contra a LGBTfobia, compreendemos que nosso desafio é construir uma grande mobilização em torno do Plebiscito Popular por todo o Brasil.

“E há de nascer um novo amanhã

Pra gente acordar e dançar

Sem medo de ser, sem medo de amar

Sem que nada possa nos machucar”

(Gilsons)

Lucas Gertz Monteiro, Setor de Diversidade do Levante Popular da Juventude

Giulia Souza da Costa, Diretoria de Políticas LGBTQIAPN+, Inclusão e Diversidade da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)

Gabriella Carvalho, Diretoria LGBT da União Nacional dos Estudantes (UNE)

*Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Katia Marko
Tags: LGBTlgbtfobia
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

Mobilização

‘Congresso não quer aprovar fim da escala 6×1 e reforma tributária’, diz porta-voz do Plebiscito Popular 2025

ARTIGO

35 anos após despatologização da homossexualidade, pessoas LGBTQIA+ ainda enfrentam violação e negação de direitos

Taxar os super-ricos é uma pauta feminista

Veja mais

ARTIGO

Lutar contra a LGBTfobia, taxar super-ricos e acabar com a escala 6×1

Taxa Selic

Leda Paulani: ‘Não dava para esperar do presidente do BC um cavalo de pau na política monetária’

ARTIGO

O financiamento da transição ecológica

ARTIGO

Remoções, demolições e resíduos abrindo os caminhos para a COP30

QUESTÃO SANITÁRIA

Gripe aviária: veja as respostas para as principais dúvidas sobre a doença

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.