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Engenheiro especializado em Planejamento Energético e Ambiental.

Os piores crimes de Trump

Trump é a maior ameaça ao Planeta. Nada por acaso, ele é um legítimo representante da ideologia nazi-fascista

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, é a maior ameaça ao Planeta. Nada por acaso, ele é um legítimo representante da ideologia nazi-fascista, esta mesma que promoveu duas guerras mundiais, e que hoje novamente campeia mundo afora.

Pratica o ultranacionalismo, tal qual Adolph Hitler pregava e fazia com o seu “Deutscland über alles”, Alemanha acima de tudo, com o que “justificava” perseguir raças, como os negros e judeus, e querer dominar todos os povos.

Trump também deseja submeter  todos os povos, desejando transformar-se no grande imperador do mundo. O império norteamericano está em queda, querendo ou não, precisa dividir poder com os blocos nacionais, como a União Européia e o Brics, além do avanço do multilateralismo, tão corretamente defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump segue os passos de Hitler

Com seus tarifaços consegue desorganizar a produção nas nações e gerar inflação, principalmente dentro dos próprios EUA. Não por acaso, os protestos dentro dos EUA contra Trump estão cada vez maiores. Nem o abominável bilionário Elon Musk, maior contribuinte de sua campanha eleitoral, cujo mérito importante foi desenvolver e ser grande produtor dos carros elétricos Tesla, aguentou-o por menos de seis meses de governo.

Com as  medidas dos tarifaços também rompe relações com quase todos os países, o que ocasiona novas relações internacionais, com a China, que pratica o multilateralismo, ocupando cada vez mais espaços.

Além deste afrontamento às nações, vamos a duas outras ameaças concretas.

Trump intensifica as guerras

Trump assumiu prometendo acabar com a guerra Rússia x Ucrânia em uma semana. Conseguiu intensificar esta guerra, não há mais nenhuma certeza de como e quando pode acabar. Nesta ação conseguiu arrancar a possibilidade da exploração de terras raras na Ucrania, mesmos produtos que a China agora decidiu fornecer aos EUA. Detalhe: a China é exportadora de terras raras desde sempre, inclusive para o Brasil. Terras raras é a denominação de 17 elementos da Tabela Periódica da Química, encontradas em minerais, de difícil extração, estratégicas na fabricação de turbinas eólicas, baterias de veículos elétricos, computadores e outros equipamentos eletrônicos, aeronaves, catalisadores no refino do petróleo e produção petroquímica, militares e outros.

A seguir foi terminar com a guerra Israel x Hamas. Teve o desplante de propor ocupar a Faixa de Gaza, irritando profundamente seu parceiro o Governo de Israel. Hoje esta guerra  intensifica o genocídio em Gaza, matando crianças, mulheres e todos. Nem mesmo ajuda humanitária – remédios, alimentos – Israel permite chegar a Gaza.

A recente iniciativa bélica de Trump foi pedir e apoiar Israel  atacar as bases atômicas do Irã. quarta maior reserva de petróleo do mundo. Imaginem o que pode ocorrer com a explosão de uma base que fabrica bombas atômicas! Imaginem como pode alastrar-se uma guerra no Oriente Médio, região  dos eternos conflitos internos e de Israel contra os demais países.

A “justificativa” é impedir que o Irã também seja um potência nuclear. Teoricamente impedir a ampliação das armas nucleares está correto.

Porém, aqui cabe relembrar como surgiu a bomba atômica e os movimentos posteriores.

Corria o período final da segunda guerra mundial. Uma das principais apostas de Hitler para não ser derrotado era a produção e lançamento da bomba atômica.

Nos EUA, Oppenheimer, filho de alemães judeus expulsos da Alemanha por Hitler, coordenava a produção da bomba atômica. Estava convencido de que tinha que antecipar-se a Hitler e de que com a demonstração de força da bomba atômica desestimularia a ocorrência de novas guerras. Acreditava no ditado militar “Si vis pacem, para bellum”, ou “Se queres paz, prepara-te para a guerra”.

