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Morte de Miguel Uribe tem impacto imediato no cenário político, mas não deve afetar eleições de 2026 na Colômbia, dizem analistas

Para pesquisadores ouvidos pelo Brasil de Fato, esquerda ainda tem vantagem por estar mais organizada

12.ago.2025 às 21h24
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago
Morte de Miguel Uribe tem impacto imediato no cenário político, mas não deve afetar eleições de 2026 na Colômbia, dizem analistas

Corpo de Miguel Uribe foi velado no Congresso colombiano - Raul ARBOLEDA / AFP

A morte do senador Miguel Uribe muda de imediato o cenário político colombiano para as eleições presidenciais de 2026. A direita busca se reorganizar e tenta unificar uma candidatura para enfrentar uma esquerda que hoje é governo, mas que vê a avaliação de Gustavo Petro cair conforme a oposição capitaliza com o atentado.  

Faltando 292 dias para o pleito, o ataque contra o congressista do Centro Democrático mostrou mais um capítulo da violência política na Colômbia e passou a ser usado como instrumento do grupo de direita. Miguel Uribe não era um nome forte da oposição, mas o atentado jogou luz sobre um grupo que antes estava enfraquecido. 

Leyder Perdomo é professor de Direito e Ciência Política da Universidade de Antioquia, na Colômbia, e afirma que o Centro Democrático vai tentar não só ganhar força com esse episódio, mas prejudicar a imagem do governo.

“Esse é um fator que a direita vai usar para se fortalecer. Eles apresentaram mostras disso, tentando jogar a responsabilidade para o governo. Miguel Uribe não era um líder com capacidade de aglutinar um projeto coeso da direita, mas o nome dele ganha força depois do atentado e da sua morte”, disse ao Brasil de Fato.

Os grupos opositores tentaram vincular a participação de Petro na morte de Uribe. O próprio advogado da família, Víctor Mosquera, anunciou que faria uma queixa-crimine contra o presidente colombiano pelo crime de assédio ao político da oposição. Segundo ele, “há mais de 43 tweets em uma rede social onde Petro gerou um ambiente hostil, discriminatório e de ódio contra Miguel Uribe”.

Essa busca na tentativa de vincular o presidente ao assassinato não foi provada e sequer foi cogitada pelo Ministério Público. Até agora, seis pessoas foram presas. Uma delas é um jovem de 14 anos, acusado de ser o autor dos disparos. Outras 5 pessoas foram indiciadas pela polícia como organizadores do atentado. 

Carlos Fernando Triana, diretor da Polícia Nacional da Colômbia, afirmou que as investigações até agora indicam que a principal organização envolvida com o caso é a Segunda Marquetalia, dissidente das guerrilhas de esquerda Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O motivo ainda não está claro. O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, trabalha com duas possibilidades: um ataque contra o que Uribe e o seu grupo representam, ou uma forma de desestabilizar o governo de Petro.

Para German Valencia, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Antioquia, o governo já provou não ter envolvimento neste caso e disse que há uma motivação “claramente política” em vincular o presidente a este caso por três fatores.  

“Primeiro por uma polarização recente que há entre grupos econômicos e o governo pela reforma trabalhista. Segundo pela proposta de Petro de fazer uma consulta popular sobre as reformas. E terceiro, a possibilidade de fazer uma Assembleia Constituinte com mudanças expressivas, incluindo de reeleições. Ele aumentou a popularidade e isso ficou muito marcado para os opositores como uma preocupação”, disse ao Brasil de Fato.

Além de notas e declarações tentando capitalizar politicamente com esse atentado, o Centro Democrático organizou manifestações no hospital e alguns nomes ganharam força nas últimas semanas. Ainda sem um nome definido para substituir Miguel Uribe no pleito presidencial de 2026, quem larga na frente é a jornalista e diretora da revista Semana, Vicky Dávila. 

Ela começou a se posicionar de maneira cada vez mais contundente contra o governo desde o ataque contra o senador. Nesta semana, ela disse em entrevista ao site Diario de Las Americas que o atentado está diretamente ligado à decisão de prender o ex-presidente Álvaro Uribe, em uma tentativa do governo de “apagar seus adversários”. Por conta disso, ela tem crescido nas pesquisas com um discurso cada vez mais ligado à extrema direita. 

A oposição ainda estuda nomes como o das senadoras Maria Fernanda Cavalo e Paloma Valencia, que são lidas como “uribistas puras” e que circulam mais ao redor do ex-mandatário do que a jornalista. Ainda há um ceticismo de uma ala importante do Centro Democrático de embarcar em uma candidatura de Vicky Dávila, que não tem uma trajetória importante na política. 

