O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano) não foi chamado para a segunda edição do evento Democracia Sempre, que acontece na próxima quarta-feira (24), sob liderança do Brasil, Espanha, Chile, Colômbia e Uruguai.
O encontro ocorre em paralelo às atividades da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com início nesta segunda-feira (22), em Nova York, para onde Lula viajou na manhã deste domingo (21).
Na primeira edição do evento, em 2024, que teve como tema Em defesa da democracia, lutando contra o extremismo, os Estados Unidos estiveram presentes. À época, o país era governado por Joe Biden (Democratas).
Uma nota publicada no site oficial do governo brasileiro dá conta que, na ocasião, os participantes “reconheceram que a polarização, o extremismo e a disseminação de desinformação são fenômenos transnacionais que corroem o tecido social e alimentam a violência e a instabilidade”.
Neste ano, sob o governo de Trump, o país foi excluído do encontro por decisão dos governos organizadores. A justificativa apresentada é que somente países democráticos são convidados para a reunião. Com o governo Trump, os Estados Unidos enfrentam uma virada extremista, marcada pela perseguição aos imigrantes, ataques à liberdade de expressão e desmonte das instituições.
Ao todo, o evento Democracia Sempre tem cerca de 30 convidados, entre eles o Canadá, México, Quênia e Senegal. O secretário-geral da ONU, António Guterres, também deverá ser chamado como representante da União Europeia. Os participantes irão debater temas relacionados à defesa da democracia, como o combate à desigualdade e à desinformação.
Na edição de 2024, participaram do encontro representantes de Barbados, Cabo Verde, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, México, Noruega, Quênia, Senegal, Timor Leste, além do presidente do Conselho Europeu Charles Michel e do Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas, Guy Rider.
Na ocasião, os líderes presentes se comprometeram em fortalecer as instituições e processos democráticos.