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ARTIGO

O Brasil entre o imperialismo e a soberania: é hora de reagir

A defesa da soberania precisa caminhar junto com a defesa da justiça social, fortalecendo a disputa ideológica

08.ago.2025 às 16h40
Belo Horizonte (MG)
Ana Carolina Vasconcelos
O Brasil entre o imperialismo e a soberania: é hora de reagir

"As recentes ações de Trump, com o aumento abusivo de tarifas sobre produtos brasileiros e a tentativa de intervir nas instituições nacionais, revelam um padrão: o uso combinado de guerra econômica, diplomática e simbólica para subordinar países que resistem à lógica imperial." - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Está em curso uma ofensiva imperialista liderada pelos Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, que ameaça diretamente a soberania do Brasil e de outros países do Sul Global. 

Em meio à transição geopolítica do mundo — da unipolaridade para a multipolaridade —, com a ascensão de potências como China e Rússia e o fortalecimento de articulações como o BRICS, os EUA reagem com agressividade para manter sua hegemonia. E o Brasil, com seus recursos estratégicos e papel geopolítico relevante, tornou-se um alvo direto dessa ofensiva.

Atualmente, o BRICS reúne quase a metade da população mundial e 40% da riqueza produzida globalmente. Os países do bloco também possuem aproximadamente 72% das reservas globais de terras raras, minerais que podem ser utilizados na fabricação de ímãs, baterias, carros eletrônicos, tecnologia de defesa, entre outros, e são, portanto, estratégicos para a transição energética. 

Ao anunciar tarifas contra a Índia, Trump citou explicitamente a presença do país no BRICS como uma das razões para a sanção. Atualmente, cinco dos 11 países que compõem o bloco estão entre os mais taxados pelos EUA. Brasil e Índia são os mais afetados do mundo, com tarifas de 50%.

As recentes ações de Trump, com o aumento abusivo de tarifas sobre produtos brasileiros e a tentativa de intervir nas instituições nacionais, revelam um padrão: o uso combinado de guerra econômica, diplomática e simbólica para subordinar países que resistem à lógica imperial. 

A justificativa do déficit comercial com o Brasil foi rapidamente desmentida. O verdadeiro objetivo é forçar o país a ceder em temas estratégicos, como a regulação das big techs e plataformas digitais e a exploração de minerais críticos e terras raras — bens que, segundo Lula, não serão entregues como no passado, mas cujo destino ainda está em disputa.

Tentativa de desestabilização

Trump também utilizou como argumento para a taxação do Brasil o processo de julgamento de Jair Bolsonaro, seu aliado político que está prestes a ser condenado pela participação na tentativa de golpe de Estado. Tendo acionado a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e feito sucessivas ameaças às autoridades brasileiras.  

As últimas movimentações do imperialismo estadunidense estão entre as maiores investidas contra a autonomia do Brasil nas últimas décadas e encontram eco em setores internos. A extrema direita bolsonarista, diante da iminente condenação de seu líder, intensifica a retórica golpista e adota uma postura de enfrentamento direto às instituições democráticas. 

A paralisação da Câmara dos Deputados por bolsonaristas, exigindo anistia aos golpistas de 8 de janeiro e o impeachment de Moraes, escancara a tentativa de desestabilizar o regime democrático e criar as condições para um novo ciclo autoritário.

O campo bolsonarista já dá como dada a condenação do seu líder e, por isso, aposta no “tudo ou nada”, para, a partir das respostas mais contundentes do STF, tentar construir a narrativa de que as instituições brasileiras são antidemocráticas e manter a coesão e disposição da sua base social.  

O país já vinha em um processo de acirramento da conjuntura, após a votação sobre o IOF no Congresso Nacional e a mudança de postura do governo Lula, que passou a fazer embates mais claros, assumiu a estratégia de politização da população, denunciou o cerco do centrão às pautas do governo e intensificou o diálogo com a sociedade sobre propostas de cunho popular, como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês, a taxação dos super-ricos e o fim da escala 6×1. 

