Os EUA declararam nesta terça-feira (19) que vão ajudar na coordenação das garantias de segurança para a Ucrânia no contexto das negociações para a resolução da guerra e “possivelmente fornecerão outros meios” para tal. A informação foi divulgada pela a secretária de imprensa da Casa Branca, Carolyn Levitt.
Ao mesmo tempo, a porta-voz destacou que o presidente Donald Trump “definitivamente descartou” o envio de tropas estadunidense à Ucrânia como parte de uma garantia de segurança para a Ucrânia, mas não descartou outras opções, incluindo apoio aéreo.
“Essa é uma opção e uma possibilidade. Não vou descartar nenhuma das opções militares que o presidente tem. Deixo isso para ele. Posso dizer que ele descartou definitivamente o uso de tropas terrestres”, disse Leavitt em um briefing na Casa Branca, ao ser questionada se os EUA poderiam fornecer apoio aéreo como garantia de segurança.
“Certamente podemos ajudar a coordenar e talvez fornecer outros meios para ajudar a garantir a segurança de nossos aliados europeus”, acrescentou a porta-voz.
Ela ainda destacou que Donald Trump entende que as futuras garantias de segurança para Kiev devem permanecer em vigor após o fim de sua presidência.
Anteriormente, Donald Trump já havia dito, também nesta terça, que poderia garantir que não enviaria tropas americanas à Ucrânia para garantir que o acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia fosse mantido. A declaração foi concedida em uma entrevista à Fox News.
A questão sobre as garantias de segurança da Ucrânia estão no centro das negociações para um acordo de paz e foi um dos principais tópicos na reunião de Donald Trump com Volodymyr Zelensky e seu aliados europeus, realizada nesta segunda-feira (18), na Casa Branca.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que os aliados europeus e Washington concordaram que as futuras garantias de segurança para Kiev deveriam incluir o apoio ao exército ucraniano e a criação de forças de segurança em mar, ar e terra.
Rússia rejeita presença da Otan na Ucrânia
O Ministério das Relações Exteriores russo, por sua vez, declarou nesta segunda que todos os cenários para a resolução do conflito ucraniano que envolvam o envio de tropas da Otan para a Ucrânia são “categoricamente inaceitáveis para a Rússia”.
“Reafirmamos nossa posição reiteradamente expressa de rejeição categórica a quaisquer cenários que envolvam o surgimento de um contingente militar na Ucrânia com a participação de países da Otan, o que pode levar a uma escalada descontrolada do conflito com consequências imprevisíveis”, declarou Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa em um comunicado publicação no site da pasta.
Durante a coletiva de imprensa realizada após a reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump, no Alasca, o líder russo afirmou que Moscou concorda que a segurança da Ucrânia deve ser garantida e está pronta para trabalhar nessa direção. No entanto, as condições de segurança de Kiev que a Rússia estaria disposta a aceitar ainda não foram especificadas pelo Kremlin.