Esquerda mais coesa

Enquanto a direita do país ganha força, Petro vai mantendo uma popularidade razoavelmente baixa. Sinal disso é a pesquisa de opinião do Instituto Invamer publicada em 8 de agosto. O levantamento indicava que a aprovação do mandatário está em 37%, enquanto desaprovação está em 58%. 

Os dados mostram uma melhor pequena em relação à pesquisa anterior, mas indicam ainda um cenário difícil para a coalizão governista Pacto Histórico. Para Perdomo, ainda que Petro vá perdendo popularidade, esse é um fenômeno que se expressa de maneira mais clara nos centros urbanos. Segundo ele, no interior do país o presidente ainda tem um grande apoio.

“Essa queda de popularidade ficou marcada em Bogotá. Em Medellín ele já não tinha tanta força. Mas as acusações contra ele são exageradas. É um nexo de causalidade que colocaram na cena pública, mas que não tem base. Essa violência tende a perder força com o tempo e é uma realidade que paradoxalmente a esquerda sempre sofreu e marca o tom público”, afirmou.

O oxigênio dessa narrativa também é questionado por Valencia. Para ele, o impacto imediato desse atentado é evidente, mas a tendência é que isso perca força até as eleições. A percepção de momento dentro do Centro Democrático é a de que se as eleições fossem realizadas agora, possivelmente um candidato da direita ganharia. 

“Depois de alguns dias, esse sentimento se perde e em alguns meses o interesse sobre isso se perde. Esse apoio forte pode diminuir muito em um ano, é um assunto que não se sustenta. Mas essa luta contra organizações criminosas, segurança e busca de investimento será apropriado pela direita. Esse grupo vai usar essas pautas como uma pauta da oposição e não do governo”, disse.

Como Petro não pode se candidatar a reeleição, a esquerda tem buscado nomes para se manter na presidência. Em outubro será realizada uma consulta com os pré-candidatos. Até agora, estão na disputa a ex-ministra da Saúde Carolina Corcho, a senadora Gloria Flórez, a ex-ministra do Meio Ambiente Susana Muhamad, o ex-embaixador Camilo Romero, o ex-prefeito de Medellín Daniel Quintero, e o ex-senador Gustavo Bolívar. 

Este último é quem lidera as pesquisas no campo progressista, mas ainda não mostra um favoritismo. Quem vencer esta consulta vai disputar em março um segundo referendo contra os candidatos da Frente Ampla, outra coalizão da esquerda colombiana.

Perdomo entende que há dois perfis claros. De um lado uma esquerda mais “próxima aos compromissos históricos da esquerda democrática na Colômbia”, encabeçada por Susana Mohamad, Maria Jose Pizarro e Gustavo Bolívar. Do outro está uma esquerda mais radical.

“A esquerda tem mais chance até agora tanto para o Executivo quanto para o Legislativo, mas é muito cedo para fazer essa projeção faltando um ano. Acho que a morte muda muito agora, mas talvez não seja determinante para as eleições. Não acho que em médio prazo isso tenha um impacto eleitoral, mas nas próximas semanas o desenrolar dessa história pode ter desdobramentos mais contundentes”, disse.

Condenação tem mais peso

Para os analistas ouvidos pelo Brasil de Fato, a prisão do ex-presidente Álvaro Uribe será mais importante nessa disputa eleitoral. Ele foi condenado por suborno em processo penal e fraude, no âmbito de uma investigação sobre manipulação de testemunhas.

Os analistas entendem que, por ser a figura mais importante da direita colombiana, o Centro Democrático perderá força. Ele foi responsável por fundar o partido e é o principal nome da oposição colombiana.

A direita também tentou reverter os danos dessa condenação vinculando Petro ao caso. A senadora Paloma Valencia disse que a decisão era uma “perseguição” que se deu pelo medo que Petro tem do ex-presidente.

A professora de Direito Constitucional da Universidade de Antioquia Dora Saldarriaga afirma que não há nenhuma prova da relação de Petro com o processo judicial. Para ela, o presidente enfrenta justamente um conflito com a Justiça colombiana e, por isso, precisa não entrar em conflito com a instituição.

“É certo que Petro fez denúncias importantes contra o paramilitarismo e a relação com Uribe em 2007, algo que foi usado e aprofundado. Mas Petro não tem nada a ver. É claro que é para ele algo que tem peso político, mas ele não tem envolvimento. Essa relação não tem fundamento. A história do processo penal tem tudo para dizer que se decantou de maneira natural”, disse.

Editado por: Thalita Pires
Tags: colombiagustavo petro
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