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Transição energética

Bahia é o estado do Nordeste que mais perde Caatinga para usinas solares, aponta estudo

Além do desmatamento, pesquisadores salientam que expansão desse modelo energético também impacta comunidades

24.set.2025 às 12h42
Atualizado em 26.set.2025 às 18h03
Salvador (BA)
Lorena Andrade
Bahia é o estado do Nordeste que mais perde Caatinga para usinas solares, aponta estudo

Juazeiro (BA) é o município do Nordeste que perdeu a maior área de Caatinga entre 2016 e 2024 - Nordeste Potência

A Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, tem sofrido com uma nova ameaça de desmatamento na Bahia: as usinas solares. Segundo levantamento concluído na última semana pela iniciativa MapBiomas, em 2024 os painéis fotovoltaicos ocupavam 5.564,14 hectares do Semiárido baiano. Em 2014, eram apenas 481,6 hectares. Para ambientalistas, a expansão desse modelo energético, embora positiva do ponto de vista climático, pode replicar modelos de desenvolvimento que geram exclusão e degradação nos territórios.

De acordo com o estudo, a Bahia é o segundo estado do país que mais perdeu Caatinga para usinas solares. Entre 2016 e 2024, houve um aumento de 25,48% no total de vegetação desmatada, deixando o território atrás apenas de Minas Gerais (59,84%). Piauí (17,35%) e Rio Grande do Norte (16,27%), assumem, respectivamente, a terceira e quarta posição na lista.

Área de caatinga, em hectares, suprimida nos Estados entre 2016 e 2024 para usinas solares | Reprodução – MapBiomas

Em todo o Nordeste, o município de Juazeiro, no norte da Bahia, é o que registrou a maior área de remoção da Caatinga para dar lugar a painéis fotovoltaicos. Nos nove anos do estudo, foram 2.303 hectares de vegetação removida para a construção de empreendimentos solares.

O levantamento do Mapbiomas é complementar ao estudo lançado em agosto pela própria iniciativa. Os números apontam que a Caatinga é o bioma mais afetado pela expansão das usinas fotovoltaicas. Em 2024, dos 35,3 mil hectares ocupados por instalações de médio a grande porte destinadas à geração de energia elétrica no país, quase dois terços (62%) estão na Caatinga. Cerca de um terço (32%) fica no Cerrado e 6% está na Mata Atlântica.

“Juntos, Minas Gerais, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte possuem 74% da área mapeada com usinas fotovoltaicas em 2024: 25,9 mil hectares”, diz o relatório.

Impactos nas comunidades

Além do desmatamento, outro ponto sensível em relação à expansão dos empreendimentos de energia solar é o seu impacto nos territórios e comunidades rurais. Para Rafael Freire, membro do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) e da Liga Colaborativa, o crescimento desse modelo energético pode reproduzir lógicas excludentes, sobretudo para povos e comunidades tradicionais.

“A principal sensibilidade reside na percepção, por parte das comunidades e da sociedade civil, de que a expansão da energia solar, embora positiva do ponto de vista climático, pode replicar modelos de desenvolvimento que historicamente geraram exclusão e degradação em certos territórios”.

Freire, que é pesquisador em Tecnologias para Inteligência Territorial e Participação Social, também destaca que a instalação desses empreendimentos tem gerado diversos conflitos nas comunidades e prejuízos para os moradores, inclusive nos contratos de arrendamento das terras para instalação dos painéis solares.

“Questões como a ausência de processos de consulta prévia, livre e informada, a geração de passivos sociais, os conflitos fundiários decorrentes de contratos de arrendamento e os impactos sobre os modos de vida tradicionais são temas que necessitam de diretrizes claras para garantir o desenvolvimento local e a justiça social”, analisa.

Salvaguardas Socioambientais

Diante desse cenário, o Nordeste Potência, coletivo formado por mais de 30 organizações da sociedade civil, movimentos sociais, pesquisadores e comunidades diretamente impactadas pela transição energética na região, lançam na próxima sexta-feira (26) o documento “Salvaguardas Socioambientais para Usinas Fotovoltaicas Solares”. A iniciativa nasce do reconhecimento do papel estratégico da energia solar para a transição energética justa e sustentável no Brasil, mas aponta a necessidade de se incluir as vozes dos territórios no planejamento da expansão da fonte solar.

“O objetivo central não é criar barreiras para o desenvolvimento do setor, mas sim contribuir de forma construtiva para o seu aprimoramento e assim acabar com a violação de direitos nos territórios”, destaca Freire, um dos pesquisadores que contribuiu com a elaboração do material.

O documento identifica certas práticas no modelo de geração centralizada que têm gerado impactos socioambientais negativos a partir de lacunas regulatórias, “e propõe caminhos para que a expansão da energia solar no país seja cada vez mais responsável, inclusiva e sustentável, fortalecendo a imagem do setor, inclusive da geração distribuída”, completa o membro do Gambá.

As Salvaguardas são fruto de uma análise que incluiu revisão de literatura, visitas de campo em diferentes contextos — áreas degradadas, áreas com supressão de vegetação, projetos híbridos — e, principalmente, a escuta qualificada das comunidades que convivem com os empreendimentos.

Após o diagnóstico de pontos de atenção em relação aos impactos socioambientais da expansão da energia solar, o estudo também aponta propostas de saídas conjuntas em diálogo com o setor, como construção de diretrizes e guias de boas práticas, elaboração de materiais de capacitação e aperfeiçoamento de políticas públicas.

“Acreditamos que, ao abraçar essas discussões de forma proativa, a sociedade poderá fortalecer ainda mais sua posição de liderança, incentivando inclusive a geração distribuída, transformando desafios em oportunidades e garantindo que o crescimento da energia solar no Brasil seja sinônimo de desenvolvimento para todos, não apenas para a economia de lucros para poucos”, finaliza Rafael Freire.

O lançamento do documento das Salvaguardas Socioambientais será realizado em evento virtual nesta sexta-feira (26) às 10h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do link.

Editado por: Nathallia Fonseca
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