Neste feriado de 7 de setembro, atos organizados sob o lema “Reaja, Brasil” reuniram lideranças religiosas e políticas em várias capitais do país. As manifestações pedem anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no julgamento que pode render até 43 anos de prisão, e aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Os atos marcados neste Dia da Independência ficaram marcados por bandeiras dos Estados Unidos e de Israel, além de mensagens em inglês favoráveis à interferência de nações estrangeiras em processos internos do Judiciário brasileiro. Os discursos foram feitos por lideranças religiosas e políticas da extrema direita.
Na capital paulista, o protesto tem a organização do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Em discurso em carro de som, o religioso disse ser vítima de perseguição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais, pelo “crime de opinião”. “No estado democrático de direito, crime de opinião é um absurdo. Ele cerceia redes, ele censura pessoas”, criticou ao destacar o inquérito das fake news conduzido por Moraes desde 2019.
Além de Silas Malafaia, estiveram presentes na Avenida Paulista os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Uma enorme bandeira dos Estados Unidos e camisetas do presidente do país, Donald Trump, marcaram o evento.
No Rio de Janeiro, apoiadores de Jair Bolsonaro se reuniram na praia de Copacabana. Do carro de som, estiveram presentes o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o governador Cláudio Castro e o deputado Alexandre Ramagem (PL), também réu por tentativa de golpe de Estado. Há ainda registros de manifestações em Brasília, São Luís, Uberlândia (MG), Juiz de Fora (MG), Maceió e Goiânia.