O governo federal também assumiu postura firme ao levantar a defesa da soberania nacional, diante das investidas norte-americanas. 

Cenário está em aberto

A resposta da extrema direita a essas movimentações foi clara: existe uma tentativa de golpe sendo orquestrada pelos EUA e pelo bolsonarismo no Brasil, que querem impedir a reeleição de Lula em 2026. Mas o cenário está em aberto.

Ao mesmo tempo que a taxação do Trump pode impactar negativamente a economia brasileira, pode ser uma oportunidade para que o Brasil estreite ainda mais as suas relações econômicas com os países do BRICS e do Sul Global. 

Ao mesmo tempo que as investidas sobre os minerais críticos brasileiros pode significar que os recursos naturais do país sejam utilizados mais uma vez como moeda de troca, pode ser uma oportunidade para que a política nacional de minerais críticos, que deve ser elaborada até novembro, seja mais avançada. 

Ao mesmo tempo que a estratégia do “tudo ou nada” pode ajudar a manter organizada a base bolsonarista, pode também intensificar a descredibilização desse setor na sociedade e rearticular a unidade democrática em torno da defesa da soberania. 

O desenrolar da conjuntura política no país depende da postura adotada pela esquerda e pelo governo federal. Para sairmos com um saldo positivo, cabe ao governo Lula manter e aprofundar a sua guinada política, apostando na politização da sociedade e defendendo pautas populares. 

Atuação da esquerda será determinante

Cabe à esquerda brasileira organizada em movimentos populares, sindicatos, partidos políticos, etc, aprofundar a mobilização em torno da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, da taxação dos super-ricos e do fim da escala de trabalho 6×1, escancarando as contradições entre os interesses populares e os interesses das classes dominantes e denunciando a atuação imperialista. 

A defesa da soberania precisa caminhar junto com a defesa da justiça social — dois pilares inseparáveis para uma alternativa popular ao projeto das elites brasileiras e do imperialismo.

Nesse contexto, a construção do Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo ganha ainda mais centralidade, como instrumento de disputa ideológica, construção de força social e construção da frente popular.

Desde 2022, diversos setores da esquerda buscam implementar a tática da combinação da frente ampla com a frente popular, de forma a alinhar a defesa da democracia com o acúmulo de forças em torno do projeto democrático e popular. Porém, ao longo dos três primeiros anos do terceiro governo Lula, não conseguimos consolidar a frente popular e a frente ampla se diluiu. 

A construção do plebiscito popular, que já colheu mais de 500 mil votos em todo o país, demonstra a potência de uma iniciativa política unitária da esquerda em torno de linhas de massas que dialoguem com o povo brasileiro. E o atual cenário reabre a possibilidade de implementação da tática de combinação de frentes. 

É preciso combinar a defesa irrestrita da soberania nacional, com a defesa do  governo Lula e pressão por medidas que melhorem a vida do povo, encontrando o elo entre o nacional e o popular. Essa é a chave para barrar Trump, Bolsonaro e todo o projeto que eles representam. E é, também, o caminho para que o Brasil avance — com o povo no centro do poder.

É momento de reagir, fortalecendo a mobilização de base em defesa da soberania nacional, da isenção do IR, da taxação dos super-ricos e do fim da escala 6×1, a partir da construção do plebiscito popular. Fortalecer a unidade da esquerda capaz de enfrentar o bolsonarismo e as contradições no interior da frente ampla. Disputar o patriotismo popular, a narrativa sobre a soberania e os símbolos nacionais. E de reforçar o nosso internacionalismo, denunciando a ingerência imperialista, fortalecendo o BRICS e reafirmando a autodeterminação dos povos como eixo central.

Ana Carolina Vasconcelos é socióloga e jornalista.

—

Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.

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