Logo após o lançamento das bombas sobre Nagasaki e Hiroshima, Oppenheimer desmontou a estrutura de produção da bomba atômica e foi perseguido pelos EUA como se fosse seu inimigo. Na verdade, os EUA estavam mais interessados em promover a “Guerra Fria” contra a URSS, seu até então aliado na Segunda Guerra.

EUA e Israel são os países que mais desrespeitam o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares

Albert Einstein. também um alemão judeu expulso da Alemanha por Hitler, amigo e colaborador de Oppenheimer, porém crítico das conseguências  da bomba atômica, iniciou e intensificou movimentos para impedir a disseminação de armas nucleares, promover a cooperação no uso pacífico da energia nuclear e alcançar o desarmamento nuclear. Desde o início teve o apoio de Oppenheimer e de outros muitos cientistas e países.

Em 1955, em plena Guerra Fria,  foi lançado o Manifesto Russel-Einstein apelando à paz e à corrida armamentista nuclear.

Em seguimento, com os princípios acima, em 1968 foi lançado o Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares (TNP), concluído em 5 de março de 1970, que atualmente conta com a assinatura de 191 países, incluindo os EUA e  mais 4 países então reconhecidos como possuidores da bomba atômica. Israel não assinou.

Hoje os EUA e Israel são os países que mais desrespeitam os princípios do TNP. Qual “autoridade” possuem para querer desarmar qualquer outro país. Na prática desejam impedir que outros países também tenham armamentos nucleares, o que poderia estar correto se estivessem desfazendo-se de suas bombas atômicas.

Ainda há medidas de Trump tão ou piores ameaçando o Planeta. Trump declara-se cético em relação às mudanças climáticas. Suas ações revelam um grande e perigoso negacionista.

Obama em sua gestão, em 2015 decretou e perseguiu uma redução de 40% da emissão de GEEs em relação a 2005 e destinou recursos para a produção de energias limpas.

Trump, que, na sua primeira gestão sucedeu Obama, não só revogou as medidas ambientais de seu antecessor, como retirou os EUA do Acordo de Paris (2015) que definiu esforços para que a média do aquecimento global não ultrapassasse 1,5ºC. Ao contrário de reduzir, os EUA então aumentavam em muito a emissão de GEEs.

Negacionista, aumenta a emissão de GEEs

Agora, ao suceder Biden, logo tratou de revogar o “novo golpe verde” de seu antecessor, constituído por medidas como incentivos aos veículos elétricos e projetos de energia limpa. E mais uma vez retirou os EUA do Acordo de Paris.

Em consumo per capita de energia os norteamericanos chegam a consumir o dobro do que os europeus. Será que sua qualidade de vida é tão superior a dos europeus?

EUA consomem aproximadamente 20% de todo o petróleo

Os EUA consomem aproximadamente 20% de todo o petróleo consumido no Mundo. Trump ainda incentiva o aumento do seu consumo, em detrimento de energias renováveis. E para piorar, tem incentivado o uso do “fracking” (fraturamento hidráulico) para aumentar a produção de petróleo nos EUA. Trata-se de uma técnica que injeta horizontalmente água ou areia em altíssimas pressões,  arrancando petróleo e gás natural impregnados em rochas subterrâneas. Esta técnica é condenável pelo seus potenciais prejuízos ao meio-ambiente e saúde, e, por isto proibido em países como Alemanha, França e Bélgica.

Trump tem liquidado toda a legislação e estruturas protetoras do meio ambiente e incentivadoras de energias e tecnologias sustentáveis. Nem a Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção tem escapado.

A emissão dos GEEs aumenta e o sobreaquecimento planetário também. O prejuízo não é só dos norteamericanos, é de todo o planeta.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha do editorial do jornal Brasil de Fato.

                                                                               

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