Em assembleia na noite desta quinta-feira (10), os metalúrgicos do Rio de Janeiro (RJ) decidiram entrar em campanha pelo reajuste de 8%, redução de jornada sem diminuição do salário e mais direitos sociais.
A decisão une a categoria às lutas pautadas pelo plebiscito popular realizado no último final de semana que questionou os brasileiros sobre o fim da escala 6×1, a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000 e a taxação dos super-ricos. Todos estes pontos estão sendo levantados pelo governo federal em prol de uma menor desigualdade na distribuição de renda e condições de trabalho mais justas.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o país vive um período de estabilidade no emprego e com avanço da contratação por carteira assinada. A taxa de informalidade é de 37,9%, o índice mais baixo desde 2016.
Ao Brasil de Fato, o presidente do Sindimetal-Rio, Melquizedeque Cordeiro Flor avalia que o mercado de trabalho está aquecido e é importante reivindicar a valorização da categoria, “neste momento de retomada do emprego no Brasil, o fortalecimento do setor metalúrgico contribui para a economia nacional. Neste contexto, queremos a valorização da nossa categoria, com melhores salários e mais direitos. Também nos somamos à luta nacional pela redução da jornada, sem redução salarial”.
O sindicalista afirma ainda que a campanha prevê atos nas principais empresas empregadoras no estado que ainda adotam a jornada de 44 horas semanais. Entre elas está a Fabrimar, fabricante de metais para cozinha e banheiro, as fabricantes de submarinos ICN e Nuclep, a Usimeca, fabricante de equipamentos de limpeza urbana e a Rassin que produz sistemas de freio para automóveis.