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Início Bem Viver Agroecologia

Comida sem veneno

Nova fase do Armazém do Campo em Porto Alegre tem almoço diário com sabor e consciência política

Reaberto no SindBancários, no centro da capital gaúcha, espaço fortalece elo entre o campo e a cidade

04.ago.2025 às 11h36
Porto Alegre (RS)
Marcelo Ferreira

“Comer é um ato político.” Essa ideia, estampada nas paredes do Armazém do Campo em Porto Alegre (RS), vai além do discurso: é colocada em prática no prato. O Bem Viver, programa do Brasil de Fato, traz as novidades do espaço, que, após mais de um ano fechado na capital gaúcha, está de portas abertas desde maio na sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários).

Além de seguir comercializando produtos da reforma agrária, a loja do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passou a oferecer almoços diários preparados com alimentos produzidos por assentamentos e cooperativas da região.

Foi o compromisso político que atraiu o assessor político Charles Scholl ao local. Mas, no fim, foi o sabor da comida que conquistou seu paladar. “Nesse sentido [político] me motivei a vir para cá, mas só que isso ficou em segundo plano depois da qualidade da comida que a gente experimenta aqui, porque é uma comida deliciosa. E a gente pode comer com tranquilidade, não vai ficar ruim da saúde, a gente sabe o que tá comendo”, pontua.

Scholl ressalta o “lastro de referência” junto ao MST, aos movimentos sociais e a quem está ligado à agricultura, com foco na alimentação. “Porque o agronegócio nem sempre é focado na alimentação. Nós precisamos, hoje, justamente fomentar a agricultura familiar, fomentar as iniciativas do MST para qualificar a nossa alimentação na cidade, que é bastante deficiente, na minha opinião”, complementa.

A qualidade dos alimentos servidos também chama a atenção de Natiele Santos, que trabalha na Cozinha Solidária da Vila Jardim, na periferia de Porto Alegre. “Olha, eu acho muito bom, né? São produtos de qualidade, e é um alimento que não tem veneno, sem agrotóxico, de qualidade mesmo. Trabalho com cozinha, sei muito bem como que é”, destaca.

Parceria com o SindBancários

Outro destaque é o acolhimento do Armazém do Campo pelo SindBancários. A parceria reforça uma questão fundamental para a soberania alimentar e a produção de alimentos saudáveis: a união entre o campo e a cidade, como avalia o militante do MST Tomaz Brunette.

“A luta que é feita no campo, a importância da centralidade da terra, das pessoas terem onde morar no campo, terem condições para produzir e produzirem alimentos saudáveis, a partir da agroecologia… Isso, casado com essa luta que os sindicatos fazem aqui, a luta dos trabalhadores, é muito importante”, diz.

Para Brunette, é importante ter um espaço como o Armazém do Campo no centro de Porto Alegre. “Um espaço que consiga disputar o sentido do que é a comida também no centro da cidade”, salienta.

Espaço resistência une cultura e alimentação saudável

A professora Andreia Meinerz conta sentir um carinho duplo pelo espaço. Isso porque em frente ao restaurante está o Cinebancários, cinema de calçada do sindicato que há 17 anos traz uma programação diária voltada a produções nacionais.

“Foi um casamento perfeito! Uniu aqui o útil ao agradável, porque aqui já é um espaço de resistência, é um ponto de cultura também”, afirma. “E aqui a gente encontra vários camaradas, várias pessoas da luta, e se alimenta de uma comida boa, uma comida bem feita, gostosa, caseira, mas principalmente oriunda da agricultura familiar, agroecológica”, completa.

Um projeto coletivo

Quem está à frente do retorno do Armazém do Campo a Porto Alegre é uma família do Assentamento Integração Gaúcha, de Eldorado do Sul: a cozinheira Arlete da Silva Dorneles e o agricultor Adelar Cibulski. Mais conhecido como Sabiá, Adelar conta que a decisão deles assumirem a retomada foi coletiva.

“A gente tem acompanhado a história das outras lojas do MST aqui no centro: a loja da Reforma Agrária, no Mercado Público, e o Armazém do Campo, lá na José do Patrocínio, na Cidade Baixa. Como não tinha nenhuma referência aqui no centro sobre os produtos da reforma agrária, então a gente foi procurado pela direção do movimento, o pessoal da Cooperativa Terra Livre, se a gente tinha essa disponibilidade de estar assumindo e colocando o armazém aqui junto ao Sindicato dos Bancários”, relata Sabiá.

Arlete Dorneles diz estar realizada por cozinhar com produtos da reforma agrária. “Tá sendo uma experiência muito boa para nós. Muito boa mesmo! Trabalhamos com arroz dos produtores, leite dos produtores, creme de leite, enfim, tudo que é produtos da reforma agrária nós estamos trabalhando.”

Ela diz estar mais feliz ainda com o retorno positivo dos clientes. “A gente tá assim ó, sabendo que todo mundo tá elogiando muito. As pessoas, todo mundo vem aqui, aplaudem a gente, dizem que tá maravilhosa a comida. Coisas maravilhosas que eles nem conheciam e nós estamos trabalhando agora”, celebra.

Arroz agroecológico e criatividade

Além da comida caseira, quem vai ao Armazém do Campo encontra nas prateleiras e no prato o famoso arroz agroecológico do MST. Da variedade, vem a criatividade, como conta Sabiá.

“A gente sempre procura fazer dois tipos de arroz: o arroz branco e sempre um arroz integral. Agora temos também a opção do risoto. Tem um risoto de sálvia e açafrão, ou de castanha, ou cogumelo. Então é uma experiência aí que a gente tá buscando inovar e quem tem provado tem gostado”, assegura.

Alimentação e política

Os clientes do Armazém do Campo aprovam e saem de lá com o sentimento de que estão dando sua contribuição para a transformação do sistema de produção de alimentos.

“Eu acho que tudo que está no nosso prato é fruto de decisões políticas: o excesso de agrotóxico na comida, no solo, a política das grandes corporações, da produção agroindustrial. Então, o que a gente come diz muito sobre a gente, o que a gente consegue comer, o tipo de alimento que a gente tem acesso, o acesso ao alimento de qualidade”, afirma Andreia Meinerz.

“É muito importante garantir o acesso de uma série de pessoas a que há esses alimentos e fazer a disputa ideológica, a disputa das ideias de como que a gente quer que a produção seja e de que alimento a gente quer para a nossa mesa”, pontua Tomaz Brunette.

O Armazém do Campo de Porto Alegre fica no SindBancários: rua General Câmara, 424, centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 14h às 20h.

Veja também:

Editado por: Geisa Marques
Tags: agroecologiaarmazem do camporeforma agrária
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