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Luta pela cultura

Prefeitura de SP dá mais 60 dias para Teatro de Contêiner deixar o local; artistas protestam

Prazo para reintegração de posse do terreno venceu nesta quinta-feira (21)

21.ago.2025 às 22h26
São Paulo (SP)
Carolina Bataier
Prefeitura de SP dá mais 60 dias para Teatro de Contêiner deixar o local; artistas protestam

Na terça-feira (19), apoiadores realizaram manifestação no espaço do Teatro de Contêiner - Carolina Bataier/Brasil de Fato

A prefeitura de São Paulo deu prazo máximo de 60 dias para que os artistas do Teatro de Contêiner Mungunzá transfiram as atividades para um novo local. Com isso, a Cia de Teatro Mungunzá pode ficar no espaço até o dia 20 de outubro.

A nota, enviada pela assessoria de imprensa da administração municipal, chegou à reportagem do Brasil de Fato na noite desta quinta-feira (21), data em que venceu o prazo inicial para a desocupação da área.

O comunicado informa sobre a dilação de prazo para a retirada da estrutura do terreno e afirma que alternativas foram ofertadas à companhia teatral. “A administração ofereceu também nesta quinta-feira mais uma área para que o grupo se instale de forma legalizada”, escreveu a prefeitura.

O grupo, no entanto, não havia recebido o informe do novo prazo. “Não tem um pronunciamento oficial”, afirma Léo Akio, ator e cofundador da Cia Mungunzá de Teatro, responsável pela administração do local. A reportagem falou com o grupo minutos antes de receber a nota da prefeitura. Com relação aos novos espaços oferecidos, os artistas afirmam que não atendem à totalidade das exigências para que os trabalhos sejam mantidos.

O novo prazo foi definido após a publicação de um ofício da Superintendente do Patrimônio da União em São Paulo (SPU/SP) indicando que o órgão está “buscando viabilizar um imóvel da União que possa abrigar o Teatro, contudo este processo envolve questões administrativas e cartoriais que demandam um prazo mínimo de seis meses para serem resolvidas”.

A manifestação da SPU responde ao pedido encaminhado pela deputada federal Luciene Cavalcante (Psol-SP), ressaltando a relevância histórica e cultural do atual espaço onde está instalado o Teatro de Contêiner.

“Considerando que o espaço se localiza em território historicamente vulnerabilizado da região central de São Paulo e desempenha papel estratégico na proteção social, cultural e comunitária da população em situação de rua e de grupos vulneráveis, solicitamos à Vossa Excelência a concessão da prorrogação requerida, garantindo tempo hábil tanto para a realocação em curso junto à União quanto para a definição do destino do patrimônio cultural em questão”, informa o documento.

Apoio da classe artística

Também na noite desta quinta, cercados de apoiadores, os artistas realizaram mais uma manifestação na rua General Couto de Magalhães, espaço histórico do Teatro de Contêiner. Cerca de 300 pessoas estiveram no local, em apoio à Cia de Teatro Mungunzá e à história deste importante ponto de cultura.

Desde o início do processo que pede a remoção do Teatro de Contêiner, o grupo recebeu apoio de várias figuras públicas, como o ator e comediante Fábio Porchat, a atriz Marieta Severo e a atriz Fernanda Torres, que escreveu uma carta aberta ao prefeito Ricardo Nunes.

“É um teatro de praça, aberto ao público e, apesar do cuidado da prefeitura de encontrar um outro espaço para que as atividades da trupe continuem, este lugar não atende às características do trabalho desenvolvido no teatro da rua dos Gusmões”, argumentou a atriz.

Com 11 contêineres, o teatro foi vencedor de prêmios, realizou cerca de 4 mil atividades artísticas ao longo de nove anos e se tornou referência como ferramenta de transformação social na região.

Especulação

A reintegração de posse da área faz parte de um projeto da chamada “revitalização” do centro de São Paulo. Em maio deste ano, a prefeitura de Ricardo Nunes (MDB) entregou uma notificação extrajudicial aos artistas do Teatro de Contêiner Mungunzá, dando o prazo de 15 dias para que se retirassem da área, localizada na região da Luz, no Centro da capital paulista.

O grupo recorreu da decisão com apoio da Defensoria Pública, em busca de mais tempo para organizar estratégias de permanência.

Na notificação enviada em maio, a Prefeitura de SP diz entender que “a área onde está situada atualmente o Teatro de Container (sic) é um ponto estratégico para que seja instrumentalizado um novo programa habitacional municipal”.

Na nota enviada ao Brasil de Fato, a prefeitura informa que com a transferência, “irá revitalizar a região, inclusive com a construção de um prédio de habitação de interesse social”.

Prédio desocupado e lacrado

Ao lado do teatro, no mesmo terreno, fica a sede da ONG Tem Sentimento, instalada em um prédio antigo e que estava abandonado pelo poder público. O projeto atua na redução de danos e na geração de renda para mulheres cis e trans por meio da costura. Ali, ficavam guardados figurinos e equipamentos do teatro.

Na terça-feira (19), dois dias antes do vencimento do prazo da desocupação, agentes da Guarda Civil Metropolitana retiraram, com uso de força, os ocupantes do local. As imagens foram compartilhadas em redes sociais.

Do lado de fora, funcionários de uma empresa terceirizada montaram uma estrutura para um evento que seria realizado na manhã seguinte, com a presença do prefeito Ricardo Nunes.

Com a repercussão das imagens de violência contra os artistas, apoiadores da Cia de Teatro Mungunzá se uniram no local e o evento da prefeitura foi cancelado. A estrutura foi desmontada, mas o prédio segue lacrado. “Ninguém entra”, lamenta Akio. O coletivo Tem Sentimento já conta com um novo espaço.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: cracolandiaricardo nunesteatro de contêiner
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