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Trump retira certificação de ‘aliada contra drogas’ da Colômbia; governo Petro vê ‘questão política’

O procedimento foi estabelecido em 1987 e tem impacto direto na ajuda econômica concedida pelos EUA a outros países

17.set.2025 às 08h12
Havana (Cuba)
Gabriel Vera Lopes
Trump retira certificação de ‘aliada contra drogas’ da Colômbia; governo Petro vê ‘questão política’

O gesto foi interpretado em Bogotá mais como uma ameaça política do que como uma avaliação técnica e objetiva das ações do governo Petro - Mandel NGAN e Joaquín SARMIENTO / AFP

Em um contexto de crescente militarização dos Estados Unidos no Caribe, Washington anunciou nesta segunda-feira (15) a decisão de cancelar a certificação concedida à Colômbia como “aliada na luta contra as drogas”. A medida, assinada pelo presidente Trump, foi classificada como uma “questão política” pelo governo de Gustavo Petro, que mantém uma postura crítica em relação à atual administração da Casa Branca.

Todos os anos, o Departamento de Estado dos Estados Unidos avalia o desempenho de cerca de vinte países na produção e distribuição de drogas. Por meio desse mecanismo, os EUA determinam se um país é um “colaborador” no combate às drogas ou não.

O procedimento foi estabelecido em 1987, pela Lei de Assistência Estrangeira, e tem impacto direto na ajuda econômica concedida pelos Estados Unidos. Os países certificados como colaboradores recebem assistência financeira, enquanto aqueles que não obtêm a certificação ficam excluídos desses benefícios e sujeitos a diversas sanções.

As restrições que podem ser aplicadas a um país “descertificado” variam desde a suspensão de até 50% da assistência externa, passando pela oposição de Washington a créditos de organismos multilaterais, até limitações na cooperação bilateral.

No entanto, em seu comunicado, o Departamento de Estado — ao anunciar a descertificação — esclareceu que Trump “emitiu uma isenção para que a cooperação crítica, incluindo o combate às drogas, continue”. Esse gesto foi interpretado em Bogotá mais como uma ameaça política do que como uma avaliação técnica e objetiva das ações do governo Petro.

Após a divulgação da decisão de Washington, o ministro do Interior, Armando Benedetti, declarou a veículos locais que a retirada da certificação não estaria realmente relacionada ao combate ao narcotráfico, qualificando a medida como uma “questão política” direcionada contra o governo colombiano.

Na mesma linha, por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter), a chanceler da Colômbia, Yolanda Villavicencio, afirmou que “a decisão de descertificar não reflete a realidade dos avanços alcançados e envia um sinal equivocado em um momento que exige unidade e determinação”.

Segundo explicou a chanceler, nos últimos anos o governo de Petro tem implementado uma nova política de drogas que busca equilibrar resultados imediatos com soluções sustentáveis. Graças a essa política, foram alcançadas apreensões recordes, ampliada a cooperação judicial com aliados e fortalecidos programas rurais que oferecem alternativas ao cultivo de coca.

Além disso, Villavicencio destacou que esses avanços refletem um compromisso real com a segurança compartilhada e fez um apelo às agências internacionais, especialmente dos Estados Unidos e da União Europeia, para que reconheçam os progressos registrados nos territórios colombianos.

De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores, em 2024 as autoridades colombianas apreenderam 884 toneladas métricas de cocaína e destruíram 5.242 instalações de processamento. Essas ações impediram que mais de 750 milhões de doses chegassem às cidades norte-americanas.

Como demonstração do compromisso do governo de Petro na luta contra o narcotráfico, o Ministério destacou que, nesse mesmo período, a Marinha da Colômbia foi responsável por 65% das apreensões realizadas ao nível global.

Trata-se de uma sanção com a qual o governo do Pacto Histórico terá de lidar nos últimos meses de seu mandato. Um estigma imposto pela Casa Branca que pode ter consequências eleitorais: é a primeira vez em três décadas que a Colômbia entra na “lista dos países que não cooperam no combate ao narcotráfico”.

Estados Unidos e Europa

As sanções ocorrem após o presidente Gustavo Petro adotar uma postura crítica em relação ao deslocamento militar que os Estados Unidos mantêm no Caribe desde meados de agosto. No âmbito dessa operação, Washington afirma ter realizado dois ataques — cujas circunstâncias ainda não foram esclarecidas — contra embarcações venezuelanas: o primeiro, em 2 de setembro, e o segundo, em 15 do mesmo mês, com um saldo total de 14 mortos.

A Colômbia tem sido, por décadas, um dos principais aliados de Washington na região. Nos anos 2000, com a implementação do “Plano Colômbia” — que tinha como objetivo o combate às drogas — o país recebeu bilhões de dólares em assistência militar. No entanto, essa ajuda — juntamente com as sete bases militares que os Estados Unidos mantêm na Colômbia — não conseguiu reverter o grave problema das drogas.

Inclusive, como parte da certificação concedida pelos Estados Unidos à Colômbia, segundo o Escritório em Washington para a América Latina (WOLA), em 2024 o país recebeu mais de 400 milhões de dólares em assistência.

Apesar disso, o presidente Petro afirmou que a medida poderia se tornar uma oportunidade para repensar a relação bilateral. A “descertificação” permitiria, segundo ele, acabar com a pressão pela substituição forçada de cultivos, assim como reduzir a dependência das Forças Armadas colombianas em relação ao armamento norte-americano.

“A política de pulverização forçada fracassou. O verdadeiro problema está na demanda de cocaína nos Estados Unidos e na Europa, e não na produção colombiana”, afirmou em reunião com seus ministros.

Acrescentou ainda: “Acaba a dependência do Exército da Colômbia e de suas Forças Militares em relação ao armamento dos Estados Unidos. Chega de esmolas e presentes. Já nos descertificaram; essa é a decisão. O Exército colombiano se sai melhor se comprar suas armas ou produzi-las com recursos próprios, porque, caso contrário, não será um Exército da soberania nacional.”

Em declarações posteriores, Petro afirmou em uma mensagem publicada nas redes sociais que “a certificação não deve ser um instrumento de dominação e poder. O mundo precisa mudar sua política antidrogas porque ela fracassou. A única coisa que mudou é que vamos de mal a pior: os Estados Unidos não conseguiram reduzir o crescimento do consumo de cocaína porque houve uma migração em massa para o consumo de fentanil, que é 30 vezes mais mortal que a cocaína”.

Editado por: Nathallia Fonseca

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