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Trabalho precário

Maioria dos trabalhadores da escala 6×1 ganha até um salário-mínimo e meio

Atlas da Escala 6x1 será lançado nesta sexta-feira (1º) na Feira Literarária Internacional de Paraty (Flip)

01.ago.2025 às 12h41
Rio de Janeiro (RJ)
Juliana Passos
Maioria dos trabalhadores da escala 6×1 ganha até um salário-mínimo e meio

Trabalhadores reivindicam melhores salários e mais tempo livre - Tomaz Silva/Agência Brasil

Média salarial de um salário mínimo e meio, necessidade de passar mais de uma hora e meia em deslocamento até o trabalho e impacto negativo na vida pessoal para 75% dos trabalhadores. Os dados são do Atlas da Escala 6×1, lançado nesta sexta-feira (1º), durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

“Esse Atlas é uma síntese. Síntese parcial, já que é impossível traduzir, em palavras e mapas, o sofrimento da classe trabalhadora da escala 6×1. É oportuno, também, lembrar que o lançamento ocorre em uma festa dedicada a literatura e, agora, aos livros que não foram lidos, em função da ausência de tempo e recursos, pelos trabalhadores da escala 6×1. A festa, assim desejo, anunciará o bom combate pelo fim da escala 6×1”, disse ao Brasil de Fato o coordenador do Observatório do Estado Social Brasileiro, Tadeu Arrais.

O Atlas é resultado de uma parceria entre pesquisadores do Observatório, do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e da Associação Trabalho, Rede, Acompanhamento e Memória (Trama). A pesquisa foi realizada a partir de um questionário com 26 questões e que teve como respondentes 3.775 trabalhadores em 394 municípios brasileiros entre  dezembro de 2024 e maio de 2025.

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O levantamento aponta que o rendimento médio de 46% dos trabalhadores em escala 6×1 está entre  R$1.412 e R$2.120 e outros 22% recebem até um salário-mínimo. Os baixos salários afetam em especial as mulheres negras. O indice de mulheres negras que recebem salários de até R$ 2.120,00 chega a 80,7%, superior à das pessoas negras em geral (73%), e muito superior à das pessoas brancas em geral (59,47%). Entre os entrevistados, quase 70% não via possibilidade de melhoria salarial na sua ocupação atual. Mas para além de refletir sobre os baixos salários, o Atlas mostra a importância do tempo livre para a qualidade de vida da classe trabalhadora.

O impacto negativo do trabalho em escala 6×1 fica evidenciado pelo alto índice de pedidos de atestado – 27% dos trabalhadores apresentaram atestados médicos no último mês e 21% relataram atrasos ao trabalho — dados que evidenciam o esgotamento gerado por essa jornada. A pesquisa também mostra que 33% gastam mais de uma hora e meia no deslocamento casa-trabalho, sendo que muitos ultrapassam 30 km por dia apenas na ida.

Entre as categorias que registraram maior nível de impacto estão os comerciários (caixas de supermercado, balconistas e vendedores de lojas), em que 87% relatou ter a vida pessoal prejudicada pela escala 6×1. Entre as atividades mais prejudicadas são as de lazer (52,6 %), relacionamentos familiares (43,5%) e repouso (37,9%). Essa insatisfação também se reflete na dificuldade que alguns empregadores estão enfretando para a contratação, com a necessidade de recorrer até mesmo ao Exército.

Telemarketing

Já entre os trabalhadores de telemarketing esse índice sobe para 95%, o mesmo percentual que defende o fim dessa escala. A pesquisa mostrou ainda que menos de 1% permanece mais de 3 anos na mesma empresa. No capítulo destinado à categoria, o relato de uma trabalhadora indica a necessidade de atender 150 ligações por dia e não gastar mais de dois minutos em cada. “Não raro, recebíamos demandas sobre aparelhos e promoções que sequer sabíamos do que se tratavam”, diz o depoimento de uma trabalhadora de telemarketing entre 2004 a 2008 e que de acordo com a pesquisa realizada se mantém atual.

Em entrevista ao Brasil de Fato em 2023, a trabalhadora Alessandra Alves relata uma série assédios e pressões no trabalho. Ela indica ser prática comum a demissão após a licença maternidade e o controle do tempo no banheiro. “A pressão psicológica era todo dia uma tortura. Teve um episódio comigo que eu vi que era meu limite. Uma supervisora que veio de São Paulo chegou e colocou no grupo de Whatsapp de todos os funcionários ‘Alessandra está há 30 minutos no banheiro, o que está acontecendo?’. Para todo mundo ler”, contou à reportagem na época.

No texto sobre a indústria, os dados da pesquisa demonstram que cerca de 70,1% dos trabalhadores já foram desviados de sua função; 67,5% já tiveram sua jornada de trabalho alterada em relação ao contrato; 41,5% tiveram uma de suas folgas do domingo, ou feriado, trocada por uma folga durante a semana; e cerca de 39% já sofreram algum tipo de assédio verbal ou físico no local de trabalho. De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, que reúne dados de trabalhadores formais, os trabalhadores da indústria somavam 4.6 milhões de trabalhadores e, em sua maioria, está ocupada em abatedouros e frigoríficos, fábricas de panificação, bebidas e alimentos em geral, na produção e refino do açúcar, na confecção de fios e roupas e na produção de calçados, de móveis, materiais de plástico.

A escala 6×1 está entre os temas tratados no Plebiscito Popular que está em curso em todo o Brasil até o dia 7 de setembro. Após o encerramento das votações em setembro e a apuração das urnas, a secretaria do plebiscito popular irá comunicar o resultado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF). A redução da jornada também é alvo de uma Proposta de Emenda Complementar (PEC), feita pela deputada federal Erika Hilton, em que se estabelece uma jornada de quatro dias trabalhados por três de descanso e que não ultrapasse 36 horas semanais trabalhadas.

Editado por: Vivian Virissimo
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