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Cinema

Animação protagonizada por indígenas Tupinambá na Bahia traz reflexões sobre uso da tecnologia e reconexão com natureza

Produzido de forma coletiva, curta-metragem O Canto da Lua mistura estética anime com narrativa ancestral indígena

23.ago.2025 às 08h23
Salvador (BA)
Redação
Animação protagonizada por indígenas Tupinambá na Bahia traz reflexões sobre uso da tecnologia e reconexão com natureza

Obra surgiu a partir de oficinas de criação coletiva de histórias - Divulgação

Em uma aldeia indígena adormecida pelas telas dos celulares, o brilho da lua está quase extinto. Mas é a sabedoria dos anciãos e a força do Pajé que acendem uma nova jornada de reconexão, um redespertar coletivo. Este é o enredo da animação O Canto da Lua, uma obra que tem roteiro de criação coletiva dos Tupinambá de Olivença, povo indígena que habita a região sul da Bahia, direção de Sebastian Gerlic e apresenta uma reflexão sobre o uso das tecnologias digitais, a desconexão da humanidade e o respeito à natureza.

O lançamento ocorreu na Bahia no último sábado (16) na Comunidade Olhos D’Água, uma das 24 aldeias do Povo Tupinambá de Olivença, que fica na zona rural do município de Ilhéus. Já nessa quarta-feira (20), a animação foi lançada de forma virtual no Youtube, e pode ser conferida neste link. Durante todo o mês de agosto, o curta-metragem será exibido em escolas públicas de Cabrália e Olivença (BA).

O Canto da Lua é fruto de oficinas para criação coletiva de histórias promovidas pela ONG Thydêwá. Com protagonismo indígena em todas as etapas, a narrativa ganhou vida a partir da escrita colaborativa, passou pela adaptação do roteiro para o formato de curta-metragem, foi encenada na própria aldeia com os participantes e, por fim, transformada em animação, unindo a beleza da imagem em movimento à força das culturas originárias.

“A animação é um despertar para que as pessoas entendam que as tecnologias, apesar de serem ótimas para muitas coisas, estão distanciando as crianças das rodas de conversa com os anciãos, deixando de lado um ritual importante da aldeia, afastando as pessoas da Natureza. Isso está acontecendo na sociedade em geral, não é apenas com os povos indígenas”, afirma Kamaywha Tupinambá, uma das protagonistas do filme e que também atuou como produtora local.

Narrativa alerta para os desafios da hiperconectividade, sobretudo entre crianças e jovens, dentro e fora das comunidades indígenas – Divulgação

Para o diretor Sebastian Gerlic, “O Canto da Lua é um convite para a aldeia global refletir sobre o papel das novas tecnologias e de tudo aquilo que funciona por meio da eletricidade – televisão, computadores, celulares – que, embora sejam ferramentas maravilhosas, quando não sabemos utilizá-las adequadamente, tornam-se uma forma de nos desconectarmos da vida, das outras pessoas, da natureza e de nós mesmos. A mensagem do filme está relacionada à tristeza dessa desconexão e à plenitude da vida que a reconexão proporciona. É um convite para reconectar”, salienta.

A ideia e história original foram desenvolvidas em 2014 por um grupo de Tupinambá, protagonizado por nomes como Atã Xohã, Potyra Tê, Mbo’essara, Nynhã Gwarini, Irany e Tamanduá em cocriação com Maya Pataxó Hãhãhãe, Nara Oliveira, Ricardo Lopes, Keyane Dias, Sília Moan, Andrea Biancovilli, Fernanda Martins e Sebastián Gerlic. Já a roteirização foi realizada em 2025 por Atã Xohã Tupinambá, Kamaywha Tupinambá, Yala Meira, Mariela Tulián, Angelo Rosário, Fernanda Martins e Sebastián Gerlic.

Inovação e experimentação

O filme todo foi gravado com um celular e depois transformado em animação através do uso artístico de diferentes tecnologias. Para chegar ao resultado final, Sebastian Gerlic, representando a Thydêwá, trabalhou em parceria com o estúdio Mago, da França, liderado neste projeto por André da Costa. Mago é também o nome da ferramenta nativa de Inteligência Artificial que possibilitou a produção da transferência de estilo do vídeo. Com a participação de toda a equipe do projeto, inclusive dos Tupinambás, as filmagens receberam a estética de um ‘anime tropical’.

“O curta representou um grande desafio, filmado inteiramente na aldeia, com os próprios indígenas atuando. Foi filmado durante a luz do dia e, em pós-produção, tudo foi recriado. É um curta de experimentação com várias camadas diferentes de laboratório, de busca de identidade e universalidade, uma experiência coletiva de inovação estética e apropriação de tecnologias ultra novas”, ressalta Gerlic.

Comprometida com a inclusão, a obra conta com versões em Língua Brasileira de Sinais (Libras), audiodescrição, legendagem descritiva e legendagem de idiomas em inglês e espanhol.

Editado por: Lorena Andrade
Tags: cinemapovos indígenas
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