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Regulação já

As Bigtechs e o Bolsonarismo de mãos dadas desenhando 2026

Enquanto o Congresso emperra regulação das redes, a extrema direita avança com apoio das gigantes de tecnologia

06.jun.2025 às 09h44
Fortaleza (CE)
Gabriella Carvalho
Bolsonaro na comunicação em Fortaleza

Os seminários de comunicação do PL são mais um exemplo da centralidade do para o partido. O primeiro aconteceu em Brasilia. - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O 2º Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal (PL), realizado em Fortaleza apenas três meses após o 1º — realizado em fevereiro — revelou uma aliança estratégica entre o bolsonarismo e as big techs: Meta, Google, TikTok, X (ex-Twitter) e Kwai. O objetivo é claro: fortalecer a presença digital da extrema direita brasileira nas eleições de 2026.

A atividade de preparação da comunicação do partido de Jair Bolsonaro contou com a participação ativa de executivos dessas plataformas, que apoiaram, organizaram e ministraram workshops e oficinas sobre criação de conteúdo digital, uso de inteligência artificial para produção de vídeos e imagens, e estratégias de engajamento nas redes sociais. Também estiveram no Centro de Eventos do Ceará para apresentar funcionalidades das suas plataformas, como o assistente de IA da Meta e ferramentas do Google, como o Gemini e o Notebook LM, destacando o potencial dessas tecnologias para impulsionar campanhas políticas.

Diante dessa parceria, é prudente lembrar que, poucas semanas antes do 1º Seminário de Comunicação do PL, essas mesmas plataformas não enviaram representantes à audiência pública convocada pela Advocacia-Geral da União (AGU), em janeiro, que discutiu a regulação das plataformas digitais. Isso ocorreu após a Meta — empresa que controla Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp — anunciar mudanças nas suas diretrizes de moderação, extinguindo, por exemplo, os serviços de checagem de notícias falsas.

Não é mais necessário convencer que essas empresas não têm qualquer compromisso com o debate democrático ou com o combate à disseminação de desinformação e discurso de ódio nas redes digitais. Mas é fundamental atentarmos para o fato de que são justamente essas corporações que se utilizam da defesa da liberdade de expressão para mascarar o alinhamento do capitalismo de vigilância com projetos políticos específicos ao redor do mundo. Ao oferecer “aulões” sobre o uso da IA para criar imagens, vídeos e narrativas políticas, as big techs não apenas instrumentalizam a tecnologia, mas moldam subjetividades e estratégias de poder.

O que o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han chamaria de “psicopolítica digital” atua aqui com força: as plataformas não apenas observam os comportamentos dos usuários, mas os orientam, mercantilizam e modulam, transformando cada sujeito em um microempreendedor de si mesmo e, no caso da esfera política, em um influenciador ideológico. A promessa de que “qualquer um pode criar conteúdo impactante com IA” desloca a luta política para o plano da performatividade algorítmica, onde quem entende melhor os mecanismos da atenção vence — não necessariamente quem tem os melhores argumentos.

A extrema direita, ao se apropriar da estética patriótica, da IA e das plataformas, não só comunica ideias, mas constrói uma identidade emocional e estética que neutraliza o dissenso, convertendo o debate político em espetáculo e consumo. É a face atual da dominação: sedutora, eficiente e retroalimentada por indivíduos que acreditam estar livres, enquanto obedecem a algoritmos fabricados para convencê-los de que figuras como Nikolas Ferreira e André Fernandes são realmente jovens contra o sistema.

A colaboração orgânica das big techs com o bolsonarismo indica que a corrida de 2026 já começou, com a extrema direita a alguns hectares de terra à frente. Precisamos enxergar além da taxa de aprovação do governo e da capacidade de formar alianças amplas: o que está em jogo é o controle da produção de sentido. Essa aproximação deve levantar sérias preocupações sobre a integridade do processo democrático no Brasil.

Enquanto patinamos no Congresso Nacional com o Projeto de Lei 2630/2020, que visa regulamentar as plataformas digitais no país, a extrema direita continua — e continuará — enviando mensagens no Zap da família, produzindo e viralizando vídeos com o uso da IA para promover sua agenda política, formar e propagandear seus novos quadros e convencer nosso povo de que são eles os verdadeiros defensores da liberdade e da democracia.

ilustrar artigo de opinião

*Gabriella Carvalho é estudante de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará (UFC), integrante da Coordenação Nacional do Levante Popular da Juventude e Diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE).

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato. 

Editado por: Camila Garcia
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