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Início Política

Irmão Edivaldo

Cassado por compra de votos, vereador de Ourilândia do Norte (PA) aumentou patrimônio em mais de R$ 6,5 milhões em 4 anos

Irmão Edivaldo (MDB) é investigado por obrigar eleitores a usarem óculos espiões para filmar urna eletrônica

30.jun.2025 às 18h29
São Paulo (SP)
Carolina Bataier
Cassado por compra de votos, vereador de Ourilândia do Norte (PA) aumentou patrimônio em mais de R$ 6,5 milhões em 4 anos

Irmão Edivaldo é 1º vice-pastor da assembleia de Deus Ministério de Madureira - Reprodução/Instagram @vereador.edivaldoborges

Em quatro anos, o vereador Edivaldo Borges Gomes (MDB), eleito em Ourilândia do Norte (PA), aumentou seu patrimônio em R$ 6.568.248, conforme as informações prestadas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Reeleito em 2024, ele teve o mandato cassado em abril deste ano pela acusação de compra de votos e foi condenado em primeira instância. O esquema incluía o uso de óculos com câmera oculta para que os eleitores comprovassem que o voto vendido havia sido realmente confirmado na urna eletrônica. Três filhos do vereador também são investigados pela participação no esquema.

Como a defesa dos acusados apresentou recurso, o Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou, no dia 17, com um pedido no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará para que a sentença seja mantida.

A ação de investigação do caso, conduzida pelo MPE, indica que os eleitores recebiam R$ 200 para votar em Edivaldo, enquanto intermediários ganhavam R$ 100 por voto cooptado.

E dinheiro não parecia ser um problema para o candidato, segundo as informações prestadas à justiça eleitoral. Em 2020, Edivaldo declarou ao TSE um patrimônio total de R$ 1.806.752. Quatro anos depois, o valor saltou para R$ 8.375.000.

Entre os acréscimos no patrimônio do vereador, está o hotel Lord’s, localizado no centro da cidade, cujo valor é de R$ 5 milhões. A lista de bens apresentada em 2024 inclui automóveis, imóveis em áreas urbanas e rurais e investimentos em criptomoedas.

Quando estreou na disputa política, em 2004, concorrendo ao cargo de vereador do município pelo PDT, Edivaldo não declarou bens ao TSE. Naquele ano, ele foi eleito com 331 votos. Em 2008, o então candidato recebeu 359 votos; em 2020 foram 545 e, em 2024, 848 votos, em meio às suspeitas de fraude.

Conhecido como Irmão Edivaldo, o vereador cassado se define como empresário, embora ressalte as atribuições religiosas em seu perfil no site da Câmara do município. “Se destacando também no meio religioso, sendo 1º Vice-Pastor da assembleia de Deus Ministério de Madureira”, diz o texto, que informa que Edivaldo “pretende continuar na vida pública até chegar no executivo”.

Para o financiamento da campanha do pleito de 2024, além de doações próprias, Edivaldo contou com o apoio de Júlio César Dairel, o Dr. Júlio, atual prefeito da cidade, reeleito em 2024, também pelo MDB. Médico e pecuarista, ele contribuiu com a campanha do colega de partido fazendo dois pix, um no valor de R$ 3.809 e outro de R$ 650.

Segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ourilândia do Norte teria, em 2024, pouco menos de 35 mil habitantes. O município é vizinho de São Félix do Xingu, área que concentra o maior rebanho bovino do Brasil.

Esquema de compra de votos

O esquema de fraude liderado por Irmão Edivaldo foi descoberto no dia das eleições municipais, em 6 de outubro de 2024.

Percebendo que muitas pessoas entravam na cabine de votação com óculos semelhantes, uma mesária abordou uma eleitora e, ao analisar o objeto, encontrou uma pequena câmera na parte frontal da armação.

Câmeras eram acopladas à armação/Polícia Civil do Pará

A apreensão do dispositivo e a posterior investigação policial revelaram a extensão da fraude, definida pelo MPE como um esquema com métodos sofisticados de controle e fiscalização de votos.

A investigação permitiu a identificação de diversos eleitores e a apreensão de dinheiro e de material de campanha.

Segundo o MPE, Irmão Edivaldo liderava o esquema e contava com o apoio de três filhos, que atuavam como arregimentadores, responsáveis por recrutar eleitores. Todos os envolvidos estão inelegíveis por oito anos.

O Brasil de Fato entrou em contato com o vereador cassado, mas não teve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Editado por: Nathallia Fonseca
Tags: pará
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