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Guerra no Oriente

Conflito com Irã serve aos interesses bélicos e econômicos dos EUA, diz analista político

Israel quer empurrar EUA para guerra direta com Irã, mas confrontar país persa 'não é fácil', alerta especialista

18.jun.2025 às 19h55
São Paulo (SP)
Adele Robichez, José Eduardo Bernardes e Larissa Bohrer
O presidente dos EUA, Donald Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump - Brendan Smialowski/AFP

A escalada do conflito entre Irã e Israel no Oriente Médio é, além de uma disputa geopolítica, é uma engrenagem que movimenta trilhões na economia de guerra, especialmente para os Estados Unidos. Para o analista político e especialista em comunicação política Amauri Chamorro, a possibilidade de uma guerra direta dos EUA com o Irã é real, e serviria aos interesses econômicos e bélicos norte-americanos.

“Há uma possibilidade real, concreta, de que [o presidente dos EUA] Donald Trump ordene um bombardeio, um conflito direto com o Irã”, afirma Chamorro, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato. “Sempre que há uma crise econômica ou política, os Estados Unidos atuam fora das suas fronteiras, iniciando guerras, bombardeando países. Isso permite não só distrair a opinião pública, mas também reativar a sua máquina econômica, muito sustentada pela indústria bélica”, explica.

Chamorro avalia que Israel, sob comando do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, atua para forçar uma entrada dos EUA no conflito, num contexto em que Trump tenta se reposicionar politicamente. “A pressão da comunidade judaica, que é dona do mercado financeiro dos EUA, está exercendo uma pressão muito grande sobre o Congresso e Trump para uma intervenção direta”, diz. Ele avalia que, embora Trump não tenha iniciado nenhuma guerra em seu primeiro mandato, a situação atual é diferente.

Segundo o analista, Netanyahu “quer ver o mundo pegar fogo”. “O que ele está fazendo é bombardear um país que tem armas nucleares, um contingente de Forças Armadas respeitável, e que é seu principal inimigo na região, para gerar um conflito e empurrar definitivamente os Estados Unidos para uma guerra”, analisa. Na sua visão, sem o apoio militar e diplomático dos EUA, Israel “já teria sido arrasado” por seus vizinhos há décadas.

Para Chamorro, o pano de fundo de todo o conflito é econômico. “A desestabilização do Oriente Médio obriga a que todos os países da região renovem anualmente a sua frota de aviões, de armas, e, para isso, eles têm contrato com os Estados Unidos, exclusividade. Estamos falando de trilhões de dólares, porque o Oriente Médio não fabrica isso. Eles compram dos EUA e os EUA compram o petróleo deles”, explica.

Ele argumenta que o Oriente Médio moderno, com países delimitados, é uma construção artificial da Europa e dos Estados Unidos, desenhada para manter o capitalismo e o controle sobre recursos estratégicos. “O que está acontecendo agora é uma resposta a esse processo de tentativa de desestabilizar a região porque, obviamente, isso para os Estados Unidos gera lucro, e também para Israel”, conclui.

Irã não é Iraque

Subestimar a capacidade de resistência iraniana seria um erro grave, adverte Chamorro. “O Irã não é o Iraque. O Irã tem capacidade nuclear, é um país que tem quase que autonomia na produção de armas, […] uma quantidade quase incalculável de petróleo, capacidade de produção de alimentos, quase autonomia na produção medicinal. É um país que tem um sistema econômico muito poderoso”, destaca.

O Irã ocupa posição estratégica no Golfo Pérsico. O especialista destaca o poder iraniano sobre o Estreito de Hormuz, por onde passa boa parte do petróleo exportado por Arábia Saudita, Catar, Kuwait e Iraque. “O Irã pode fechar a porta de saída de todos os navios que saem com petróleo. […] Não é fácil resistir a um confronto com o Irã”, alerta. Segundo ele, alegações de que Israel domina o espaço aéreo iraniano são “falácias” que alimentam a narrativa ocidental.

O Irã vive sob um regime teocrático em que o Conselho de Sábios, vinculado ao líder supremo Ayatollah Ali Khamenei, tem mais poder que o Congresso ou a Justiça. Apesar de reconhecer que há setores da sociedade iraniana que desejam uma mudança no regime, Chamorro ressalta que uma agressão externa pode ter efeito oposto.

“Existe uma unanimidade no Irã que é a decisão de não se subordinar aos Estados Unidos. Então essa tentativa de desestabilizar o Irã através de um bombardeio vai fazer […] essa população se unir contra os EUA. […] Todos sabem que a presença dos EUA é gerar morte e saquear o país”, diz.

Interesses nucleares e hipocrisia internacional

A justificativa israelense para uma ofensiva contra o Irã é a suspeita de que o país esteja desenvolvendo armas nucleares. Embora Chamorro reconheça que a tecnologia e o conhecimento técnico para isso existam, ele questiona a legitimidade da proibição. “Por que o Irã não tem direito a ter armas nucleares? Israel, que nunca assinou um tratado de não proliferação de armas nucleares, nunca sentou numa mesa para negociar, é o país que exige que outros países não tenham”, critica.

Ele compara a atual retórica ao pretexto usado pelos EUA para invadir o Iraque em 2003. “O povo iraquiano foi assassinado e, depois, os EUA assumiram que não conseguiram comprovar que havia armas químicas”, lembra, referindo-se às falsas provas de armas químicas apresentadas por Colin Powell na Organização das Nações Unidas (ONU). “Então quem garante que esse mesmo governo assassino, genocida, como o dos EUA e Israel, tem capacidade de comprovar que realmente existem armas nucleares no Irã?”, questiona.

Para ouvir e assistir

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.Para ouvir e assistir

Editado por: Martina Medina
Tags: estados unidosguerrairã
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