A comunista Jeannette Jara, ex-ministra do Trabalho do governo de Gabriel Boric, no Chile, será a candidata à Presidência da coalizão governista chilena. Neste domingo (29), a advogada venceu as prévias da coalizão com 60% dos votos.
O segundo lugar ficou com a ex-ministra do Interior, de centro-esquerda, Carolina Tohá, com 27% da preferência dos votantes. Em seguida, apareceram Gonzalo Winter, da Frente Ampla, legenda do presidente Gabriel Boric, com 9%, e Jaime Mulet, da Federação Regionalista Verde Social, com 2,7%. É a primeira vez na história do país que uma ampla coalizão política lança uma candidatura presidencial filiada ao Partido Comunista.
Pouco mais de 1,3 milhão de eleitores, entre independentes e filiados aos partidos da coalizão governista, participaram das primárias organizadas pelo Serviço Eleitoral do Chile. Do outro lado, a oposição não aderiu ao processo e escolheu seus candidatos internamente, sem passar pelas prévias. O ultradireitista José Antonio Kast e a representante da direita tradicional Evelyn Matthei aparecem como favoritos nas pesquisas.
As eleições gerais no Chile estão marcadas para novembro.
Projeção nacional
Jara é advogada e tem 51 anos. A integrante do Partido Comunista ganhou projeção como possível candidata à Presidência após sua atuação como ministra do Trabalho, quando liderou a redução da jornada semanal de 45 para 40 horas e conduziu as negociações por uma reforma da Previdência. O atual presidente, conforme a legislação do Chile, não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo.