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Início Educação

SIM, EU POSSO

Pernambucanos participam de último encontro preparatório para dar aulas de alfabetização nas periferias

Campanha de educação popular é conduzida por movimentos sociais, com apoio da UFPE e do Ministério da Educação

31.jul.2025 às 20h02
Recife (PE)
Vinicius Sobreira
Pernambucanos participam de último encontro preparatório para dar aulas de alfabetização nas periferias

Educadores populares serão responsáveis por turmas de 14 a 20 alunos - Layla Albuquerque / Jornada de Alfabetização

Começou nesta quinta-feira (31) e segue até o domingo (3), no Agreste de Pernambuco, a última etapa preparatória da Jornada de Alfabetização nas Periferias, campanha de educação popular que visa alcançar entre 2,5 mil e 3 mil pernambucanos que não sabem ler ou escrever. O projeto é liderado pela Campanha Mãos Solidárias, com apoio financeiro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Secretaria de Alfabetização de Jovens e Adultos (Secadi), do Ministério da Educação.

Leia também: UFPE e movimentos populares unem forças para alfabetizar adultos nas periferias de Pernambuco

As aulas de alfabetização serão conduzidas por educadores populares. Eles têm se preparado ao longo dos últimos meses em cursos como o que ocorre nestes dias, no Assentamento Normandia, zona rural de Caruaru. “Falamos sobre a concepção e os fundamentos da educação de jovens e adultos. Depois vamos estudar especificamente a técnica e o método Sim, eu posso, que já foi aplicado com sucesso em diversos países da América Latina, Caribe e África”, explica Ana Gusmão, uma das coordenadoras da campanha educativa.

Cada educador popular é responsável por facilitar o aprendizado em uma turma, normalmente dentro das comunidades em que vivem. Em Pernambuco, o início das aulas está previsto para a segunda-feira (11), realizadas em espaços de igrejas, terreiros, associações de moradores dentro daquele território. Os encontros têm duração de duas horas por dia, de segunda-feira a quinta-feira, reservando a sexta-feira para um encontro entre educadores e coordenadores para avaliar a semana e planejar a seguinte.

Gusmão explica que o método é inspirado pela perspectiva do renomado educador pernambucano Paulo Freire. “Além da apropriação da escrita e leitura por estas pessoas que, por motivos diversos, foram excluídas deste processo, esperamos contribuir também para o avanço da consciência política e organizativa dessas comunidades. Além de ler a palavra, queremos que os estudantes aprendam a ler o mundo”, diz a coordenadora. Com duração de cinco meses, a jornada deve ser encerrada em janeiro de 2026.

Em Pernambuco são 200 turmas, com entre 14 e 20 alunos cada, nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Caruaru e Petrolina. Segundo o Censo 2022, do IBGE, mais de 960 mil pernambucanos com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever, índice que corresponde a 13,4% da população nessa faixa etária, quase o dobro dos 7% da taxa nacional.

Cerca de 250 educadores populares pernambucanos se reuniram no Assentamento Normandia, em Caruaru | Layla Albuquerque / Jornada de Alfabetização

Na capital pernambucana, o Censo apontou mais de 67 mil pessoas (5,5% da população a partir dos 15 anos) não alfabetizadas, prejudicadas na realização de atividades do dia a dia, como fazer compras no supermercado, seguir instruções ou placas para encontrar um endereço, tomar o remédios corretamente ou se comunicar via Whatsapp. Para reduzir estes índices, a Jornada de Alfabetização terá 150 turmas na Região Metropolitana do Recife, além de 30 em Caruaru e 20 em Petrolina.

O índice de pessoas excluídas do letramento varia entre grupos sociais ou regionais, sendo o analfabetismo mais um elemento das desigualdades sociais e econômicas que marcam o acesso à educação no país. Nacionalmente, as pessoas pardas (8,8%), pretas (10,1%), nordestinas (14,2%), indígenas (20,8%) e quilombolas (25,9%) estão entre os grupos com as maiores taxas de analfabetismo. Isso levou a campanha a concentrar esforços nos nove estados da região Nordeste, além de turmas em Minas Gerais e São Paulo.

O método Sim, eu posso foi desenvolvido na década de 1990, pelo Instituto Pedagógico Latino-Americano e Caribenho, e colocado em prática em Cuba. Em mais de três décadas, a metodologia foi aperfeiçoada e aplicada no Haiti, Venezuela, Zâmbia e outras nações. No Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) usa desde 2006 o método nos assentamentos. O poder público também aplicou, casos da Prefeitura de Maricá (RJ) e dos governos estaduais da Bahia e do Maranhão.

Em todo o Brasil são 1.350 turmas, cada uma tendo um educador responsável, auxiliado por coordenadores de turmas, coordenadores pedagógicos, mobilizadores sociais e comunicadores populares. O objetivo é alfabetizar 18 mil pessoas em todo o país. A campanha está estruturada desde o primeiro semestre e tinha previsão inicial para começar no mês de março, mas seguidos atrasos no repasse de recursos para viabilizar as aulas postergaram o início da campanha.

A iniciativa integra o Pacto EJA pela Superação do Analfabetismo, do MEC. Integram a Jornada de Alfabetização organizações da sociedade civil como o Movimento Sem Terra (MST), Movimento Brasil Popular (MBP), o Levante Popular da Juventude, o Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD) e o Movimento Camponês Popular (MCP).

Editado por: Vinicius Sobreira
Tags: caruarujaboatãojaboatão dos guararapesolindapernambucopetrolinarecife

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