Nesta semana foi lançada a campanha “MC Não é Bandido”. A iniciativa da deputada estadual Dani Monteiro (Psol) busca reunir assinaturas para a aprovação do projeto de lei 4805/2025, que institui o Programa de Prevenção à censura a arte e cultura no estado do Rio de Janeiro. A campanha também é assinada pelo deputado federal Pastor Henrique Vieira (Psol), que propôs um projeto de lei de teor semelhante em âmbito federal.
“O hip-hop, assim como o rap, o trap e o funk, sofrem hoje a mesma perseguição que o samba sofria no início do século 20. O motivo, 100 anos depois, continua o mesmo: o elitismo e o racismo de uma sociedade que se recusa a reconhecer a contribuição dos negros, pobres e favelados para a cultura brasileira. Mas para além da música, é preciso também entender o hip-hop como movimento de transformação social, e enxergar os MCs como a voz de uma juventude que é constantemente marginalizada”, afirmou a deputada ao Brasil de Fato.
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O projeto prevê a criação de mecanismos que impeçam qualquer tentativa de censura a artistas no estado do Rio de Janeiro, além de autorizar o poder público a contratar shows, artistas e eventos que levem a cultura favelada e periférica à população. A proposta de lei conta ainda com um artigo específico para impedir que a administração pública avalie o mérito das composições artísticas e utilize isto como critério para regular o acesso aos recursos.
A campanha recebeu o apoio de artistas como o MC Poze do Rodo e de gravadoras como a Mainstreet. A expectativa, segundo Monteiro, é que a iniciativa ganhe ainda mais força conforme outros artistas apoiem o movimento.
A petição foi lançada na quarta-feira (11) e já recebeu mais de 12 mil assinaturas. A campanha pode ser acessada aqui.