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Agentes da GCM realizam reintegração de posse violenta no Teatro de Contêiner (SP) e artistas resistem

Artistas e apoiadores permaneceram no local para um breve ato em repúdio à ação; terreno é de propriedade do município

19.ago.2025 às 20h30
São Paulo (SP)
Carolina Bataier
Agentes da GCM realizam reintegração de posse violenta no Teatro de Contêiner (SP) e artistas resistem

Artistas e apoiadores da Cia Munguzá de Teatro protestam do lado de fora do prédio contra violenta reintegração nesta terça-feira - Carolina Bataier/Brasil de Fato

Na tarde desta terça-feira (19), o Teatro de Contêiner Mungunzá, localizado no centro de São Paulo, foi alvo de uma ação de reintegração de posse. Abandonado por anos, o espaço localizado na rua dos Gusmões é sede da Cia Mungunzá desde 2017 e se tornou uma importante ocupação artística, cultural e social em uma região conhecida pela extrema vulnerabilidade das pessoas que por lá vivem e circulam.

Com 11 contêineres, o teatro foi vencedor de prêmios, realizou cerca de quatro mil atividades artísticas ao longo de nove anos e se tornou referência como ferramenta de transformação social na região.

Imagens publicadas no perfil do Instagram do espaço no final da tarde desta terça-feira mostram agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) entrando no prédio e retirando os artistas, com uso de força. Uma profissional que trabalha na companhia alerta um dos agentes que se aproxima dela. “Vocês são policiais? Não são? Não são nem policiais femininas.”.

Segundo Carmen Lopes, coordenadora do Coletivo Tem Sentimento, que também utiliza o espaço, os agentes quebraram as paredes do prédio para entrar no edifício onde fica o teatro. “Falaram que iam usar o prédio e a gente começou a tirar as coisas do local, e aí, quando fui ver, começou o tumulto, usaram spray de pimenta. Primeiro veio o pessoal da prefeitura e depois a GCM”, relatou.

Do lado de fora, pessoas protestaram contra a ação da GCM. “Covardes”, gritavam os manifestantes.

“A gente tá sofrendo uma reintegração de posse truculenta aqui pelo governo do Estado de São Paulo querendo dizimar o Teatro de Contêiner Mungunzá porque simplesmente amanhã vai ter um evento aqui, que o governador e o prefeito vão e eles querem mostrar que a cracolândia acabou”, denunciou, em vídeo, o ator e produtor Marcos Felipe, integrante e um dos fundadores da Cia Mungunzá de Teatro.

Uma manifestação espontânea em repúdio ao ato dos agentes municipais foi realizada no início da noite e contou com a presença de artistas, lideranças políticas e apoiadores da causa, que permaneceram do lado de fora do prédio alvo da ação de despejo, mas dentro do terreno, como um ato de resistência.

O ator e cofundador da Cia Mungunzá de Teatro Leo Akio explica que existe uma disputa judicial em curso e que a companhia tenta negociar um prazo maior para a saída do local. Essas tratativas, segundo o artista, foram atropeladas pelo poder público. “O novo aviso que dava 15 dias de prazo irrevogáveis venceria na quinta-feira. A gente estava lutando por mais prazo, pedimos para parlamentares, fazerem pressão, até para o governo federal ajudar. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, mandou um ofício para o prefeito Ricardo Nunes pedindo de 120 a 180 dias a mais”, conta.

Akio relata que a companhia também foi orientada a protocolar um pedido de dilação de prazo para dar força à negociação. “Isso foi feito hoje [nesta terça-feira], meio-dia, quando eram quatro horas da tarde, já tinha uma ‘mão oficial’ aqui com um processo falando que foi indeferido o nosso pedido, então já estava tudo meio organizado”, explica.

A vereadora Luana Alves (Psol-SP) relata que a Prefeitura de São Paulo faria um evento nesta quarta-feira no local e acredita que a reintegração antecipada pode ter relação com isso. “Havia toda uma estrutura para evento, com tenda montada, cadeiras. Agora, depois da resistência, tudo está sendo desmontado. Para mim mostra que foi uma ação [de reintegração] bizarra. O ataque ao teatro tem a ver com esse evento de amanhã [quarta-feira], embora eles [poder público] neguem isso. E eu vou fazer um requerimento ao município para saber quanto custou essa montagem e essa desmontagem”, afirma.

O terreno de propriedade do município está ao lado de onde se concentrava o fluxo da Cracolândia, esvaziado no último 13 de maio com ações repressivas da GCM.

Vídeos divulgados nas redes sociais da companhia mostram ação truculenta da GCM | Reprodução/Instagram

O prédio alvo de reintegração e que compõe a estrutura do Teatro do Contêiner está trancado e sendo vigiado pela GCM. À reportagem do Brasil de Fato, artistas relataram temer novas ações de repressão nas próximas horas.

Especulação imobiliária

Em maio, a prefeitura de Ricardo Nunes (MDB) entregou uma notificação extrajudicial aos artistas do Teatro de Contêiner Mungunzá, dando o prazo de 15 dias para que se retirem da área, localizada na região da Luz, no Centro de São Paulo (SP).

O grupo recorreu da decisão com apoio da Defensoria Pública, em busca de mais tempo para organizar apoios e estratégias de permanência.

Na notificação enviada em maio, a Prefeitura de SP diz entender que “a área onde está situada atualmente o Teatro de Container (sic) é um ponto estratégico para que seja instrumentalizado um novo programa habitacional municipal”.

Outro lado

A reportagem do Brasil de Fato entrou em contato com a assessoria de imprensa da GCM e questionou sobre a truculência da ação desta terça-feira. Em nota, a GCM confirma que realizou uma “operação na Rua dos Protestantes para a desocupação de um imóvel localizado ao lado do Teatro de Contêineres. O prédio, que está interditado e será demolido pela Prefeitura de São Paulo, foi invadido por um grupo de pessoas que utilizava um acesso clandestino feito a partir do terreno do teatro. Diante da invasão e da negativa para desocupação deste imóvel, foi necessária uma intervenção por parte das forças de segurança. O local está trancado e preservado”.

Editado por: Maria Teresa Cruz
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