Ao longo de todo o dia nesta quinta-feira (5), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o Museu do Homem do Nordeste, no Recife, promovem a Jornada da Terra, estimulando o debate sobre sustentabilidade ambiental, agricultura familiar e produção de alimentos sem agrotóxicos. Motivada pelo Dia Internacional do Meio Ambiente, a programação vai das 6h30 às 16h, é gratuita e pensada para todos os públicos. O Museu fica na avenida Dezessete de Agosto, nº 2187, em Casa Forte, zona norte da capital.
A primeira atividade do dia começa cedo, às 6h30, com uma feira agroecológica batizada de Feira Viva, Terra Limpa: traga sua sacola retornável, no jardim do Museu do Homem do Nordeste. A intenção é conscientizar as pessoas sobre o uso de descartáveis, especialmente no contexto de comercialização de alimentos. A atividade segue até as 10 horas, coordenada pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). A ação é encabeçada pela Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes) da Fundaj em parceria com o museu.
Entre as 8h30 e as 16 horas, fica aberta à visitação a exposição fotográfica Bora viver sem veneno?, que reúne imagens e textos sobre os malefícios causados pelo consumo de alimentos com agrotóxico e pelo uso de agrotóxicos por quem trabalha com agricultura. São 25 imagens, produzidas em todas as regiões do estado, além de 10 paineis de textos. A mostra é realizada pela organização não governamental Centro Nordestino de Medicina Popular (CNMP) em parceria com a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, com apoio da Misereor.
Às 9 horas, haverá uma roda de conversas com o médico Celerino Carriconde, fundador do CNMP. A conversa terá facilitação de Tarcísio Quinamo, mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente e pesquisador sobre unidades de conservação da natureza e comunidades tradicionais.
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