Na lista dos 50 melhores álbuns brasileiros lançados no primeiro semestre de 2025 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), com Fim do Mundo, a banda Menores Atos estreia o show da turnê homônima em São Paulo, no Sesc Belenzinho, nesta sexta-feira (22). Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, o vocalista da banda, Cyro Sampaio, falou sobre a recepção do novo álbum, a volta aos palcos com a turnê e a relação entre arte e política.
Fim do Mundo, lançado em janeiro de 2025, é considerado o álbum mais conceitual da banda, dividido em três atos — Vazio, Em Demolição e Depois do Sol e da Chuva — em uma narrativa que explora a ideia do fim do mundo e das possibilidades de recomeço. A inspiração surgiu a partir do fim de um relacionamento, mas a arte está aberta a diversas interpretações, diz o vocalista.
“Existem vários tipos de fim do mundo, inclusive o fim do mundo quando você termina um relacionamento, e as letras do disco falam bastante sobre isso, sobre o término de um relacionamento e também as suas fases: a fase do vazio existencial, a fase do desgaste emocional, mas também a fase do renascimento”, conta.
A banda não lançava um novo disco desde 2018. O hiato permitiu a organização de uma bagagem de sentimentos e influências musicais acumuladas, que resultaram em Fim do Mundo. “Conseguimos colocar tudo o que a gente queria, tudo o que estávamos vivendo também. Fico muito feliz que tenha chegado não só no público de uma forma tão forte, nos shows, o pessoal já cantando as músicas novas a plenos pulmões, quanto também na crítica.”
Para o cantor, os artistas têm uma oportunidade única de condensar e expressar o que acontece ao seu redor — no mundo, na vida, na política — através da arte, seja na música, cinema ou dança. “A produção artística, quando vai para o mundo, assume vários outros significados que têm muito a ver também com a postura da banda, com as coisas em que a gente acredita e que nos constroem como seres humanos. Somos uma banda pautada nos assuntos políticos e nos posicionamentos, isso fica claro em todas as nossas postagens e também é combustível”, destaca.
Confira abaixo a íntegra da entrevista (a partir de 1h31min30s):
Para ouvir e assistir
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