Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem Viver Cultura

MEMÓRIA

Quem era Tenorinho, o pianista brasileiro assassinado pela ditadura Argentina e identificado 50 anos depois

Corpo de brasileiro morto pela ditadura argentina foi identificado neste sábado (13)

14.set.2025 às 16h09
São Paulo (SP)
Redação
Quem era Tenorinho, o pianista brasileiro assassinado pela ditadura Argentina e identificado 50 anos depois

Tenorinho desapareceu enquanto estava em turnê pela Argentina e pelo Uruguai - Embaixada do Brasil na Argentina

“Um misto de alívio e tristeza”: foi assim que a família do pianista Francisco Cerqueira Tenório Júnior, conhecido como Tenorinho, clasificou a confirmação de sua morte. A notícia de sua identificação foi informada pela Embaixada do Brasil na Argentina neste sábado (13), quase 50 anos após ele desaparecer em Buenos Aires.

“É um alívio porque, finalmente, podemos saber com mais segurança o que aconteceu com ele naquele triste março de 1976. De alguma maneira, estaremos mais próximos. Tristeza pela confirmação de que Tenório foi vítima da violência e enterrado como um desconhecido, longe da família, dos amigos, dos parceiros de música”, afirma o comunicado assinado pelos filhos Elisa, Andrea, Francisco e Margarida.

Tenório Jr. era pai de cinco filhos, o mais novo nasceu um mês depois de seu desaparecimento. Os filhos agora pedem uma nova investigação sobre o caso.

“Ainda queremos e precisamos de respostas. Quem matou Tenório? Por quê? Por que matar um homem sem nenhum envolvimento político, que só vivia para a música?”, publicaram.

Desaparecimento misterioso

Tenorinho era considerado um grande talento da bossa nova e do jazz e foi visto pela última vez em 18 de março de 1976, após um show no centro de Buenos Aires. Ele saiu do Hotel Normandie, onde estava hospedado, para ir a uma farmácia comprar cigarro e nunca mais foi visto. Dias depois, foi deflagrado o golpe militar de 24 de março na Argentina.

A identificação de Tenório Jr. foi realizada pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), uma organização científica independente, através da comparação de impressões digitais. O corpo de um homem encontrado em Don Torcuato, na região metropolitana de Buenos Aires, dois dias após o desaparecimento do pianista, em 20 de março de 1976, foi finalmente confirmado como sendo o de Tenorinho. 

A autópsia da época indicou que o homem havia morrido por disparos de arma de fogo. As impressões digitais do caso de 1976 foram comparadas com as de Tenório arquivadas no Brasil, confirmando sua identidade. Embora seu corpo não tenha sido recuperado para a família, o músico foi enterrado no cemitério de Benavídez, em Buenos Aires.

Tenorinho estava em turnê pelo Uruguai e Argentina com Vinicius de Moraes, Toquinho, Mutinho e Azeitona quando desapareceu. Apesar de não ter atividades políticas, seu caso sempre foi intrigante.  Vinicius chegou a percorrer hospitais e delegacias de polícia da capital argentina atrás do paradeiro.

Uma das versões é que ele pode ter sido confundido com um “subversivo” por ser “barbudo”. Na época, tanto Brasil, como Argentina viviam um período de perseguições, sequestros, torturas e mortes de opositores.

Quem era Tenorinho

Tenório Jr. nasceu no Rio de Janeiro e  iniciou sua carreira artística aos 15 anos, quando estudava acordeão e violão.  Em seguida, dedicou-se ao piano, instrumento com o qual ficou conhecido no universo musical. 

Ao lado de consagrados nomes da música brasileira, Tenorinho compôs, lançou discos e participou de várias  turnês e festivais no Brasil e no exterior. Na década de 1970, era um dos mais requintados músicos brasileiros, considerado mestre na fusão de bossa nova e jazz.

A confirmação da morte de Tenorinho após quase 50 anos trouxe um “mínimo de conforto para a família”, segundo Toquinho. 

Toquinho disse ainda que o pianista “era de grande talento, considerado um dos músicos mais importantes da bossa nova”.

O desaparecimento do amigo faz parte dos versos de sua música “Lembranças”, que fez com Miltinho: “Tenório saiu sozinho na noite / Sumiu / Ninguém soube explicar”, diz a letra de Toquinho.

Outros amigos e colegas músicos, como a cantora e compositora Joyce Moreno, também se emocionaram com a notícia.

“O que ele estaria fazendo hoje? Como estaria compondo? Até onde sua música o teria levado? E principalmente – até onde ele teria levado a música instrumental brasileira? Porque não foi só o desaparecimento de um homem, o que já é terrível. Mas foi também a perda de uma linguagem musical única, que ele começara a desenvolver”, escreveu a cantora no Instagram.

Já Fafá de Belém ressaltou: “Um dos maiores músicos que o Brasil nos entregou”, terminando com a frase “Ditadura nunca mais”.

Editado por: Raquel Setz

Notícias relacionadas

11 DE SETEMBRO

No Chile de Allende descobri o que era democracia, diz ex-guerrilheiro perseguido pela ditadura no Brasil

SEM ANISTIA

Justiça condena ex-agentes da ditadura por tortura e desaparecimento na Casa da Morte em Petrópolis (RJ)

Violência de Estado

Corpo de brasileiro morto pela ditadura argentina é identificado

Veja mais

MEMÓRIA

Quem era Tenorinho, o pianista brasileiro assassinado pela ditadura Argentina e identificado 50 anos depois

ATAQUE NO CATAR

Marco Rubio visita Muro das Lamentações com Benjamin Netanyahu em meio a crise diplomática

Novos quadros no PT

Uma nova rosa democrática no canteiro Paraíba

PESQUISA

Datafolha: 54% dos brasileiros são contra anistia para Bolsonaro

BOLSONARO CONDENADO

Lição do julgamento: fascismo ainda não foi vencido

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Rússia
    • Sahel
    • Cuba
    • EUA
    • China
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.