Uma imagem no mínimo constrangedora: um professor participando de um curso de capacitação de forma online mesmo estando em um leito de hospital. A cena se tornou viral porque a Secretaria de Educação e Ensino do Paraná (SEED-PR) obrigava que os profissionais tivessem 100% de frequência nos encontros. Para impedir esse tipo de constrangimento, a deputada estadual Ana Júlia (PT-PR) encaminhou requerimento solicitando que a frequência mínima fosse de 75%. A solicitação foi acatada pela SEED-PR.
Em resposta ao requerimento, a SEED disse que “para os eventos do Grupo 1, o participante regularmente matriculado nos eventos de formação, que possuam carga horária síncrona e assíncrona (ex: Grupo de Estudos Formadores em Ação, Formadores – Estágio Probatório, Diretor Formador ou similares) fará jus à certificação, desde que apresente frequência de, no mínimo, 75% na carga horária síncrona”. O documento acrescenta que a mesma frequência foi determinada para o ‘Núcleo Formadores em Ação’.
A mudança atendeu ao pedido feito em 27 de maio pela deputada de que se considerasse um mínimo de 75% de frequência e o abono de faltas justificadas com atestado médico. A deputada argumentou que a exigência total de frequência desconsiderava situações humanas e imprevistos de saúde, defendendo um equilíbrio entre o rigor acadêmico e o bem-estar dos profissionais da educação.
“A flexibilização só aconteceu após muitas cobranças e denúncias em relação à saúde física e mental dos trabalhadores da educação”, afirmou Ana Júlia. “Nosso mandato segue comprometido com a valorização de quem educa e com políticas que respeitem a dignidade e os direitos dos profissionais.”